S: Vamos começar a partir do ponto onde ficámos ontem, os vossos edifícios. Tendes galerias de arte ou museus?
MATTHEW: Temos ambos. As nossas galerias estão no meio dos nossos edifícios públicos mais impressionantes, espaçosos e deslumbrantes, e estão cheias de arte semelhante à dos vossos antigos mestres, assim como à dos vossos pintores e escultores modernos. O efeito de esplendor é engrandecido tanto pelos próprios tesouros artísticos, como pela admiração de todos aqueles que vagueiam pelos edifícios. A maior parte das galerias é projectada com exibições nos pátios, para maior satisfação dos visitantes, e porque não há o perigo das mudanças climáticas para as formas de arte. Ninguém aqui manifestaria uma tempestade!
Os nossos museus estão cheios de tesouros que foram perdidos na Terra ou destruídos por negligência ou destruição intencional. Foram recriados para comemorar as culturas que os produziram, e ajudam no ensino da história autêntica da Terra. É claro que estes itens, de raro valor e beleza, não precisam de estar atrás de vidros com alarmes de protecção, e o facto de poderem ser tocados por milhões de visitantes não os deteriora, porque a energia da admiração e do respeito é pura e não deixa resíduo.
Algumas das casas palacianas estão mobiladas com reproduções tão delicadas de eras em que os governantes dos impérios reinavam na opulência, que nos leva a pensar que estamos num museu e não numa residência. Frequentemente, essa mobília acaba por ir para a uma museu, porque raramente, os donos escolhem viver durante muito tempo no meio dessa pompa. Às vezes manifestam estas peças ornadas, simplesmente, porque podem, e esse esplendor pode ter sido parte de uma vida que conheceram. Mas com o tempo, a maior parte dessas pessoas não se sente confortável com essa espécie de desigualdade evidente, pois neste reino de igualdade isso não tem sentido para o serviço e desenvolvimento espiritual. Então, ou fazem uma doação aos museus desses enfeites reais, ou simplesmente, não os manifestam.
S: Mencionaste escritórios e bibliotecas, portanto, estou a assumir que tendes livros de textos e referências de todas as espécies, literatura clássica e os livros sagrados de todas as religiões. Satisfazem todos os interesses de leitura – aqui não satisfariam.
MATTHEW: Mãe, as nossas bibliotecas são maiores do que qualquer uma na Terra, e temos quase todos os tipos de livros que vós tendes, excepto pornografia e aqueles que poderiam ser chamados de lixo. Isto não é censura, é simplesmente a manifestação das escolhas dos nossos residentes, que podem criar qualquer material de leitura que desejem. Temos alguns livros, que provavelmente, não são pensados em conjunção com o Céu, como os cómicos. Os mais jovens frequentemente pedem-nos alguns, e se não tivermos os seus favoritos à mão, manifestámo-los, porque eles ajudam os garotos pequenos a ajustarem-se à sua nova vida. Até temos catálogos. Escolher e encomendar produtos, foi uma parte agradável do estilo de vida de muitas pessoas, e enquanto se estão a adaptar aqui, ainda continuam a apreciar ler com atenção esses livros. Quando aprendem a manifestar o que querem, os catálogos tornam-se uma fonte de ideias.
É claro que tens razão acerca dos livros que estás a “assumir” que estão aqui, e em relação aos livros sagrados, temos todas as suas edições. Conheces apenas a Bíblia, Mãe, e poderás ficar chocada sabendo que desde os primeiros manuscritos, uma grande parte foi eliminada ou reescrita em versões sequentes. Os textos originais diferem tanto da versão actual, que não existe nenhuma semelhança com os numerosos versículos das várias revisões. Todas as referências que indicavam, claramente, a reincarnação e as vidas múltiplas para o desenvolvimento espiritual, foram apagadas, e é por isso que a Bíblia actual difere neste aspecto, dos outros livros sagrados das outras religiões.
S: Porque é que a Bíblia foi alterada?
MATTHEW: Essas mudanças que mencionei foram feitas para facilitar os fins controladores, das poucas pessoas poderosas que tinham a autoridade e a influência para emendar os textos. Na sua perspectiva, havia necessidade de separar as pessoas de Deus, e como os primeiros manuscritos relatavam a Unidade de toda a vida, obviamente essas passagens foram alteradas para que uma camada da autoridade da hierarquia da igreja pudesse ser colocada entre as pessoas e Deus. O dinheiro também foi um factor. A mentalidade da hierarquia recente da igreja era politica, e a ambição, sob todos os aspectos, motivou a sua instituição a adoptar quaisquer leis e filosofias eclesiásticas, que solidificassem a sua autoridade e controlo, e que a enriquecessem monetariamente.
S: Por favor, dá-me um exemplo de uma alteração que tenha sido feita.
MATTHEW: Vou dar-te um exemplo do que é uma alteração planeada na sua totalidade – a história de Deus a dizer a Abraão para sacrificar o filho, como prova de amor a Deus. Isso foi fabricado puramente para apresentar o Todo Poderoso sob uma luz aterrorizadora, e é considerada uma das alterações mais anti-sagradas dos textos bíblicos, porque distorce totalmente, a natureza do amor de Deus. Essa história mostra que Deus daria ordens a uma das Suas próprias criações para matar outra. Deus nunca daria ordens de matar ninguém por nenhuma razão, muito menos pondo em evidência que o assassino o deveria fazer por que O amava! E nunca quis Deus algum sacrifício, nem mesmo de um animal, porque essas criaturas são também criações Suas. Os sacrifícios dos animais não foram inventados por Deus, mas sim pelas trevas da humanidade.
Os dominadores da igreja queriam que as pessoas tivessem medo, se não fizessem tudo o que eles decretassem, e por isso, os seus decretos eram apresentados em nome de Deus. Essa história de Abraão e de Isaac foi planeada para mostrar que Deus deveria ser temido e não respeitava a vida, a não ser que a pessoa Lhe obedecesse, o que significava a obediência aos dogmas da igreja planeados pelos seus dominadores, e cobrados ao povo.
Existem muitas outras alterações estratégicas com os mesmos motivos básicos. A mensagem verdadeira e integral de Jesus não está na vossa Bíblia. A mensagem verdadeira mostrava a verdade de um Deus de amor, a verdade da alma, a verdade do seu reino, a verdade da trajectória espiritual com vidas múltiplas, para a alma se reintegrar ao Criador. A Sua missão era trazer iLU(Z)minação, era ser o grande mestre que muitos o consideraram, era ser o mensageiro da verdade de Deus. A sua missão nunca foi ser o “rei” como a hierarquia desviada da igreja o tentou retratar, para que eles pudessem dispor dele, erradicar os seus verdadeiros ensinamentos e introduzir os seus próprios dogmas.
Sem ter consciência de que a base para muitas das religiões das doutrinas actuais não é a palavra de Deus, feita através de registos divinamente inspirados, muitas das igrejas estão fundamentadas nos dogmas inventados por esses líderes manipuladores da igreja desse tempo. Eventualmente, com a aceleração da luz a ser emitida para a Terra por seres celestiais, para ajudar o vosso planeta na sua ascensão, tanto a verdade como a falsidade “virão à luz”, literalmente.
JESUS
S: Matthew, já alguma vez viste Jesus?
MATTHEW: Oh, sim. Apesar de ele ser o mais requisitado de todos deste reino, tive o privilégio não só de o ter visto, mas de ter tido a honra de ter trabalhado sob a sua orientação.
Jesus não é um residente do Nirvana. Tem o poder de visitar este reino num corpo etéreo, para instruir, para educar e para curar, mas não permanece durante muito tempo em nenhuma visita. Está em toda a parte no espaço iluminado por todo este universo, embora não conhecido pelo nome de Jesus – nem de Emanuel, o nome que lhe foi dado. Embora seja referido muitas vezes na Terra como Jesus Cristo, Cristo não é parte do seu nome, mas designa o seu ser Crístico. Cristo não é um nome próprio. Significa “ser um com Deus”, e é inteiramente correcto dizer “Buda o Cristo” ou dizer “Jesus o Cristo”.
Jesus é uma criação de Deus e da energia Crística, que é a plataforma mais pura, com mais amor e com mais elevação angélica, que está mais perto do Criador. A energia Crística é supremamente respeitada e é a mais poderosa neste universo. A influência de Jesus, a benevolência e a inspiração são tão necessárias nos mais elevados escalões como o são aqui, e são extremamente precisas na Terra. A sua mensagem tal como é entendida aí, é tão limitada que é como um terrível disfarce, porque as suas capacidades evidentes, o poder de Deus e o amor são muito mais profundos do que as capacidades que lhe são atribuídas.
Esse fragmento de Deus que encarna Jesus, já encarnou noutras vidas na Terra, ao longo de toda a história. Uma dessas personagens foi Buda, cujos seguidores mantiveram a sua mensagem mais intacta, do que os aderentes do Cristianismo. Outras encarnações da energia Crística apareceram sob a forma humana noutros sistemas planetários, mas não com a mesma posição de líder religioso como Jesus e outras personagens importantes das religiões da Terra.
S: Há muita coisa a ter em conta nisso, Matthew – é tudo tão diferente do que nos foi ensinado. Vês os santos da mesma forma que nós?
MATTHEW: Mãe, sei o quão diferente são vossos ensinamentos, mas é essencial que a verdade seja conhecida na Terra. No caso dos santos, é o reverso da vossa compreensão limitada dos poderes de Jesus. As pessoas designadas por santos pela Igreja Católica, são honradas aqui pelo seu progresso ao longo do percurso da iluminação, tal como são todas as outras almas de talento espiritual elevado. No entanto, isso é inferior ao engrandecimento que lhes foi atribuído pela igreja. A hierarquia da igreja elevou estrategicamente, indivíduos à santidade, para criar outra camada entre o povo e Deus. Apesar dos santos serem, sem dúvida, indivíduos de valor, essa táctica de distanciamento exaltou-os muito acima das suas missões nos seus acordos de pré-nascimento e das suas capacidades humanas.
Através das influências religiosas ao longo dos séculos, as pessoas sofreram muito devido a esse distanciamento e a outros tipos de controlo “espiritual” que a religião exerceu sobre as suas vidas. Para muitos, o ajustamento à realidade da vida, neste reino, tem sido feito com muita dificuldade, devido ao dogma inventado pelos anteriores lideres da igreja, para que estivessem ao seu serviço, e que ainda continua, actualmente, a ser efectuado.
EDUCAÇÃO
S: Mencionas muitas vezes o crescimento da alma e o estudo. Costumava pensar que quando as nossas almas iam para o Céu, estavam evoluídas, completa e automaticamente, e todo o conhecimento era revelado. Portanto, de que forma é que os residentes do Nirvana estão avançados em crescimento espiritual e aprendizagem?
MATTHEW: Mãe, a residência aqui nunca significou o crescimento automático da alma nem a entrada automática no conhecimento universal. Lembras-te de te ter contado que o Nirvana foi criado como um abrigo para as almas feridas durante a antiguidade, que precisavam de se curar num local protegido? Portanto como vês, o Nirvana não foi designado para ser a última palavra em conhecimento ou consciência da alma, e continua a não o ser. É claro que já não existe mais o propósito de ser o céu para os guerreiros feridos e, por isso, agora este lugar é mais um estágio de aprendizagem, mais um degrau no trajecto da evolução da alma. Além disso, só porque estou aqui e tu estás aí, não faz diferença para a nossa progressão de alma. A vida de espírito é a mesma que a vida física em relação às lições que têm que ser aprendidas, e muitas pessoas na Terra estão mais além, na sua evolução de alma, do que muitos de nós neste mundo.
Nenhum momento da existência, seja onde for, está desprovido de oportunidades de aprendizagem. Isto não quer dizer que exista uma atmosfera académica pesada, em todos os momentos de todas as vidas, ou que todas as almas têm de estar interessadas em aprender. Significa sim, que aprender é o movimento em direcção ao objectivo de todas as almas, a reintegração com a Unidade, e por isso, é natural que ponhamos grande ênfase em tirar vantagem de todas as oportunidades de aprendizagem.
Mesmo apesar deste reino não ser uma escola tão dramática como é a Terra, temos vantagens consideráveis que vós não tendes. Como não estamos constrangidos pelas limitações da densidade física, é possível usar o cérebro na sua totalidade e acelerar o grau de aprendizagem. Também não estamos limitados aos vossos sentidos da terceira densidade. O nosso acesso às fontes de aprendizagem é inigualável, e existe um fluido de energia harmonioso que é tão estimulante como inspirador, dentro do ambiente educacional.
S: Para além das vossas vantagens, a educação aí é como a nossa?
MATTHEW: É bastante parecida com a vossa. Temos aulas regulares com livros, professores que dão instrução sobre muitas matérias, conferencistas convidados, ferramentas de treino e avaliação progressiva. Oradores e educadores altamente graduados, de lugares de densidade mais elevada, vêm para nos adiantar em áreas que estão além das nossas capacidades e dos conhecimentos comuns a este reino. As bibliotecas imensas são centros de referência sobre tudo o que vale a pena ser lido e sobre todo o material de pesquisa como vós tendes, e de mais outras fontes de informação de que nunca ouvistes falar, tais como registos das eras da Terra, que são desconhecidos para vós.
Nada impede ninguém de se matricular em qualquer aula à escolha. Não existe essa coisa da aula estar fechada porque está superlotada, e não há requerimentos para assistir às aulas. Obviamente que não existe o factor instrução ou qualquer outro factor limitativo, excepto o verdadeiro interesse e entusiasmo de cada um. Existe uma curva de aprendizagem proporcional ao número de alunos, ao grau de aceleração da assimilação da informação, e à atitude dos alunos. Muitos alunos têm dificuldade em fazer algumas disciplinas, mas não há notas de Maus, e todos nos dispomos a ajudá-los nos seus estudos. Esta forma de instruir, vinda do interesse pessoal e da vontade, não só ajuda os alunos com mais dificuldade, como também é gratificante para quem lhes dá assistência. Também é uma vantagem não haver “tempo” – não há campainhas a terminar as aulas nem períodos escolares, e um aluno pode ficar o tempo que quiser.
Alguns dos nossos edifícios académicos são grandes e imponentes, e outros são como as casas de reboque que tendes para ampliar o espaço normal das aulas. Excepto na luminosidade de todos os edifícios, os nossos cenários de educação são muito semelhantes às vossas escolas secundárias e às vossas universidades.
S: Tudo isso soa como um ambiente ideal de aprendizagem.
MATTHEW: E é, mas apresenta desafios às almas preguiçosas. Não é obrigatório estudar ou evoluir, isso é, puramente, uma escolha individual. Não há falhanços em nenhuma disciplina, nem reprimendas, nem a expulsão devido à ausência, para pressionar as pessoas com limites de atitudes para despertar. Consequentemente, a vida aqui pode ser desperdiçada devido à falta de motivação externa, e aqueles que esperam ser espicaçados não têm sorte nenhuma.
E não estou a falar de aprender apenas através de educação formal, Mãe. Estou a falar de todos os tipos de aprendizagem aqui, tal como existe aí, onde as pessoas também aprendem com as suas experiências e com as experiências dos outros – as lições de vida. A preguiça em aprender não é mais recompensada aqui do que aí, e quando as almas preguiçosas deixarem este reino, a próxima vida é um retrocesso.
Embora possamos seleccionar as lições que queremos, está disponível uma orientação nos Registos Akáshicos, os quais revelam a nossa experimentação e as lições de vida já iniciadas mas ainda incompletas. Prestar atenção a essa orientação conduz a uma preparação mais benéfica e sensível para a vida seguinte, mas continuamos a ter total liberdade de escolher o que queremos aprender.
S: Que cursos académicos estão disponíveis?
MATTHEW: Todas as ciências, artes, línguas, engenharia – na verdade, qualquer uma que possas imaginar desde astronomia, mitologia, zoologia. Porquê mitologia? Porque é fascinante comparar as revelações sobre a antiguidade com o que nos ensinaram na Terra. Ao contrário do que é ensinado aí, as lendas da mitologia são muito mais do que tentativas antigas de explicar a existência humana e o fenómeno natural – a maior parte são explicações de acontecimentos verdadeiros.
Por exemplo, houve realmente essas combinações de seres animais e humanos, mas a verdade não está nem perto das histórias frívolas, como as histórias do canto das sereias, da flauta de Pan ou dos centauros cavalgando com ostentação, Essas criaturas inteligentes e miseráveis, foram as manifestações de mentes depravadas para apenas servir os interesses próprios na criação cruel de tais seres. Alguns foram designados, especialmente, para fazer trabalhos que necessitavam da capacidade de pensar e de efectuar trabalho que os humanos não queriam ou não conseguiam fazer, tais como trabalhar debaixo de água durante longos períodos.
S: Não é de modo algum uma revelação agradável de se escutar. Matthew, existe realmente uma diferença assim tão grande entre o que aprendeis e o que nos é ensinado?
MATTHEW: Isso depende da área ou do estudo. Os nossos estudos médicos são mais avançados do que os da Terra, apesar de se ter eliminado aqui, a maior parte da educação médica. Não precisamos de nenhum treino em ossos partidos porque aqui não os há, e não precisamos do conhecimento farmacêutico porque não usamos drogas “prescritas”.
O tratamento é feito através de vibrações de energia, e todas as doenças dos recém-chegados são curadas através destes meios. As memórias dos corpos físicos são agudas, e o domínio imediato que essas memórias têm sobre o corpo etéreo é profundo. Aprendemos a tornar a alinhar a energia para que o corpo físico descartado não deixe nenhum domínio prolongado no corpo etéreo, o que iria sobrecarregar ou diminuir o potencial para a plenitude de viver.
O mesmo é verdade para uma psique danificada, que muitas vezes passa de mão em mão, com o corpo a necessitar de ser curado. Também os nossos estudos de psicologia têm o mesmo ponto de interesse, mas aqui vamos directos para a área doente e expulsamos a energia bloqueada que está a causar os problemas mentais ou emocionais. Não se desperdiça tempo em discussões longas ou inúteis sobre os sintomas ou os efeitos dos problemas, antes do tratamento da sua causa. A nossa medicina reconhece, imediatamente, e dispersa as fontes de angústia, e transforma essas condições em energia produtiva, para total benefício das pessoas.
A nossa instrução sobre ciências naturais também difere bastante da vossa. Não temos teorias ou conclusões erróneas que nos conduzam apenas a informações incorrectas ou falhas, e impeçam a compreensão exacta. Estudamos as leis universais das ciências naturais, as leis de Deus. Aplicamo-las, aqui, de forma estrutural, e ajudamos os cientistas da Terra com as ideias e as fases da aprendizagem conceptual.
Como pessoas geneticamente dotadas, os vossos cientistas são tão capazes de absorver a informação como de estar receptivos a esse processo. Os cientistas especialmente seleccionados, são privilegiados com uma equipe dos nossos mestres para absorver a informação que está eternamente disponível na mente universal. É um processo de extracção e destilação. No entanto, as descobertas dos investigadores e inventores da Terra são as realidades científicas que já existem no universo – não tiveram origem nos vossos cientistas. A nossa assistência é o que poderias chamar, a inspiração que os vossos cientistas obtêm, mas o que está realmente a acontecer é que estão a ser responsáveis pela informação que lhes está a ser “fornecida.”
Este mesmo princípio de “fornecimento” aplica-se às artes. Estais equiparados connosco nesta área, porque a expressão artística vem do mesmo pote de talento universal. É graças a uma ligação, a nível da alma, que permite os talentos de fluírem livremente, sem a distorção inerente às limitações dos vossos corpos de terceira densidade. A ciência é mental, a arte vem do coração e da alma.
Na pintura e na escultura somos mais discriminatórios no que consideramos arte, e do mérito do que produzis. Alguns dos vossos produtos são meramente imaginações audaciosas, e embora as ideias permaneçam tal como as próprias formas rígidas, esses tipos de produtos não são reconhecidos como arte nem são respeitados aqui. Na pintura e na escultura, as vossas expressões de alma mais bonitas, foram geradas nos céus.
É claro que temos os nossos próprios artistas. Quando os mesmos génios reconhecidos na Terra estão aqui, entre encarnações, tanto ensinam como produzem novas formas de arte. O seu ensino e os seus métodos criativos podem não ser sempre com o pincel e os pigmentos, ou com as ferramentas de esculpir e o mármore, mas alguns apreciam esse modo e escolhem-no, em vez do processo de manifestação mental e emocional.
Quando essas almas artisticamente favorecidas reencarnam, as suas novas vidas são agraciadas com a ligação a nível de alma à beleza universal, mas podem expressá-la por caminhos diferentes. Um antigo escultor pode ser agora um poeta, e um antigo escritor pode ser um pianista. O professor pode surgir na alma de alguém que na última vida foi um artista de palco, ou vice-versa, mas a chave é sempre a ligação da alma com a arte universal. É a combinação dessa ligação especial, e da herança genética, que produz o génio artístico. A alma escolhe os pais para o carácter genético, tanto quanto para a capacidade de providenciar instrução. Entram num acordo de pré-nascimento que inclua as condições para o ambiente e os recursos que permitam o artista florescer e ter acesso a todo o treino necessário.
S: Continuas a impressionar-me! As “almas preguiçosas” daí, desperdiçam os seus talentos não os trazendo nas próximas vidas físicas?
MATTHEW: Um talento pode ser desperdiçado numa vida desincorporada ou encarnada, mas isto não acontece muito frequentemente. O desejo de criar está demasiado implantado a nível de alma, para ser abafado. É por esta razão que muitos mestres em artes, ultrapassam obstáculos extremos, para permitir o impulso criativo de fluir naturalmente – considera Beethoven! No entanto, quando uma situação inesperada impede as condições de pré-nascimento de se realizarem, esse talento não é perdido. Essa energia junta-se a formas de pensamento de natureza igual e será atraída por outras almas desejosas de evoluírem.
MÚSICA
MATTHEW: Aqui, de todas as artes, a música é a mais importante. Falei acerca dos nossos concertos magníficos, mas a música tem muito mais significado para nós do que isso – é vital para a nossa própria existência! Os perímetros deste reino estão dependentes da frequência da música. As vibrações, especialmente das cordas, fazem parte do que mantém todo o reino em harmonia. Além disso, a música é o remédio, mais simples e efectivo, re para a alma, e a energia da música é indispensável no tratamento das psiques traumatizadas que chegam aqui. Por isso, apesar de todos os grandes mestres serem respeitados e reverenciados, podes perceber porque é que as honras mais altas são dadas às almas mais distinguidas na música.
Ao contrário das paisagens personalizadas das nossas janelas, ou do tempo meteorológico que podemos criar a gosto, a música está sempre em redor. Ela existe em todo o reino para todos afinarem na mesma frequência, e assim, podermos ouvi-la sempre que desejarmos, sintonizando-a nas ondas da rádio. Vós fazeis o mesmo com um rádio, e tendes estações de rádio com pessoas que seleccionam a música que passa no ar. Aqui, fazemos o nosso serviço, assim como o fazem as nossas próprias ondas de rádio, estações e selectores.
S: Tendes verdadeiros instrumentos e músicos, ou a música está na sua forma energética?
MATTHEW: Isso é um conceito interessante, Mãe, mas a nossa música está mais perto da Terra do que isso. Temos mais instrumentos de cordas e mais músicos do que todas as vossas orquestras sinfónicas juntas, e uma multidão de mestres harpistas. Deve ser por isso que a descrição habitual do Céu, nas pinturas, está cheia de anjos com harpas. No entanto, nenhum dos nossos harpistas anda a flutuar nas nuvens!
S: Bem, que ideia tão maravilhosa! Toda a vossa música é semelhante à nossa música clássica?
MATTHEW: É o contrário. A vossa música é que é mais semelhante à nossa, pois estava elaborada nos céus antes de ter sido escrita na Terra. Os compositores podem pensar nela como uma inspiração, mas é mais exacto falar em filtração. Todos os temas principais, todas as combinações de notas e de coros, estavam aqui nessa forma, antes dos compositores a absorverem e a filtrarem através das suas mentes – através das ALMAS! – para o papel.
Nem toda a beleza musical disponível para ser absorvida, foi capturada em composições algures, mas alguns dos mais magníficos sons da Criação já estão na Terra. Há séculos atrás, havia uma considerável semelhança na música majestosa ensinada e produzida aqui, e na música absorvida pelos compositores e artistas musicais da Terra. Infelizmente, nos anos mais recentes, pouca da música da alma no universo, foi registada aí.
S: A música que nos é “fornecida” é, supostamente, mais do que um prazer – será, talvez, uma purificação emocional?
MATTHEW: SIM! É exactamente por isso que esta música das esferas celestiais está disponível em todo o universo! A música está, continuamente, a ser criada aqui para todas as nossas necessidades, e está a ser, continuamente transmitida e absorvida pela mentalidade da Terra, para permitir que os sentimentos reprimidos sejam sentidos e libertados. Libertar e transmutar positivamente essa energia cinética cura a alma, e o efeito de onda beneficia todo o universo.
Mas, definitivamente, nem toda a música popular na Terra tem a sua fonte aqui! A música divina não tem sons cacofónicos, ao contrário da música heavy metal e hard rock e até de alguma música jazz e de algumas composições neoclássicas que prevalecem aí. Esses tipos ásperos de composições podem permitir muita raiva e energia rebelde, que vai ser expressada no escrever, tocar e ouvir, mas a carga negativa da energia produzida por esses sons, não está a ser transmutada, está a serpentear exactamente à vossa volta.
A música ruidosa e discordante – BARULHO! – agita o espírito e cria desequilíbrio dentro da psique humana. À medida que o desequilíbrio aumenta, a capacidade da psique para absorver a energia da luz diminui. A diminuição persistente pode, eventualmente, destruir totalmente essa capacidade. Gerar desequilíbrio é uma das estratégias mais efectivas das forças das trevas na Terra, e o tipo de música que faz isso, é uma das suas ferramentas. Além disso, sem o conhecimento dos compositores, dos músicos e dos ouvintes, todos estão a ser atraídos para as trevas. O som que pensam ser cativante está, na verdade, a aprisioná-los, porque está estrategicamente planeado pelas trevas, para atrasar o crescimento espiritual e afectar adversamente a integridade emocional, física e mental.
EMOÇÕES
S: Bom dia, Matthew!
MATTHEW: Um bom dia para ti, Mãe! É maravilhoso sentir-te a sorrir tanto hoje.
S: Consegues sentir-me a sorrir?
MATTHEW: Não exactamente. Apenas, simplifiquei os meus pensamentos. Sinto a mesma felicidade que te está a fazer sorrir tanto esta manhã. Lembra-te, sentimos as emoções das pessoas com quem temos uma ligação. Felizmente existe uma camada que nos protege de sentir todas as emoções que afectam colectivamente as pessoas aí. Acredita em mim, sem esse escudo, isto nunca mais seria considerado o Céu!
Sentimos que estamos no lugar mais amoroso e satisfatório, de todos os lugares deste estágio de evolução das nossas almas. No entanto, também sentimos bastante o que não é atribuído a um Céu feliz, pacífico e harmonioso. Essas sensações maravilhosas são penetrantes aqui, mas também experienciamos emoções que poderiam ser chamadas de reflexão, sérias, sóbrias e até, claramente, negativas.
Na Terra parece que os horrores num país afastado, não são sentidos por aqueles que não os sofrem pessoalmente. Considerais mais essas pessoas distantes, que vivem na angústia e no medo e em extrema privação, num estado mental do que num estado emocional. O nosso trabalho com almas em transição nessas circunstâncias, é continuado no meio desses sentimentos intensos. A negatividade do seu sofrimento, o medo, a raiva e a dor física chega aqui em massa, continuamente. Todo o reino é afectado, não só por aqueles de nós cujo serviço toca de perto, directamente, essas emoções.
Sabes, a maior parte de nós não está longe da experimentação física. Podemos relatar aos ordálios tudo aquilo que estas almas recém-chegadas suportaram e podemos enfatizar os seus sentimentos. É uma questão separada das nossas lições kármicas, da nossa atitude e do nosso desenvolvimento espiritual. Na realidade, é sentir exactamente as mesmas emoções das pessoas que chegam aqui em grande sofrimento tanto no corpo, como na mente e no espírito.
Além disso, já que a essência do nosso ser nos permite sensações intensificadas, as emoções que sentimos ficam aumentadas, muito para além das sentidas no plano da Terra. A densidade dos vossos corpos entorpece as emoções positivas e encurrala as emoções negativas. Quando as emoções negativas são, por um momento, encurraladas, ocorre a doença. Se bem que tenhais inúmeros diagnósticos, a energia encurralada é a origem da causa de todas as vossas doenças. O mesmo espectro de diagnósticos é dado como sendo as razões da morte física, e isso também não é correcto. A razão porque o corpo físico morre é devido à cessação da contracção e da expansão da energia, numa base ritmada.
Estava a divagar, Mãe, mas pensei que pudesses estar interessada em saber isto. Vejamos, o outro lado das nossas sensações intensificadas é que os sentimentos positivos são pura alegria para experienciar! Isto permite o equilíbrio para as sensações dolorosas que partilhamos com os que chegam. Não poderia ser de outra forma neste reino, porque o equilíbrio é necessário para o crescimento da alma. O amor aqui é mais puro do que na Terra, e existe sem nenhumas das vossas sensações inconstantes de “apaixonar-se” ou do fim da paixão. O nosso apreço pela música ou por qualquer cena ou actividade, é também mais intenso e puro do que o vosso.
S: Conseguis sentir alguma emoção, que não sejamos capazes de sentir?
MATTHEW: Que pergunta tão interessante, Mãe! Não, penso que não. A maior diferença está na pureza das nossas emoções. Sentimos, apenas, a nossa emoção primária sobre qualquer situação.
S: O que queres dizer com emoção “primária”?
MATTHEW: Vou dar-te um exemplo. Sentes-te genuinamente feliz pela tua querida amiga, que, após um período longo e desesperado de desemprego e ansiedade, acabou por conseguir um emprego, na grande companhia em que trabalhas. Mas a tua felicidade por ela, pode não estar livre de emoções recorrentes. Talvez ponhas em dúvida se ela é capaz de assumir as suas novas responsabilidades, o suficiente para manter o lugar, e te preocupes com a possibilidade de ela perder o emprego e de isso a afectar. Talvez sintas inveja porque ela arranjou exactamente o tipo de emprego que ela queria e tu continuas num que, realmente, não te satisfaz. Pode ser que estejas aliviada por ela ter conseguido este emprego e, assim, ter deixado o caminho livre para outro, ao qual também te candidataste. Ou pode ser que tenhas ciúmes, porque ela conseguiu mesmo o emprego pelo qual tu querias trocar, mas não foste escolhida para o preencher. Ou, se não tivesses sabido da vaga nesse lugar, poderias lamentar não ter tido a oportunidade de te candidatares. Talvez sintas ressentimento ou irritação pelas tuas qualificações serem reconhecidas como as necessárias para o lugar, e a vaga ter sido anunciada, em vez de te ter sido oferecida.
Portanto, podes ver a grande variedade de sentimentos companheiros, que podem desaparecer ou permanecer com o sentimento primário de felicidade pela tua querida amiga. Resumindo, raramente separais os vossos sentimentos acerca de outra pessoa ou duma situação qualquer, da vossa percepção de como podeis ficar ou não, afectados por isso. Essa situação não acontece aqui.
S: Isso é pensado para provocar, Matthew. Como é que as almas ultrapassam, aí, esses sentimentos companheiros? E o que se passa com os rufias, os snobes, os bisbilhoteiros, os fanfarrões e os outros tipos ofensivos mas não malévolos?
MATTHEW: As características indesejáveis acompanham as pessoas para este reino, mas essas facetas não permanecem muito tempo. Reconhecemos os defeitos do nosso carácter e da nossa personalidade, enquanto que, demasiadas vezes na Terra. as pessoas reconhecem apenas os dos outros.
Quando a alma acumulativa examina o seu registo de vida nos Registos Akáshicos, rever a vida passada imediata e evoluir em conjugação com todas as vidas anteriores, é uma grande lição. Quando uma revisão mostra que as facetas indesejáveis foram repetidamente apontadas, sem qualquer melhoria em vida após vida, a alma pode fazer esforços intensos enquanto aqui está – frequentemente com aconselhamento – para ultrapassar esse padrão.
S: Mas, entretanto, quem os poderia querer por perto? Isso não parece encaixar no resto do Céu.
MATTHEW: Bem, Mãe, eles não estariam à volta de ninguém que não os quisesse! A cada característica humana está ligada uma energia. Como tudo o resto, na existência, os traços de personalidade estão dentro das leis universais de que o semelhante atrai o semelhante. Cada faceta é canalizada para secções de aspectos “semelhantes”, para que as almas com traços indesejáveis não estejam simplesmente à volta das almas “não semelhantes” que não atraiam essa energia. No entanto, se uma lição da selecção da alma durante esta vida de espírito inclui tolerância ou paciência, podem pedir a proximidade de outras, com características que não conseguem tolerar formalmente.
S: Sabes, Matthew, parece haver no Nirvana, uma constante ênfase em aprender e crescer, e mesmo com todos os divertimentos que existem aí, a vida parece basicamente tão centrada e séria. Vocês nunca riem?
MATTHEW: Podes crer que o fazemos! O princípio do semelhante atrai o semelhante, aplica-se tanto neste assunto do riso, como em todas as outras ligações de energia, de tal forma que tanto aqui como aí, o riso é contagioso e a sua influência tem um efeito de onda maravilhoso. Tal como todos os outros traços que fazem a transição com as pessoas, a capacidade de rir com todo o coração ou de criar bom humor, também chega aqui continuamente. É claro que não emerge muito rapidamente nas almas com os seus corpos físicos feridos ou as psiques traumatizadas, mas com a recuperação, esse aspecto das suas personalidades começa a sentir-se. Depois de um certo tempo de convalescença, o bom humor e as situações divertidas à volta delas, ajudam no progresso. Quando começam a rir, sabemos que é um salto em frente na sua recuperação, para tornarem-se saudáveis. Estamos satisfeitos pela vossa classe médica ter descoberto esta verdade antiga.
Vemos, frequentemente, um sentido de humor perverso na Terra, e por isso, uma situação de riso aqui pode ser diferente da vossa, mas claro, não será em todas as ocasiões. Mãe, apreciaste sempre o sentido de humor seco e subtil. Isso existe aqui em abundância, porque os nossos assuntos com humor são refinados. Temos produções de comédias teatrais maravilhosas e também representações de mestres comediantes. Sabes, os vossos grandes apresentadores cómicos, actuam eventualmente aqui também – poderíamos dizer que representam o itinerário final do seu espectáculo.
Mãe, claro que não poderias pensar que isto fosse o Céu sem um bom sentido de humor e sem uma boa gargalhada!
EMPREGO
S: Tendes aí empregos que correspondam aos nossos?
MATTHEW: Existem diferenças entre o nosso sistema e o vosso, mas também semelhanças, e todas as pessoas que desejem trabalhar, têm uma variedade de oportunidades.
Com a importância vital da música neste reino, é natural que muitos estejam envolvidos nessa área. Para juntar àqueles que estão a usar a terapia da música, como cura para as almas recém-chegadas que precisam, uma grande parte trabalha na área da animação. Isso inclui músicos, cantores, ajudantes de palco dos concertos, manifestadores musicais, e todos aqueles que estão a compor, a ensinar e a aprender as diferentes fases de fazer música. Por vezes, a música emprega o maior número de trabalhadores. Outras vezes, a maior parte das pessoas está na área da assistência da transição da alma, os que dão as boas vindas e os assistentes médicos. É nesta área que me encontro. É a mais flutuante de todas em número de trabalhadores, porque está directamente relacionada com os acontecimentos na Terra. Neste momento, as inúmeras guerras civis, as doenças epidémicas, a fome e o tempo atmosférico relacionado com desastres que estão a causar a morte maciça na Terra, causa que a maior actividade laboral esteja a dar assistência à transição das almas. De todas as nossas áreas de emprego, a assistência à transição e a música, são sempre as mais proeminentes.
A educação é uma grande área, como podes imaginar, por causa da nossa forte ênfase na aprendizagem. Não só em professorado, mas também em todos os serviços e actividades relacionadas com o mundo académico que está por trás deste rumo. Na medida em que a aprendizagem é o principal esforço de tantas almas, ser um estudante também é considerado um emprego. Tal como aí, estudamos para graus avançados ao fazermos a preparação para níveis mais elevados de ensino, ou para outras responsabilidades profissionais. Frequentemente, escolhemos assuntos de acordo com os nossos interesses e com a nossa satisfação pessoal e depois descobrimos que esses assuntos se tornam aplicáveis ao nosso trabalho.
A administração é uma área grande e importante. Tal como na Terra, diz respeito ao trabalho de escritório, sendo o final detalhado para manter as coisas a andar com suavidade e eficiência, mas temos diferenças consideráveis. Aqui, esta área também inclui a gerência e o tratamento de todas as necessidades estabelecidas dos que chegam, e não há papelada. Não temos uma burocracia, mas existe uma estrutura definida de distribuição de responsabilidades e um sistema de operações, e de outra maneira, não prevaleceria tanto a ordem neste reino.
Na nossa categoria de gerência, o Conselho é a categoria mais elevada. Os membros não só dão cobertura à ordem e à estrutura, mas também lidam com os elementos do governo dos reinos, com quem interagimos. No caso da Terra, a interacção com os vossos governos não é oficial, mas é com os representantes angélicos e os do reino espiritual e outras entidades extraterrestres, que operam no planeta, com inúmeras capacidades para este tempo de grandes perturbações e mudanças.
A construção é uma grande área de emprego. Falámos sobre a manifestação, os meios através dos quais os nossos edifícios são erigidos, e muitas almas estão empregadas nestes variados processos de design e construção. Os trabalhadores deste campo também mantêm todos os edifícios públicos das redondezas, e a paisagem surge também nesta categoria.
A animação, mais ainda do que a música, fornece trabalho para um grande número de nós – escritores, actores, equipes de palco, designers e manifestadores de cenários e guarda-roupa, técnicos – todos os trabalhos necessários para montar aqui uma grande produção, sem ser preciso lideres.
Também falamos dos cuidados para com os nossos bebés e os mais novos. Os prestadores desses cuidados são indivíduos cuidadosamente seleccionados, com aptidões únicas para a educação, e os seus serviços são imensamente gratificantes para eles próprios e são honrados por todos. Apesar de ser um número mais reduzido nesta área, as pessoas que prestam este serviço são de uma importância vital para nós.
São estas, as nossas áreas principais de emprego, Mãe, mas todo o trabalho aqui é apreciado porque é ajudar os outros, de uma maneira ou de outra. À medida que cada um cresce em conhecimento e em experiência, é-lhe dado uma maior responsabilidade, correspondente em reinos progressivamente mais elevados em trabalho e em evolução espiritual.
S: Matthew, esses tipos de trabalho requerem o talento, as qualidades ou a educação que a maior parte da população mundial não tem. O que é que fazem todas esses pessoas não qualificadas, quando chegam aí? E o que acontece às pessoas que trabalharam duramente durante toda a vida aqui, e que podem preferir não trabalhar aí?
MATTHEW: Mãe, estás a esquecer que é a alma acumulativa que está aqui, não apenas a personagem que fez a transição. Há muito mais experiência e conhecimento em cada alma do que possas imaginar! É verdade que uma alma que teve poucas vidas físicas não terá as qualificações e as aptidões das almas que já experienciaram muitas encarnações, mas um treino apropriado para esse nível de interesse e habilidade, está disponível para todos.
Também temos outras circunstâncias de trabalho muito diferentes das vossas. Já que não há necessidade de estar empregado por uma questão de salário, um trabalho não é uma necessidade, é simplesmente uma agradável experiência de crescimento. Não há contratos de trabalho, apenas escolhas de ocupação, e nós podemos facilmente mudar de emprego sempre que o quisermos. Se alguém quer trabalhar numa área diferente daquela que conhece, esse alguém pode entrar para qualquer outra área pelo qual sinta atracção, sem levar em consideração o quanto é ou não especializado nessa área, porque existe acesso a quaisquer treinos ou estudos que sejam necessários. Já que a função do cérebro aqui é maior do que na Terra, devido à nossa densidade mais iluminada, o aprender torna-se mais fácil e ligeiro e, por isso, a preparação para uma nova área de esforço não é uma possibilidade difícil.
Outra forma em que o emprego aqui difere do vosso é na atitude e nas expectativas. Não há relações de trabalho patrão/empregado controladoras ou intimadoras, nem competições brutais para empregos, nem ansiedade em perder o trabalho numa fusão de empresas, nem quotas para preencher, nem comparações com a actividade ou a produtividade de alguém, nem nenhum trabalho monótono que cause um entorpecimento da mente, nem competições para promoções, nem prazos, e nem pressões para ter sucesso. Resumindo: evitamos esses aspectos negativos de trabalho, com os quais lidais na Terra.
Todos nós podemos encontrar um sem número de maneiras de viver uma vida satisfatória e produtiva, com ou sem emprego regular. Algumas vidas são menos orientadas para o trabalho do que outras, mas podem ser igualmente resolutas e realizadoras. Algumas almas podem passar as suas vidas aqui a descansar, a curar e a crescer através do conhecimento expandido. Outras podem escolher combinar a “reforma” com aquilo a que vós chamais de trabalho de voluntariado, ou como tutor numa área especializada em que sejam peritos, ou prosseguir com um hobby antigo ou novo. Na Terra, uma verdadeira descontracção é de tal maneira um brinde, que a maior parte das pessoas não têm esse luxo, que é tão necessário para restaurar um espírito cansado.
ALMAS EM TRANSIÇÃO
S: Matthew, o que é que fazes como assistente de medicina?
MATHEW: Tenho estado a imaginar quando é que irias perguntar isso, Mãe! Interrogas o Eric sobre o progresso da sua companhia, perguntas à Betsy sobre o ensino e perguntas ao Michael como estão a correr as vendas. E perguntaste-me sobre esses aspectos importantes dessas vidas, mas até agora, nunca me interrogaste sobre o MEU trabalho!
Sei que no passado, os médiuns te contaram o que estou a fazer, mas esta é a primeira vez que pensaste em mim da mesma forma natural que pensas nos outros filhos, perguntando-me, directamente, sobre o que estou a fazer. Mãe, consegues ver a grande diferença em como nós neste reino somos vistos em contrapartida com as pessoas na Terra? Até por ti!
S: ...Tens razão, Matthew. Não sei mais o que dizer.
MATTHEW: Mãe, consigo sentir o teu grande sofrimento, e não queria causar isso. Reagi de uma forma exagerada à tua questão, e lamento. Isto deu-me uma nova percepção e um valioso lembrete de que há coisas com que ainda tenho de lidar. Simplesmente é indesejável ter expectativas sobre os outros, como também fazer um julgamento, que era o que estava a fazer. Agora vejo a necessidade de reconhecer e evitar, rapidamente, estas duas características, e livrarmo-nos delas, pois isso é o progresso no crescimento espiritual, aqui ou aí. Sabes, como já te disse várias vezes, continuas a dar-me oportunidades de aprender contigo!
Fico contente por estares a sentir-te melhor com isto, Mãe. Eu também estou. Então, vamos lá continuar, e estou imensamente contente de te contar o que faço! Resumindo, ajudo as almas que precisam de assistência especializada após a sua chegada. Tal como os outros que estão na área de assistência à transição da alma, sinto o meu trabalho como um serviço, não como um emprego.
Não comecei como assistente de medicina. Depois de me ter ajustado por ter deixado a minha vida na Terra, tornei-me um membro que dá as boas vindas, que consiste em saudar as almas em transição que chegam em relativas condições de saúde psíquica. Ao mesmo tempo, estava a estudar medicina e mais tarde, psicologia. Depois, juntamente com o meu trabalho de receber as almas, comecei a ajudar bebés e crianças pequenas a ajustarem-se a este reino. Essa experiência e os meus estudos conduziram-me à minha missão inicial, como assistente de medicina.
Quando ganhei prática a ajudar as almas, cujas situações eram especialmente difíceis, fui nomeado, permanentemente, para esta assistência especializada. Fui subindo de posto, para uma posição de maior responsabilidade, mais rapidamente do que a maioria dos outros. Isso significou um grande número de assistentes a ser responsáveis por essa tarefa, assim como a atender pessoalmente as necessidades particulares mais difíceis dos que chegam.
Sem querer determinar, numericamente, a quantidade exacta, diria que já tratei cerca de 10.000 pessoas. Isto sem contar as que ajudei com as saudações da chegada ou que não precisavam de muita atenção médica, mas apenas as almas mais difíceis que ajudei a fazer a transição. Talvez isto não pareça muito, dado o tempo que tenho passado cá, mas a maior parte dessas almas precisava de terapia intensa e demorada e, tal como os médicos que permanecem com os seus pacientes até que fiquem completamente restabelecidos, eu também ficava com elas.
Mãe, para as pessoas da Terra, é tão crucial saber como é a recepção e o tratamento dos que chegam, que quero explicar o processo inteiro começando do início, com o que chamais de morte e nós chamamos de transição. Quando o corpo físico morre, não há ajustamento instantâneo do sistema eléctrico do corpo etéreo, para poder deixar a Terra intacto e chegar ao Nirvana já sintonizado com a frequência mais alta daqui. Esse ajustamento é feito no momento da faísca luminosa, quando o corpo etéreo se separa do corpo físico e reveste a alma para o alinhamento, no caminho para aquela passagem de luz, muitas vezes descrita como um túnel, na “experiência de quase morte.”
Não há absolutamente NADA de angustiante ou atemorizante nessa viagem! Mas acontece tão rapidamente que as memórias da chegada e das circunstâncias imediatamente antes da transição, são tão reais depois de entrar aqui, como eram quando a pessoa estava a experienciar essas circunstâncias na Terra. As memórias afectam profundamente as capacidades da chegada, para se ajustar ao corpo etéreo, e quando as memórias são de experiências traumáticas, é necessário um processo de cura normalmente longo e personalizado.
Já que o corpo etéreo tem estado com a alma ao longo de toda a sua vida física, está intacto quando entra com a alma neste reino, mas precisa de assistência para liderar com toda a sua força. Quando a chegada é feita em boas condições, esse processo de liderar pode ser realizado com facilidade. No caso de uma chegada bastante traumática, o processo requer a energia combinada de um assistente de medicina altamente treinado e um grupo acompanhante de dez ajudantes.
É unicamente o fluxo da energia da alma de cada chegada que nos elucida sobre a sua identidade e condição física. Através de um processo de correlação, cada chegada entra na estação apropriada para as suas necessidades imediatas. O fluxo de energia também nos permite antecipar o número de chegadas para que a assistência necessária esteja sempre a postos.
Embora a comunicação por telepatia possa ser compreendida pelos que chegam, é importante falar na língua nativa, particularmente no caso de ser uma chegada angustiante, e então os recepcionistas que dão as boas vindas e os assistentes conversam com eles na sua língua natal. Muitos de nós estudam línguas para poderem fazer este trabalho.
As pessoas que dão as boas vindas, que também podem ser chamadas de recepcionistas de transição, são as primeiras a encontrarem-se com as almas que aqui chegam, nas nossas estações de entradas “normais.” São como as pessoas hospitaleiras de qualquer lugar, que dão assistência aos recém-chegados, e estão presentes juntamente com a família e os amigos que estão à mão. Muitas vezes, as almas recém-chegadas, que estão emocionalmente bem ajustadas, apenas necessitam de saudações e de uma introdução no reino. Neste caso, os recepcionistas descrevem o leque das acomodações do reino para as suas necessidades, conforto e interesses imediatos. A habitação, a comida, os estudos, o emprego, os eventos sociais, o sistema de governo do reino – tudo isto é explicado antes dos administradores se envolverem na logística efectiva, para ajudar os recém-chegados a instalarem-se.
Mãe, tens estado a pensar o quão impessoal é, referirmo-nos às almas chegadas como “os chegados”. Sim, é, e estou a referir assim, apenas para poderes distinguir entre pessoas com estatuto de chegados e as suas próprias almas, e também para diferenciar entre as almas recentemente chegadas e a população de almas já existente por aqui. Tal como estás a pensar, “recém vindos” soa muito mais amigável, mas há constantemente novas almas que vêm ao reino e que não estão a fazer a transição da Terra. A nossa palavra mais comum para chegados é “almas”, mas cada um deles é conhecido pelo nome e abordado pelo nome. Portanto, como podes ver, a nossa recepção de todos os “chegados” é intensamente pessoal, e todo o tratamento é individualizado, de acordo com as necessidades físicas de cada um.
S: Obrigada por mencionares isso. Deixa-me fazer aqui uma pergunta. Se disseste que nos lembramos das nossas outras vidas quando entramos no Nirvana, porque é que a mesma informação àcerca do reino é dada todas as vezes?
MATTHEW: As memórias das outras vidas não surgem, instantaneamente, no momento em que a alma entra. Quando há um ajuste fácil e rápido, a tomada total de consciência das permanências anteriores aqui emerge, suave e constantemente, como o melaço a transbordar, e não como as torradas a saltar. As lembranças vêm mais devagar aos chegados que necessitam de assistência médica “regular”, e mais devagar ainda àqueles cuja morte aconteceu em circunstâncias traumáticas.
A re-introdução, se quiseres, no reino é graciosa, é feita com consideração e é auxiliadora, e posso assegurar-te que é bem recebida pelos chegados.
Vejamos, as pessoas que precisam de assistência médica “regular”, são aquelas cujas experiências imediatamente antes da transição, eram relativamente livres de trauma, mas devido à saúde debilitada, os seus corpos físicos têm um domínio prolongado sobre os corpos etéreos. Temos que tratar essa condição para que os corpos etéreos não fiquem feridos. Estes chegados entram nas estações de tratamento da tranquilidade, com quartos privados alegres e sossegados, onde fragrâncias naturais de cheiro doce enchem o ar, e cores suaves flutuam, como se fossem cortinas de uma janela aberta, ondulando ao vento. Fora destas áreas, o céu é suavemente azul, não com o seu brilho normal, e correm brisas suaves e mornas. Música sussurrante e quase inaudível, e no entanto, a agitar as emoções devido aos belos coros e aos sons frágeis, parecidos com os das harpas. Todo o cenário é fluido, com uma sensação de movimento suave e tépido, e todos os elementos são delicados na sua composição, na cor e no tom.
Este cenário restaurador é ideal para os chegados com psiques relativamente saudáveis e corpos que aguentaram apenas uma curta doença terminal, ou corpos frágeis e cansados, simplesmente, devido ao longo tempo em que funcionaram. Mesmo embora estes chegados não necessitem de medidas extremas de cuidados médicos, durante a sua recuperação, existem sempre assistentes médicos ao serviço, para assim assegurar a convalescença.
O ambiente da recepção e do tratamento é muito diferente dos chegados com sofrimentos graves. Eles entram nas estações de cuidados intensivos onde começam, imediatamente, a receber tratamento individualizado. Ao tratar estes chegados traumatizados, estamos a lidar tanto com os ferimentos do corpo, como com os da mente. Enquanto que a alma é libertada na consciência espiritual, a psique da pessoa ainda funciona com capacidade reduzida, processando os últimos eventos experimentados pelo corpo físico na Terra. A alma é constante. Ela cresce com as experiências, mas está para além do aspecto cativo da psique, que tem uma grande necessidade de ser curada. Sem a cura, a vida aqui, assim como em qualquer outro lugar, seria um inferno para essas pessoas com psiques tão violentadas.
Alguns deles aguentaram doenças prolongadas que causaram intenso sofrimento físico, uma limitação prolongada de actividade, e dor. Talvez medo e arrependimento pesaroso dos efeitos das suas condições, na família e nos amigos. Os corpos etéreos destas almas que estão revestidas de doenças, de guerras, de debilitação e ansiedade, têm que ser atendidas por médicos, porque a memória da dor física é ainda poderosa, mesmo à sombra dos efeitos associados com a perda, a mutilação ou a degeneração de partes físicas do corpo. Obviamente, os espíritos destas pessoas também têm necessidade de cuidados ternos, tanto médicos como psicológicos, para poderem recuperar.
O mesmo acontece aos chegados cuja morte física foi causada rapidamente por ferimentos maciços, talvez em acidentes de automóveis, em incêndios, em tempestades e em terramotos violentos. As psiques das pessoas que foram torturadas e assassinadas, sofrem traumas profundos, assim como as vitimas das guerras - tanto as tropas mutiladas e mortas em combate, como os inocentes civis, cujas vidas na Terra foram dizimadas pelos horrores da guerra. As pessoas que fizeram a transição durante, ou logo após qualquer uma destas situações, chegam com o espírito traumatizado, a um nível sem descrição possível, e sentindo ainda, fisicamente, o terror recente experimentado na Terra.
Raramente conseguem compreender que agora estão a salvo, neste reino. Acreditam que foram salvos do inferno vivido tão recentemente, mas, normalmente, pensam que o salvamento ocorreu na Terra. Quando já não precisam de cuidados continuados tão essenciais, são mudados para espaços de reabilitação, onde são ajudados por terapeutas a recuperar, numa atmosfera cuidadosamente projectada para elevar os seus espíritos e assegurar o progresso na cura.
Existe um outro tipo de chegados, com muita necessidade de cuidados de amor. Aqueles que vêm com culpas pesadas, remorsos ou mágoas, necessitam de cuidados psicológicos alargados para curar as suas psiques feridas. Geralmente, reagem mais rapidamente do que os chegados de mortes físicas traumáticas, mas nem sempre. Quando essas condições emocionais estão conjugadas com outros traumas psíquicos e físicos, é necessário para a sua recuperação, um período de tempo mais longo.
S: Com o realinhamento da energia e com a providência de ambientes musicais curadores, tais como as vossas modalidades de tratamento, não percebo onde é que aparecem todos os cuidados individuais.
MATTHEW: Isto não é um Céu estereotipado, Mãe. Alcançamos cada alma na sua mais recente personagem encarnada, e os cuidados personalizados bem como a conversação são tão essenciais aqui, como o são para todos os doentes dos hospitais da Terra. São exactamente essas mesmas psiques que saudamos e damos assistência com vista a ajustarem-se aqui. Temos a vantagem de que as lembranças da alma vêm primeiro, logo que as pessoas se ajustam a estar aqui, mas, como te contei, isso acontece muito mais lentamente com aquelas que chegam em condições seriamente traumatizadas.
S: Existem grupos de tratamento, como os nossos grupos de apoio às pessoas que sofreram devastações semelhantes?
MATTHEW: Não. Cada tratamento de um chegado é personalizado durante a recuperação. Nem mesmo as famílias são tratadas em grupo quando fazem a transição simultaneamente, ou com espaços de tempo quase momentâneos. Cada alma chega por si mesma e é tratada individualmente, porque cada uma tem necessidades únicas que requerem atenção privada e instantânea. As que estavam juntas na altura da morte podem querer ficar juntas, e isso acontece logo que estão suficientemente curadas para o fazer.
S: Penso que seria benéfico numa cura sensata e misericordiosa, tratar dos membros de uma família que morreram ao mesmo tempo ou dentro de momentos, como um grupo, para poderem saber que estão todos juntos.
MATTHEW: Mãe, vou te dar um exemplo da razão porque isso não pode ser feito. Uma mãe está a sofrer com ferimentos numa guerra civil que ela abomina, em estado de choque e sofrimento pela sua filha pequena, que acabou de morrer nos seus braços após uma curta enfermidade, e está muito ansiosa porque o seu filho adolescente está no centro do combate. Momentos mais tarde, chega aqui, depois de ter sido fatalmente ferida na cabeça por uns escombros, e a sua angústia, o medo e a dor estão tão aguçados como quando estava debaixo do bombardeamento que lhe causou a morte física.
O filho está de óptima saúde até ao momento em que é feito em bocados durante o mesmo bombardeamento que causou a morte da mãe. Não tem conhecimento do que aconteceu à mãe e à irmã. Ele é jovem, e está imbuído de um sentimento de indestrutibilidade, que lhe camuflou o medo durante a batalha. Além disso, foi aprendendo com a guerra e foi-lhe ensinado considerar um direito e uma responsabilidade sua, matar o “inimigo.” Como podes ver, tanto a sua psique como o seu corpo vão precisar de tratamentos bastante diferentes daqueles que a mãe e irmã vão necessitar. É por essa razão que o tratamento de grupo, mesmo para uma família pequena, nunca seria empreendido. Nem mesmo seria possível, porque é a alma individual que faz a transição e não as almas unidas.
S: Obrigada por me teres explicado isso, Matthew. Tudo isto é tão novo para mim, que penso que estou a sobrepor ao Nirvana o que aconteceria aqui, nas mesmas situações.
MATTHEW: Mãe, é natural que tentasses encontrar ligação acerca de algumas das coisas que te conto, porque outras coisas são tão surpreendentes para ti, que às vezes pensas que não sei do que estou a falar.
Vejamos, vou te dar um exemplo verdadeiro de como nós tratamos um chegado traumatizado. Estás a ver um soldado ferido em uniforme de combate, sentado numa cama portátil, com a raiva, o medo e a energia de combate do auge da batalha, e alguém que o está a tentar acalmar. Tal como a imagem que te estou a mandar, o corpo do soldado parece ser compacto, tal como a polpa da Terra, e a cama também parece ser sólida. Isso é uma ilusão que manifestamos, porque é necessário nesta fase da sua adaptação a este reino.
Os soldados em combate têm que equilibrar a realidade da morte com o sentido da sua própria invencibilidade, para que se possam concentrar na sua sobrevivência. Este manobrar das dificuldades psíquicas, mais o choque da batalha e o horror de estar rodeado de camaradas mortos e dos gritos dos feridos, colocou este soldado num estado de agitação extrema. É necessário deixá-lo chegar à conclusão de que isto é uma oportunidade do seu último ambiente na Terra, o qual fazemos, facilitando as condições da batalha em que ele esteve em vida e na morte. Aos poucos, as suas últimas memórias são eliminadas pela remoção gradual da cena à volta dele, até estar apto a aceitar que deixou o seu corpo da Terra, e entrou na sua nova vida. A transição deve ser lenta e realística para ele, ou a sua psique ficará de tal forma em estado de choque, que a cura necessitará de tratamentos maiores. Não quer dizer que a assistência que já lhe está a ser fornecida não seja de suprema importância, mas estou a falar de um modo relativo.
S: Parecia que a realidade para esse soldado significaria campos de batalhas à volta dele. Pode ver os seus camaradas mortos enquanto também estão a receber o mesmo tratamento ali perto? Bem, já que disseste que cada alma chega separadamente, suponho que ele esteja sozinho com a sua assistência médica, num ambiente de campo de batalha.
MATTHEW: Não, Mãe, não é o único soldado ali - apenas te mandei uma imagem de muito perto, para que pudesses ver claramente a solidez do seu corpo e da cama. Sim, consegue ver alguns dos seus camaradas “mortos” perto dele, e isso é, não só útil como também é um obstáculo por causa da confusão possível, pois os outros homens que acabou de ver, recentemente, não estão lá. Agrupar estes homens nesta fase, não entra em conflito com o nosso tratamento individual, que está de acordo com necessidades específicas de cura de cada chegado. Para evitar mais danos psíquicos, é essencial que o ambiente da morte dos soldados seja retratado com precisão, e a presença dos seus camaradas faz parte deste realismo.
Este grupo de cerca de dez soldados, que foram mortos quase simultaneamente, tinha atitudes variadas em relação à morte e ao Céu. Chegaram às estações onde o nível de energia das suas almas lhe permitiu, e o seu ajustamento psíquico pôde ser efectuado, que era a fase inicial que estavas a ver. Cada um no grupo tem a sua própria sintonização de energia, para prosseguir com esta fase para diante. Alguns destes homens podem estar bastante avançados na evolução da alma e muito em breve terão consciência da sua entrada neste reino espiritual. Recentemente, vimos soldados recém-chegados, com tanta evolução, que souberam instantaneamente onde estavam e rapidamente ajudaram os outros que estavam ao lado a aceitar as suas transições. Outros homens deste grupo podem ter que repensar seriamente, daqui para a frente.
Em relação à imagem que viste, sim, foi apenas uma pequena porção de um ambiente de batalha reconstituído, menos os sons ensurdecedores e o sangue coagulado da realidade da Terra. No entanto, “campos de batalha” não teria sido uma imagem precisa para te mandar, porque nós também não os vemos. O que vemos é mais como cenas relâmpago de um filme, onde os espectadores têm um vislumbre de um carácter e da sua situação, e depois, de outro carácter e da sua situação e por aí fora. Apesar do pouco tempo que é passado a desenvolver cada cena, espera-se que os espectadores compreendam todos os desenvolvimentos que estão a acontecer simultaneamente.
Temos vislumbres de almas individuais em vários estados de compreensão e de necessidades de assistência para a transição. Somos conduzidos para o lugar onde somos precisos, através da ligação energética que é estabelecida. Sei que te estás a questionar sobre como se processa a diferenciação nesse estado de confusão, e não sei como te explicar isto, Mãe, mas posso assegurar-te que tudo funciona na perfeição.
Como já mencionei antes, o nosso mecanismo principal de cura é com vibrações, e é por isso que a música é tão essencial. Os indivíduos saudáveis aqui têm um nível vibratório entre dois pontos definidos, permitindo alguma variação correspondente ao aumento ou à diminuição do entusiasmo, da excitação, ou de qualquer outra emoção que cause uma mudança de nível. Já que não temos que lidar com circunstâncias de medo ou de raiva, o aumento de nível só é possível devido a razões positivas. Os chegados têm uma grande diferença de níveis, o que é apropriado ao seu sistema de crenças para toda a vida na Terra e às circunstâncias da vida física e da morte.
S: Compreendo. As crianças são recebidas como os adultos?
MATTHEW: Cada criança é saudada com carinho especial e com a energia do amor, e é-lhes dado o mesmo cuidado pessoal e aplicado como é dado às outras almas. As crianças que chegam, comparativamente em corpos e mentes saudáveis, ficam rapidamente aptas a juntarem-se às outras crianças que vivem naquelas casas grandes e alegres que te descrevi, onde são educadas com amor.
As crianças com necessidades específicas de cura física ou psíquica, recebem cuidados personalizados contínuos de médicos especialistas, num ambiente programado apropriadamente para a sua idade e condição, com alguns apontamentos manifestados para fomentar felicidade para a criança. Para que haja progressos na cura, a criança é tratada por companheiros para lá dos educadores e do divertimento adequado ao seu nível de recuperação.
Compreensivamente, quanto mais novas são as crianças quando chegam, mais facilmente se ajustam ao reino. As crianças mais velhas lembram-se mais e estão mais conscientes da falta da família da Terra, durante o tempo em que as suas almas estão a crescer para além das suas psiques.
Quando isso acontece – e outra vez, em alguns casos é quase imediato devido ao desenvolvimento da alma – elas, avidamente, juntam-se às outras crianças nessas grandes casas convidativas e, entusiasticamente, iniciam uma vida plena e feliz.
S: Se as suas famílias soubessem disto, seria um grande conforto para elas. Tenho mais perguntas. Quantos assistentes de transição existem aí, na totalidade, e quantos estão ao serviço a qualquer momento? Tendes períodos de trabalho agendado e folgas? Sem relógios ou qualquer sentido do vosso tempo, como é que sabeis quando se devem apresentar e se podem ir embora?
MATTHEW: Poderia dar-te uma quantia total exacta, Mãe, mas milhões são treinados para esta área. Essa “conta” não inclui recepcionistas de transição, apenas assistentes médicos. Com as almas constantemente a partir assim como a chegar, e naturalmente, as partidas incluem muitos da nossa área, diria que apenas os nossos técnicos de recenseamento sabem, momento a momento, os números exactos de quantos somos, com treino suficiente para preencher os postos de serviço. Como acontece na Terra, existem graus ascendentes de especialidade e experiência, com graus correspondentes às responsabilidades. Aos estagiários, como lhes podes chamar, não lhes são dadas tarefas a tempo inteiro até que dominem toda a educação e treino e tenham completado um período de serviço supervisionado, e até lá, não são considerados parte do nosso posto. Além disso, por favor, lembra-te que cada assistente permanece com a alma que conhece na transição, até que a sua recuperação esteja completa, e muitos de nós não conseguem acrescentar a nossa “capacidade de casos”.
O número de assistentes em serviço depende das situações na Terra, mas um número suficiente de nós está sempre à mão, para que os chegados nunca permaneçam por um instante sem serem saudados, ou fiquem sem atendimento durante algum momento, Com as mortes a acontecer aí em massa, muitos milhares de nós estão prontos para o encontro e para dar a assistência necessária, no primeiro instante de transição. Não há milhares de portas de entradas separadas, mas há milhares de entradas individuais, muitas vezes simultaneamente, devido à casualidade de um tremor de terra grave, acrescentando aqueles que estão a morrer devido a quaisquer outras causas. O espaço não é tomado em consideração porque não temos o volume de corpos físicos a precisar de espaço, conforme vós o percebeis.
Não há razão alguma que seja suficientemente urgente para que algum assistente – ou recepcionista de transição – abandone o posto de serviço e deixe os chegados sem atendimento. Já que o tempo não existe aqui, não é fácil avaliar o quanto trabalhamos sem intervalo, e como não temos a sensação de cansaço físico ou emocional, a fadiga não é um factor limitativo. Trabalhamos, simplesmente, à medida do que é necessário. Quando são antecipadas muitos chegadas, obviamente que são precisos mais assistentes e por períodos mais longos.
Temos um sistema de notificação de energia infalível. Uma série de pulsações de energia permite-nos saber se uma linha de trabalhadores está completa ou se precisa de substituições ou de reforços. Dado que somos muitos, nem todos são precisos de uma só vez, mesmo naquelas alturas de maiores quantidades de chegadas, mas não se trata de uma arranjo casual do género de, quem quiser pode aparecer, naquelas ocasiões em que podem chegar amigos ou família.
Quando a necessidade é automaticamente registada através de ligações de energia, somos transportados para a cena, apenas com um pensamento. Quando alguma alma já está lá, o segundo a chegar pode ficar para integrar uma equipa de apoio ou mudar para o próximo impulso de energia que assinale outra chegada iminente.
S: Como é que consegues arranjar tempo livre para as nossas sessões e para todas as tuas outras actividades e interesses?
MATTHEW: Temos uma hierarquia estabelecida responsável pela recepção e assistência completa dos chegados, e quando todos os postos de serviço estão preenchidos, o resto de nós fica livre para fazer o que desejar. Isto passa-se com todas as almas aqui – nunca sentimos que o trabalho interfere com os nossos pólos de interesse. O meu trabalho não é apenas uma missão significativa, é com grande prazer e honra que estou envolvido neste serviço, no meu nível de responsabilidade. E posso assegurar-te, Mãe, que tenho muito tempo para me dedicar a todas as minhas ocupações.
S: O que é que acontece se estás de serviço e ficas a saber que alguém da tua família da Terra tem uma emergência?
MATTHEW: Se estivesse à espera de um chegado e tu estivesses numa situação de emergência, seria assim que as coisas se procederiam: O Gregory, o teu anjo da guarda, seria o primeiro contacto com a tua vibração de emergência. A sua chamada de energia automaticamente iria alcançar-me a mim e a todos os outros que estamos mais de perto, ligados a ti. Ao receber essa notificação chamaria o meu assistente, que está treinado para me substituir. Ele, instantaneamente, apareceria na cena. Depois, seria libertado do laço de energia com o chegado e dirigiria essa energia para me ligar contigo. Tudo isto aconteceria num piscar de olhos, como se surgisse uma luz, e no entanto são efectuados muitas etapas na energia de ligação e de libertação, para que não haja nenhuma demora até eu te alcançar, nem nenhuma interrupção na ajuda ao chegado.
S: Matthew, obrigada por toda esta informação. Nunca imaginei que tantos cuidados e uma coordenação tão complexa, fossem necessários – e fornecidos – aí.
MATTHEW: Mãe, há aqui um outro aspecto que, penso, vais achar interessante. Quando cada pessoa chega, o Nirvana é exactamente o que esse indivíduo imaginava que fosse o Céu, durante a sua vida na Terra. A energia das convicções dentro da psique individual cria, para esse indivíduo, o Céu dessas convicções. Normalmente está errado!
A verdade de Nirvana surge a cada pessoa, à medida que se ajusta para estar aqui. Talvez deva dizer que aceitar essa verdade, é o ajustamento. Não é a conclusão a que chega a alma da pessoa, mas sim o que a psique da pessoa guarda. Durante o período de recordar o que na realidade é este reino – porque o conhecimento ESTÁ lá, foi simplesmente esquecido – as ideias erróneas dos chegados permanecem intactas psiquicamente, mas não são permitidas por muito tempo.
Cada realidade de cada alma afecta este lugar, mas os efeitos são especialmente influentes quando essas realidades diferem das leis do universo. A frequência da energia de todas as almas, neste nível do reino, é a mesma, caso contrário, nem sequer poderiam entrar aqui. Mas, não se pode permitir as formas de pensamento que estão longe da verdade, e as atitudes negativas sob qualquer aspecto, porque mudariam todo o nosso campo de energia.
Isto é uma razão pela qual a terapia, tão cuidadosamente planeada para cada indivíduo, é de importância primordial. As nossas entradas das estações são mais do que áreas de recepções graciosas e de facilidades de tratamento médico. São o estágio inicial dos esforços hábeis para mudar, rapidamente, aquela energia tão susceptível de afectar negativamente, que está tão impregnada nos chegados e de evitar a sua proliferação.
S: É quase devastador pensar em tudo isso, Matthew, mas também é reconfortante. O Céu, definitivamente, NÃO é o lugar de serenidade eterna e tão bem conhecido, como pensava que era! Num contexto mais ligeiro, o que é que usas vestido quando estás a trabalhar?
MATTHEW: Usamos o que cada chegado espera que usemos, e porque estamos completamente conscientes das expectativas de cada um, e sabemos antecipadamente qual a roupa mais apropriada. Uma vestimenta que seja familiar, do tipo da Terra, evita mais choques às pessoas que precisam de alívio neste lugar, e então usamos o que está de acordo com as circunstâncias da morte física das pessoas.
Por exemplo, nas estações do hospital para chegados de culturas Western, a roupa normal é o branco ou a cor pastel dos uniformes das vossas profissões médicas, ou roupa “casual,” tal como jeans e t-shirts, a maior parte das vezes. Quando os chegados vêm de climas frios, acabaram de ver pessoas com casacos grossos, e então usamos casacos grossos. O traje familiar dos soldados seria um uniforme como os que os seus médicos usam, enquanto que um membro de um gang de rua estaria à espera ver alguém de sapatilhas, jeans e blusões de couro, e vestimo-nos de acordo.
Os jeans, o código universal de traje da Terra, são muito mais comuns serem usados pelos nossos recepcionistas e médicos assistentes, do que as túnicas brancas. No entanto, os chegados que morrem devido a longas doenças terminais, ou simplesmente devido a muitas décadas de vida, são usualmente esperados por recepcionistas com túnicas brancas, ou talvez fatos ou vestidos brancos. As pessoas em condições frágeis, estão à espera de morrer, digamos, e sentem-se mais confortáveis ao ver alguém vestido de branco, da forma tradicional que associam às portas celestiais.
Para os chegados de áreas onde são comuns a roupa étnica, usamos roupas apropriadas às suas regiões, e para as populações tribais, o traje cerimonial dos deuses das suas religiões. Não é preciso nenhum esforço extra para nos lembrarmos deste aspecto. É tão fácil para nós manifestarmos imensas toucas e luvas multicoloridas, como túnicas brancas e jeans,
S: Isso é uma consideração tão sensível e tão prática. Nunca me lembrei antes o que poderias usar, quando chegasse – agora estou à espera de te ver de jeans. Qual é a roupa típica dos residentes do Nirvana?
MATTHEW: Durante o ajustamento ao reino, usualmente usam roupa como estão acostumados a usar na Terra, e portanto, é sempre evidente uma ampla variedade de estilos, mas, eventualmente, uma túnica branca com um cinto é a escolha normal para ocasiões vulgares. Porque é confortável, Mãe, é por isso!
SUICÍDIO
S: As pessoas que morrem de suicídio são tratadas diferentemente das outras?
MATTHEW: Sim e não. É-lhes dado a mesma recepção de amor, tal como aos outros chegados, e são feitos todos os esforços no sentido da cura e do ajustamento, tal como com as outras almas traumatizadas, que precisam de tratamento personalizado. No entanto, entram para uma estação de tratamento específico, porque os seus traumas necessitam de um tipo único de cuidados máximos.
Sei que ouviste falar que as pessoas que puseram fim às próprias vidas, enfrentam uma forma de punição na vida espiritual, mas instintivamente, duvidaste disso. Tens razão, não é assim. Não é justo nem razoável agrupar todos os suicídios numa categoria, com um julgamento exacto, para todos o terem de enfrentar. Em alguns casos, a causa do suicídio é um grave desequilíbrio da química do corpo, que arruína o poder de decisão. Em outros casos, o que chamas de insanidade leva ao suicídio. Algumas pessoas agem sob extrema depressão, talvez devido à perda de alguém que consideravam vital para as suas vidas, e a depressão toma conta do seu pensamento racional. Alguns põem fim à vida devido a desafios ridículos, não acreditando que o risco que pode resultar daí seja a morte. Outros agem sob o desespero do momento, em vez de dar ao espírito tempo para se acalmar. Alguns terminam com as suas vidas para acabar com um sofrimento insuportável. Nenhum destes tem mais razão para ser severamente julgado do que a morte atribuída a uma falha do coração ou a um nariz partido.
Algumas pessoas em condições relativas de saúde decidem por termo às suas vidas. Para essas, isto é uma total sujeição a uma série de eventos adversos, às vezes para demonstrar às famílias que a única forma que sentem que lhes resta, é um seguro de dinheiro. Outras pessoas concluem que não conseguem lidar com situações que acham demasiado difíceis ou desagradáveis – talvez a infidelidade conjugal, a corrupção financeira ou politica foram postas a descoberto, ou foram desacreditados pelos seus pares. Estes casos calculados são também muito tristes, porque essas pessoas realmente não querem deixar a totalidade das suas vidas na Terra, apenas querem deixar esses aspectos que vêm como tão devastadores e para os quais, em sua opinião, a morte é o único remédio.
Seja qual for a razão, as pessoas que cometem suicídio revêem os seus registos Akáshicos, com a mesma avaliação e o mesmo processo de planeamento da próxima vida, como outra alma qualquer. É verdade que eles causaram a si próprios uma lição acrescida, por terem que repetir todas as lições que escolheram mas que não completaram, mas não existe punição ou um karma pesado cobrado devido à morte auto infligida. A intenção, ou o motivo, está na base de todas as determinações de auto-julgamento, e essas pessoas necessitam não se julgarem a si mesmos com mais severidade do que a quaisquer outros do reino.
AJUSTAMENTO AO REINO
S: Quanto tempo demora para as pessoas se ajustarem a estar no Nirvana?
MATTHEW: Considerando as dificuldades da nossa duração do tempo exacto estabelecido dentro das vossas medidas, penso que a melhor forma de responder a isso é através de categorizar os chegados, cujas vidas e circunstâncias de morte, foram relativamente livres de trauma.
Alguns estão tão bem preparados pelo seu nível de evolução de alma e por terem completados os seus afazeres na Terra, que não necessitam de qualquer assistência. Estas almas são recebidas por uma multidão alegre, quando se sabe que se vêm juntar a nós. Gostaríamos que houvesse muitas como estas!
A segunda categoria dos chegados pode ser classificada como querendo, mas não estando completamente prontos para estar aqui. Normalmente, viveram apenas momentaneamente ou durante pouco tempo com a sua condição terminal, sendo que os seus corpos não estão cansados devido a sofrimento prolongado, ou devastados pela doença, ou com falhas nos órgãos envelhecidos. Estas pessoas estão hesitantes em aceitar o facto da transição, porque a vida na Terra oferecia-lhes amor, relacionamentos agradáveis que guardavam no coração, e às vezes o seu trabalho era tão satisfatório que desejavam que continuasse. Mas não são tão emocionais como seria de esperar. As suas emoções são equilibradas. Estão menos relutantes em deixar a vida da Terra e dar as boas vindas ao reino espiritual outra vez – têm consciência de que voltaram. As suas crenças não são opostas àquelas de que vão ao encontro, e nesse aspecto, estão bem ajustadas. Depois de agradáveis discussões, tanto telepáticas como na sua língua da Terra, aceitam o seu regresso ao Nirvana bastante rapidamente.
Os terceiros, em ordem de ajustamento, são as pessoas que foram doutrinadas dentro de ensinamentos restritos da igreja, Nenhum dogma religioso é a verdade, a mensagem Crística completa, da descrição do Céu ou da vida eterna. Quanto mais incorrectos forem os professores e quanto mais demorados forem os ensinamentos, mais difícil é convencerem os seus aderentes de que: Sim, isto É o Céu, e que já não estão a viver nos seus corpos da Terra, e que Não, o Céu NÃO é o que lhes foi ensinado. Não podemos permitir que os conceitos errados deste reino inicialmente permitidos, continuem por muito tempo, por causa daqueles efeitos adversos que te contei, e, o Nirvana tal como é, deve ser eventualmente mostrado a estas pessoas. Os seus ajustamentos levam muito mais tempo, do que os dos dois grupos anteriores.
Os últimos a aceitar este reino são as pessoas de natureza teimosa cuja religião rígida ou a doutrina científica se opõe a quase tudo o que encontram aqui. Em vez de aceitar o que lhes é revelado, alguns põem-se num local inferior de almas desincorporadas – poderias chamar de fantasmas – numa tentativa de regressar às suas vidas na Terra. Alguns escolhem dormir por algum tempo, convencidos de que quando acordarem estarão ou nas suas próprias camas, em casa, ou nas vidas intermináveis das suas crenças. Nestes casos mais graves, podem adormecer e acordar, intermitentemente, durante centenas de anos, antes de reconhecerem que, simplesmente, foram incorrectamente ensinados.
Voltando ao assunto, as pessoas nestes quatro grupos chegaram aqui em condições relativas de boa de saúde física, livres de traumas. Não existe forma de agrupar, num sentido de ajustamento de tempo, as almas que chegam com psiques e corpos traumatizados, porque as suas experiências de vida na Terra, e as circunstâncias da morte física, afectaram muito profundamente, o seu período de recuperação. Precisam de se curar por completo antes de serem confrontadas com a necessidade do ajustamento. Como uma ajuda às suas curas, o Nirvana é apresentado de acordo com as suas expectativas, até estarem completamente recuperadas. Isto é possível porque os seus conceitos de verdades erradas não são o foco das suas energias, mas sim curarem a sua saúde, e portanto, daí não advêm resultados negativos sérios.
S: Há alguma coisa aí que se encaixe no conceito de purgatório?
MATTHEW: Certamente diria que sim! Essas pessoas que – apesar de tudo o que lhes é revelado – recusam até considerar que este é o lugar onde TODOS os residentes da Terra vêm parar no fim das suas vidas da Terra, que preferem dormir, às vezes durante séculos, em vez de considerar que as suas crenças estavam simplesmente baseadas em falsos ensinamentos – penso que isto é o mais próximo do purgatório que alguém consegue estar!
Deveria acrescentar uma palavra acerca do grande benefício para este reino, quando os novos chegados se ajustam rapidamente e aproveitam as oportunidades fantásticas e sem limites que existem aqui, para o seu crescimento. A mudança mais ínfima afecta inúmeras almas! Isto também se passa na Terra, mas em grau menor. O movimento de energia é o mesmo, pois a energia nem aumenta, nem diminui de intensidade sem uma direcção da alma. No entanto, na Terra a intenção registada energeticamente fica menos intensamente comprometida do que aqui. A bondade de carácter de qualquer pessoa encarnada, automaticamente cresce de intensidade, quando essa alma vem para este reino.
EXPERIÊNCIA DE QUASE-MORTE
S: Ouvi dizer à Betsy e a um médium que leste A Vida Depois Da Vida, um livro sobre experiências de quase morte. Já viste alguém nessa situação?
MATTHEW: Sim, li esse livro no último verão em que estive convosco, e sim, já vi muitas almas visitantes que tinham sido declaradas “clinicamente mortas”.
S: Porque é que existe uma grande discrepância entre as experiências maravilhosas relatadas de quase morte, e as experiências traumáticas das pessoas que tu contaste?
MATTHEW: As descrições acaloradas nos livros vêm das pessoas que estão na Terra, e o relatório que te dei é sobre pessoas que NÃO estão. O processo físico de morrer É traumático quando as circunstâncias são violentas, mas obviamente, isto pode ser relatado na Terra, por qualquer um que o tenha experimentado. Tenho que enfatizar novamente que não estamos a falar da transição da vida da Terra para este reino, que NÃO é absolutamente nada assustador, mas acerca das circunstâncias antes da morte física.
Mãe, para explicar as diferenças a fundo, preciso de descrever o processo ao qual vós chamais de “experiência de quase morte.” À experiência de um choque físico grave junta-se uma severa experiência espiritual. Essa sacudidela do corpo etéreo, apesar de não haver total desligamento do corpo físico, é um sinal para a alma de que tem capacidade de deixar o estado físico e de viajar para o reino onde sabe que já esteve. Nem sempre a pessoa tem memórias das visitas anteriores aqui, em sonhos ou em momentos supra conscientes, mas existem essas ligações únicas do espírito que solicitam esta viagem do corpo etéreo. As almas que fazem esta viagem têm essa experiência de quase morte.
Disse-te que sabemos das chegadas iminentes, através das marcas distintas e inconfundíveis de identificação dos sinais de energia. Esse mesmo reconhecimento acontece com as pessoas que têm experiências de quase morte. Quando o fluxo de energia assinala os comprimentos de onda universais, os que o reconhecem através de laços de amor, respondem instantaneamente. É por isso que os membros da família ou os amigos e os anjos ou outros espíritos estão à espera deles, neste reino.
As pessoas que estão a ter a experiência de quase morte não entram pela mesma entrada das nossas estações de boas vindas e dos hospitais. Elas são saudadas num portal especial, onde o ambiente é criado individualmente, de acordo com as suas ideias do Céu. Sabemos o que devemos manifestar porque o registo universal individual fica disponível para que todos os aspectos da visita possam ter o máximo de benefícios. Então, apesar da variedade que realmente existe aqui, os sistemas de crença dos indivíduos decretam o que eles irão ver durante a curta visita. Essa expectativa pode incluir a aparência do fundador da sua religião. Se for esse o caso, isso é obtido através de uma representação holográfica e a energia Cristica deste reino emana o amor que esses visitantes atribuem ao fundador.
É verdade que, as almas que fazem a transição são tratadas segundo a sua visão do Céu logo à entrada, mas isso é uma estratégia para as introduzir, delicadamente, nas residências, e isso é uma ilusão temporária. O céu personalizado para as pessoas com experiências de quase morte, permanece por toda a curta estadia, para evitar uma apresentação da realidade, que poderia ser perturbador para as suas psiques, que não têm o tempo necessário para se ajustar à verdade deste reino. Quanto mais elevada for a evolução espiritual das almas visitantes, mais o Nirvana é apresentado como de facto é. Já que não há necessidade de tratamento médico ou explicações de tudo o que o reino pode oferecer aos seus residentes, acontecem apenas os aspectos de um encontro alegre, durante a visita.
As almas visitantes estão completamente conscientes de tudo o que deixaram ficar no plano da Terra, incluindo a razão da sua libertação temporária do corpo físico, e também estão conscientes do que está a acontecer aqui. Ficam excitadas por ver os membros da família e os amigos, com quem falam, tanto por telepatia como por palavras.
Logo após o regresso à Terra, muitas vezes um visitante lembra-se da controvérsia em relação a ele poder ou não poder – isso também pode ser se ele “deve” ou “não deve”- permanecer aqui. A decisão de ficar ou de regressar é somente dessa pessoa, e tem SEMPRE a ver com as condições do seu acordo de pré-nascimento. A maior parte de vós passaria um tempo difícil a lidar com algo que é desconhecido, como é o acordo de pré-nascimento, por isso, as conversações que têm aqui não são recordadas com precisão, mas são postas no contexto do sistema de crenças que existe na psique da pessoa. As suas memórias da controvérsia são convertidas no seu processo mental habitual, em questões que ele possa facilmente relatar na Terra. Desta forma, esta “razão” para regressar pode ser lembrada como a necessidade de cuidar de uma criança, ou do marido ou dos pais, ou um desejo de completar assuntos pessoais ou negócios importantes. Às vezes, um visitante está ansioso por regressar e emendar algum tratamento errado que tem com os outros, fruto da conclusão a que chega, durante a sua visita, e mesmo apesar de não se lembrar da discussão desse assunto, o desejo permanece depois do regresso à Terra, e ele age segundo esse objectivo.
A decisão de regressar não está sempre isenta da influência dos outros. Os membros do Conselho, o anjo da guarda, os membros da família e os amigos que desejam ajudar o visitante a perceber a gravidade de encurtar as condições principais do acordo, apresentam argumentos convincentes contra a sua permanência, se ele não completou ainda essas condições. Os que vêm o quadro da sua missão de vida, aconselham-no de um modo tão caloroso e amoroso que, normalmente, ele regressa voluntariamente à Terra. Mas como foi dito, uma vez aí, essas discussões são totalmente apagadas da sua memória consciente.
S: Porque é que eles não se podem lembrar das suas experiências, tal como realmente aconteceram?
MATTHEW: Depois de ter regressado à terceira densidade da Terra, não são capazes, simplesmente, de ter consciência, para além das suas realidades físicas. Mesmo que as suas experiências espirituais, impressionantes e dramáticas, se transmitam através de alguma memória ou interpretação intacta, a extensão total do conhecimento do que aconteceu é esquecida na densidade dos seus corpos.
Não é deixado ao acaso, o que determina se as experiências serão ou não recordadas de um modo claro, ou parcial, ou incorrecto. Isso está de acordo com as leis da física. São as conversações, as cenas, o sentido do tempo que não é lembrado com precisão. São aspectos mentais e requerem um mecanismo semelhante para haver uma memória autêntica. Neste reino, o visitante está a proceder, completamente, conforme a nossa quarta densidade. Ao regressar à Terra, está a regressar às faculdades de terceira dimensão, que são incapazes da compreensão a nível da quarta densidade. Simplesmente não é possível haver precisão, quando as faculdades mentais são transferidas da quarta para a terceira dimensão, e dessa forma, a densidade mais pesada da carne encurrala as experiências, e a exactidão do que aconteceu é perdida na memória consciente.
O que é retido é a sensação do amor, do brilho da luz, do sentimento de ligação e do desejo de estar nesse lugar familiar. Isto nunca é perdido ou distorcido porque são faculdades da alma, não processos mentais dependentes da operação de terceira densidade do cérebro ou da psique. A assimilação das sensações a nível da alma, não é distorcida, por isso os sentimentos lhe que estão ligados permanecem com total precisão.
S: Como é que esses visitantes podem ficar convencidos de que, o que se lembram, não é exactamente o que experimentaram?
MATTHEW: Se estás a pedir provas dos acontecimentos, na realidade, não sei como isso poderia ser providenciado durante a vida da pessoa na Terra, porque a única prova está aqui. A visita é registada na gravação da sua vida nos Registos Akáshicos, exactamente como aconteceu, e também de como se lembrará dela, e as duas versões farão parte do processo da retrospecção da vida. Além disso, as pessoas que falaram com esse visitante lembrar-se-ão com exactidão do que se passou, e quando essas mesmas almas se encontrarem na transição dessa pessoa, poderão atestar a veracidade dos acontecimentos. Mas a prova final está aqui: depois da transição, esse visitante terá, eventualmente, uma lembrança completamente clara da breve visita, e também terá conhecimento de que a sua memória, depois de regressar à Terra, estava errada. Não será necessário mais nenhuma outra fonte para o confirmar.
S: Mas mesmo assim, essas pessoas nunca sabem a verdade durante o resto das suas vida aqui?
MATTHEW: Mãe, isso é necessário? Já não é suficiente guardarem no coração as memórias que têm das suas experiências fantásticas? As suas sensações são válidas, os seus sentimentos sobre essas sensações são vitais, e as próprias experiências facultam uma sabedoria essencial para o crescimento espiritual do indivíduo.
S: Tens razão, Matthew. Alguma vez é permitido permanecer aí, a alguém que o queira?
MATTHEW: Sim, isso pode acontecer. Podem ser feitas alterações ao acordo de pré-nascimento durante a visita aqui. Se a maior parte das condições foram preenchidas e a graça divina permitir abrir um precedente, então o corpo físico da pessoa morre, simplesmente, e a alma fica aqui com o seu corpo etéreo.
S: A sensação de ser puxado por um túnel escuro em direcção a uma luz brilhante é a mesma para as pessoa que estão a fazer a transição, como o é para aqueles que estão a ter experiências de quase morte?
MATTHEW: Não sei. Nunca tive uma experiência de quase morte, por isso, não posso fazer uma comparação a nível pessoal, e nunca falei com alguém que a tenha tido, ou pelo menos nunca me apercebi disso. Mas suspeito de que deve haver algumas diferenças na sensação. Nas experiências de quase morte, a separação temporária do corpo físico e do corpo etéreo, não é um desligamento total, enquanto que o corpo etéreo deixa, permanentemente, o corpo físico da alma em transição. A proximidade destes dois corpos não pode ser subestimada. Nem na transição, nem na visita, essa viagem relâmpago é difícil ou assustadora devido à energia de luz da transição.
S: A experiência de quase morte é uma condição do acordo de pré-nascimento? E qual é o valor final da experiência?
MATTHEW: Não é, necessariamente uma condição, mas está relacionada com o acordo. É uma ocorrência dramaticamente influenciável, e as pessoas que têm essas experiências, raramente retomam, exactamente da mesma maneira, o seu estilo de vida anterior. Quando a experiência faz parte do acordo de pré-nascimento, tem a mesma finalidade de todas as outras lições kármicas – uma aprendizagem específica. Quando a experiência não é uma condição, então é vista pelos auxiliares do espírito como um estímulo necessário para a alma alcançar o nível de comportamento escolhido no acordo, para o trajecto de vida.
A profundidade da experiência tem, como valor final, elevar a consciência da alma da pessoa na sua ligação com Deus.
ACORDOS DE PRÉ-NASCIMENTO, KARMA
S: Por favor, conta-me como são feitos os acordos de pré-nascimento.
MATTHEW: Os acordos são contratos feitos a nível de alma, por todos os membros da família e outros relacionamentos primários, nas vidas de todos os que, dentro do acordo, nascem para partilhar experiências. Tanto as influências genéticas como as influências ambientais são levadas em consideração, quando é feita a selecção dos pais, pois estes são as fundações para as lições escolhidas pela alma.
Por exemplo, não só te escolhi como mãe e escolhi o meu pai, como também tu e ele e todos os meus irmãos concordaram em experienciar as vossas vidas como sendo a minha família. Também concordaram em participar nesses acordos, todas as outras pessoas que nos são queridas, assim como aquelas, cujas influências foram essenciais para as nossas lições escolhidas. Podes ver a complexidade em conjugar estas almas, mas o processo do acordo não começou, apenas, no ponto em que escolhi as minhas lições de vida. Escolheste os teus pais para experienciar o teu próprio desenvolvimento e aprendizagem, para que pudesses preencher as condições do acordo como filha deles, assim como ser a esposa e a mãe da nossa família. Os teus pais escolheram os seus pais pelas mesmas razões, e por aí em diante, através de todas as gerações da linhagem ancestral.
S: Toda essa conjugação de pessoas ultrapassa-me, Matthew.
MATTHEW: Aconteceria o mesmo com a maior parte das pessoas aqui, Mãe. A conjugação é feita através das retrospectivas da vida, nos Registos Akáshicos. A lei universal de continuidade acomoda, simultaneamente, o conhecimento de uma situação do passado, do presente e do futuro. Só isso já é incompreensível para ti, porque a estrutura linear do tempo inventada na Terra, não pode ser aplicada.
Penso que posso explicar melhor este processo do acordo e do propósito se continuar a usar a nossa família como exemplo. Nós os seis já estivemos juntos muitas vezes, mas mais frequentemente, só alguns de nós partilharam a Terra e lugares de vida intergalácticos. Não são vidas essenciais repetidas com a mesma, ou com a maior parte das mesmas almas – ou, um grupo de almas – mas é muito comum, por causa do laço reforçado e do karma que está a cair sobre si próprio e a ser resolvido dentro do grupo.
Tu e o meu pai completaram lições kármicas em várias outras vidas como parceiros, e quiseste ter uma família outra vez. No entanto, limpastes quadros kármicos um com o outro, e escolheram ambos lições para serem completadas com outros relacionamentos, e realizaste a experiência necessária para preencher essas lições.
S: Os outros relacionamentos devem ter feito cair sobre si próprios muito mau karma! Na verdade, o que é exactamente o karma?
MATTHEW: Mãe, sei que são usados, frequentemente, os termos “bom” ou “mau” karma, para atribuir experiências a algumas causas nebulosas que ultrapassam o conhecimento de cada um, ou justificam o comportamento de um ou de outro, ou fazem a medida de satisfação de alguém que não é punido na Terra pelas suas proezas loucas, e que “obterá o seu karma” numa outra vida. O karma não é nem uma punição nem uma recompensa, é simplesmente, a lei do universo da causa e do efeito.
O objectivo de toda a aprendizagem da alma é o equilíbrio e o karma é a condição das lições que a alma escolheu para vivenciar as experiências com equilíbrio. As vidas são escolhidas baseadas nas condições e nos eventos que irão fornecer as experiências em falta, para o eventual equilíbrio das experiências de vida da alma acumulativa. Não podem só ser escolhidas lições agradáveis, ou a alma não consegue evoluir para além desse ponto. Algumas lições são muito difíceis, mas a alma está apenas a experienciar o “outro lado da moeda”, e cresce espiritualmente, ao aprender a fundo as lições kármicas que seleccionou para essa vida.
S: Obrigada por essa explicação. O karma é bastante diferente do que eu pensava, que consistia apenas nas lutas individuais isoladas.
MATTHEW: Aqui tens um exemplo de como não é isso. Havia outra razão vital, a nível de alma, para que tu e o meu pai escolhessem casar, mesmo sabendo que na maior parte das vezes, não iríeis gostar da união. Nós quatro, como crianças, precisavamos do ambiente que iria, naturalmente, advir da tensão da vida em conjunto, dos nossos pais. A tensão e a divergência resultou da nossa própria necessidade, para formarmos a nossa própria estabilidade emocional e as alianças entre cada um de nós. Tu e o meu pai providenciaram, exactamente, o ambiente que concordaram ter, para que os vossos filhos pudessem aprender as lições que cada um de nós tinha escolhido individualmente.
S: Bem, é uma perspectiva muito iluminada de tudo o que nós passámos! Alguém pode pedir uma alteração ao acordo?
MATTHEW: Sim, isso pode ser feito. Apesar dos acordos estarem destinados a ser honrados por todos os participantes da vida do acordo, uma alma pode pedir uma alteração em circunstâncias muito graves. Por exemplo, o pedido pode ser para haver morte física antes do fim do contrato da alma, como um meio de aliviar um sofrimento físico, mental ou emocional prolongado. Se o pedido é concedido, pode ser numa base de que a alma já sofreu o suficiente para completar a lição, ou que essa parte da lição poderá ser adjudicada e o restante incorrer numa outra vida.
S: Como é que se pede uma alteração?
MATTHEW: A alma submete uma petição ao nosso Conselho. Os membros consideram todas as circunstâncias pertinentes e as experiências diferentes de todas as almas afectadas, no caso do pedido ser concedido. Se o Conselho avalia o pedido como merecedor, é transmitido a nível de alma, aos outros intervenientes principais do plano original. Obviamente, quando uma vida é alterada significativamente, todas as outras dentro dos mesmos parâmetros do acordo são afectados, respectivamente e por isso, mais uma vez, todos têm que estar de acordo. Se todos os intervenientes principais concordarem, a petição é concedida por graça divina.
Uma situação externa também pode estar na base para uma petição ser submetida. Se as circunstâncias exteriores ao acordo interrompessem as lições escolhidas, a alma poderia pedir um ajustamento que permitisse a existência das circunstâncias anteriores, ou conceder alivio para as consequências adversas da interrupção. Este é um tempo único na história da Terra, Mãe. O que aconteceu numa base de rotina durante eras, está a alterar-se muito rapidamente, neste tempo de preparação para uma transição maior da Terra. Os acordos agora são, de longe, mais flexíveis do que anteriormente, para dar oportunidade a uma aprendizagem acelerada, mais através de uma forma condensada do que na forma de vida. Como a energia da luz está a ser emitida, cada vez mais forte e mais firmemente, para a atmosfera da Terra para elevar a densidade, aqueles que estão no caminho da luz ainda aceleram mais em sua direcção. Os que estão no caminho das trevas também, e por isso actualmente, é mais difícil, para os seres capturados na energia densa, escaparem ao seu avanço.
REGISTOS AKÁSHICOS, RECTROSPECTIVA DA VIDA
S: Não compreendo exactamente o que são os Registos Akáshicos e como é que operam.
MATTHEW: Os Registos Akáshicos contêm, de uma forma precisa e confiável, a totalidade dos acontecimentos de todo o amplo universo em toda a eternidade e TUDO O QUE É. As impressões da vida, que são tão únicas como as vossas impressões digitais e ainda mais inconcebíveis de serem alteradas, formam o registo de cada alma, e cada impressão da vida está numa pasta separada, nos Registos Akáshicos.
Uma impressão da vida é como um filme ao longo da vida, não omitindo um único aspecto ou instante. Na informação que eles contêm, que é inextinguível e automaticamente registada em forma de energia, existe cada pensamento, cada acção, e as consequências de cada acto ao longo de toda a vida da pessoa. Cada acção é registada como o acto em si mesmo, mais a intenção e todos os sentimentos a ela associados. Não só são gravados os sentimentos das pessoas sobre qualquer acção e os seus resultados, como também os sentimentos de todas as pessoas cujas vidas foram afectadas por essas acções.
Depois da alma ter recuperado a estabilidade da vida anterior e de estar nutrida espiritual e fisicamente, fica a ter total consciência da sua alma acumulativa. É esta alma acumulativa, com a sua sabedoria colectiva e o conhecimento e o crescimento espiritual de todas as personagens das vidas, que revê a impressão da vida. O processo de revisão é sentido exactamente com os mesmos sentimentos que foram experienciados não só pela pessoa, mas também por todas as pessoas que foram afectadas por essa mesma acção. Como podes ver, é uma experiência e tanto!
O julgamento da alma acumulativa da sua vida anterior é o ÚNICO julgamento que ela tem. Tu ouviste falar que Deus é o teu juiz e também ouviste falar que nem mesmo Deus julga. Nas duas formas, isso refere-se à revisão da impressão da vida. Porque nós todos, somos fragmentos de Deus e, por isso, inextrincavelmente ligados, é exacto dizer que apenas Deus, em cada personagem, julga. E é tão exacto como dizer que Ele não julga de maneira alguma, porque apenas a alma acumulativa, cuja última personagem da vida está a ser revista, a julga.
Nesta retrospectiva íntima, a alma avalia o quanto aprendeu das lições apresentadas durante a vida anterior. Uma avaliação vaga das lições que tinham sido perfeitamente aprendidas, e das outras que não tinham sido, poderá ser dirigida pelo Conselho ou por outros seres altamente evoluídos, cujas recomendações se destinam a dar assistência, com vista à preparação dessa alma para a próxima encarnação. A revisão da impressão da vida também identifica as lições que restam, permitindo à alma, dessa forma, escolher o que quer experienciar na sua próxima vida. Isto exigia um exame às ligações kármicas e a selecção da família onde nascer, para adquirir as influências genéticas e as influências do início ambiental.
Há outro aspecto dos registos da impressão da vida que é importante, quando a alma discute a próxima vida e as próximas lições com o conselheiro: as impressões da vida não são moldadas em mármore com a morte física do indivíduo. A sua forma elástica permite a alteração do registo, se outra alma interferiu com a experiência escolhida. Se essa interferência desviou seriamente a alma do trajecto escolhido, a impressão da vida pode ser alterada pela graça divina, para reflectir esse trajecto. A alma afectada pode fazer cair sobre si própria karma “positivo” ou pode passar por todas essas experiências, se as lições que restarem não incluírem essas experiências não planeadas. A alma que causou alteração, causou a si própria karma “negativo”, que fica registado na sua impressão da vida.
S: Com tantos lançamentos, como é que a impressão da vida fica salvaguardada tanto de um erro honesto como de uma adulteração?
MATTHEW: A Impressão da vida tem uma actualização contínua e automática ao longo de cada vida da alma, que é dada, apenas, por essa alma. Já que a gravação da alma consiste em registos de energia que entram, simultaneamente, com cada pensamento, acção e sentimento da alma, não há margem para erro. Se uma alma pensasse em manipular os lançamentos a seu favor, esse pensamento pouco escrupuloso também ficaria registado.
A energia da impressão da alma é compatível apenas com a energia da sua alma e, por isso, pode ser alterada apenas por uma infusão de energia idêntica. Se houvesse uma tentativa de adulteração, os guardiães do registo seriam alertados por um sinal, e o possível infiltrador seria reconhecido através do seu próprio código único de energia. Com este sistema de segurança à prova de erro, nenhuma alma seria tão tola para tentar alterar outra impressão de vida.
Além disso, as impressões da vida não têm acesso fácil a um exame, e isso nunca seria possível por mera curiosidade. Por uma questão de santidade para as experiências de cada alma, a permissão para entrar sem um motivo maior, é negada através da codificação dessa energia. Como assistente de transição, tenho razões válidas para entrar nos registos das almas cujas informações de vida preciso, para as auxiliar ao máximo. Dou assistência às necessidades de cada chegado, e a minha função fornece energia recíproca que engloba o seu consentimento implícito para eu entrar no seu registo, e a nossa energia combinada é o meu código de acesso automático a ele.
Parte das guerras intergalácticas tem sido para ganhar domínio sobre os registos, tanto para a sua aniquilação, como para estabelecer um novo sistema de codificação que permita aos visitantes manipular esses registos. Ashtar é a energia de uma alma suprema que comanda as forças que operam e protegem os registos. Não consigo imaginar o mecanismo envolvido na sua responsabilidade, como uma terrível massa de energia nas suas formas incontáveis, em todo o percurso de cada registo da alma para a junção das partes separadas de TUDO O QUE É.
O CONSELHO DO NIRVANA
S: Sei que o Conselho é o vosso órgão de governo, mas não sei como é que os membros são escolhidos para os lugares nem exactamente o que fazem.
MATTHEW: Eu digo-te, Mãe. Apenas as almas mais honradas e sábias são consideradas para membros do Conselho. Os seus potenciais variam e é mais na sabedoria do que nos conhecimentos profissionais e académicos que se baseia o principal critério para este lugar. Na maior parte dos casos, os membros tiveram muitas encarnações na Terra, mas, de modo algum, estão as suas vidas confinadas às experiências na Terra.
Os membros são representados por almas masculinas, femininas e andróginas. Estão incluídos recém-chegados de grande sabedoria, mestres que escolheram permanecer neste reino mesmo apesar da sua evolução espiritual os poder elevar vários níveis acima do Nirvana, e um grão mestre que é solicitado quando é necessário. O grão mestre não é residente nem tem corpo. Esta poderosa energia transita por todo este sistema solar e pelos sistemas planetários que estão mais intimamente associados com o desenvolvimento das civilizações da Terra, tais como Lyra, Sirius e as Plêiades.
O Conselho total pode ascender a cem membros, mas nem todos estão presentes, excepto quando um assunto de maior gravidade tem de ser discutido. Geralmente, são dez os membros que estão de serviço nas sessões regulares e esse número é o suficiente para lidar com todas as questões sem atrasos, e nunca estão disponíveis menos de seis membros. Durante períodos de grande actividade, que solicitam a atenção do Conselho noutro lugar, não há sessões regulares. Contudo, há sempre alguém disponível para consulta, e, em caso de emergência, há vários que podem reunir-se em assembleia num instante.
As sessões têm lugar num edifício de mármore refinado, desprovido de adornos, que faz justiça ao elevado nível de assistência e responsabilidade do Conselho. Devido ao seu uso, o edifício é radioso com a essência da luz Crística, e a energia da luz dos membros do Conselho junta-se a essa essência brilhante. A sua presença amplifica a intensidade de luz do reino, onde quer que estejam.
Aqui é verdadeiramente a vontade das massas que governa e não a vontade dos líderes, se houver um conflito entre qualquer líder e os residentes. Está baseado numa fundação republicana, com a vantagem de que, a eleição ou a destituição, podem ser feitas rapidamente. Os membros são escolhidos através de votos confidenciais que elegem o indivíduo seleccionado para os lugares do Conselho. Uma destituição pode acontecer da mesma forma. O fluxo de fundo do descontentamento, desenvolve-se numa base em forma de pensamento poderoso, e o membro está ligado à energia para abdicar do lugar. No entanto, as intenções de auto servir as almas não efectuarão esta selecção ou processo de substituição, e assim, as pesadas influências dos recém-chegados da Terra não podem desalojar um membro do Conselho.
Tudo que afecta este reino das nossas almas amadas da Terra caí sob a jurisdição do Conselho. À excepção da Terra, estão ligados às agências governadoras de todos os reinos que têm algum impacto sobre nós. A interacção do Conselho na Terra é feita com entidades extraterrestres dos reinos angélicos e espirituais e com as civilizações humanas e supra humanas que estão a dar assistência ao vosso planeta, como servidores da luz, durante este tempo de mudanças universais.
O Conselho mantém-se a par de tudo o que está a acontecer por todo o universo. Para estarem certos de que estão totalmente ao corrente dos últimos acontecimentos ou de algum aspecto de um assunto específico, pesquisam todos os recursos materiais disponíveis e consultam autoridades em outros reinos que são peritos no assunto.
Para além de serem os nossos administradores graduados, são os nossos chefes conselheiros em todos os assuntos de natureza crítica para o reino, e também, nas necessidades individuais. Para marcar encontro com o Conselho, a maior parte das vezes, é só aproximarmo-nos de uma alma que está à entrada. Essa alma não proíbe a entrada, apenas mantém a ordem, no caso de haver uma grande quantidade de pessoas a quererem reunir-se com os membros. É comum um requisitante ser conduzido às câmaras, de imediato, quando se trata de um assunto de pouca importância e que pode ser resolvido por apenas um membro. Se for necessária alguma pesquisa, será organizada uma segunda reunião.
Quando alguém precisa de aconselhamento do Conselho, mas a razão não é urgente, será agendada uma reunião com tempo suficiente e privacidade, se desejada. Os membros não só oferecem o aconselhamento pedido, como também educam completamente, o requisitante sobre o assunto pertinente, para expandir o conhecimento dessa alma. Não há limite do número de vezes que alguém se pode aproximar do Conselho.
S: Eles aparecem com corpo?
MATTHEW: Sim, e já estou a ver as próximas questões, Mãe – o que é que e vestem? Vestem túnicas brancas com cintos de corda dourados. O seu traje não os distingue de qualquer outra pessoa, mas não há engano possível pois a essência da sua luz denota a sabedoria distinta, o conhecimento e a posição.
S: Matthew, estou interessada nas roupas que as pessoas usam, porque assim, posso visualizar cada aspecto possível desse lugar! Já te encontraste com algum dos membros do Conselho?
MATTHEW: Está bem, Mãe, é só que continuo a não partilhar os teus interesses pelas roupas. Sim, encontrei-me com os membros do Conselho em muitas ocasiões. Na mais recente, encontrei-me perante todo o Conselho, imediatamente depois de uma interrupção da minha transmissão para ti, porque era um assunto importante que poderia afectar todo o reino. A minha suspeita estava certa – tinha havido um rasgão no nosso escudo protector que permitia aos espíritos inferiores, invadir as nossas sessões. Como já te mencionei, isso é uma ocorrência muito rara, e era imperativo prestar-lhe atenção imediata.
Noutra ocasião recente, o meu encontro estava relacionado com dois dos teus antigos colegas. Senti que a minha bagagem de informações era insuficiente para te aconselhar, e por isso, remeti as tuas questões para uma fonte mais elevada que tinha informações que eu não tinha, um membro do Conselho que é um especialista dos acontecimentos do plano interior conforme relatados aos indivíduos da Terra. Iluminou-me sobre as suas actividades e sobre as jornadas perigosas das suas vidas na Terra, assim como dos seus esforços no andamento dos planos interiores, e pôs-me de aviso, do facto de permaneceres envolvida ser contra producente. Foi a fonte do conselho que te transmiti. Isso não foi invadir a tua privacidade nem interferir na tua vida, nem por mim, nem por ele, porque me tinhas perguntado o que havias de fazer. Coube-te a ti prestar atenção ou ignorar o aviso.
Também ofereci sugestões que o Conselho implementou. As sugestões são sempre oferecidas gratuitamente, com a contribuição delas próprias e, apesar de discreta, com a calorosa cortesia de apreciação do Conselho, como recompensa. Aqui não temos o reconhecimento público ou a cerimónia que, frequentemente, acompanha um serviço invulgar na Terra. O que temos é a compreensão de que o crescimento espiritual é a partilha automática de vislumbres de explosões de conhecimento.
LEMBRANÇAS
S: Que tipo de sugestões é que tu ou outro qualquer, poderiam oferecer ao reino? De tudo o que me disseste do Nirvana, tudo parece andar na perfeição, por isso, porque é que seriam necessárias quaisquer mudanças?
MATTHEW: Mãe, ainda estás agarrada ao teu conceito de um Céu utópico, e comparando com outros lugares, isso é uma impressão razoável do teu mundo. Mas é uma ilusão que a perfeição reine aqui! Tu és mortal e podes errar. Eu estou no Céu e não posso errar. Bem, a fraca condição humana permanece aqui o tempo suficiente para ainda se aplicar o “errar é humano”. Todas as almas aqui estão numa forma de crescimento, e não estamos livres de aspectos que necessitem de correcção, desenvolvimento, clarificação e iluminação.
Sei que me referi muitas vezes ao “aprender” e às “lições” tanto aqui como na Terra, mas na realidade, Mãe, nada tem que ser “aprendido”. Tudo o que É, nós já SABEMOS a nível da alma. Como somos inseparáveis de Deus e do Criador, também somos inseparáveis da mente do universo. A jornada através de todas as vidas é lembrar, conscientemente, tudo o que sabemos.
Parte alguma deste universo pode ser considerado o Céu das religiões ou a Utopia da fábula, até que cada alma ganhe o caminho de volta para a luz. É na integridade de todas as experiências e no facto de ter ganho o regresso para o Criador, que culmina a promessa da perfeição na eternidade. A concretização do comportamento da vida eterna está no crescimento da jornada da alma.
Mãe, sei que às vezes te interrogas se realmente interessa que as pessoas aí não saibam todas as facetas deste reino, que é suficiente que encaixem algumas ideias de algumas religiões sobre o Céu, o inferno, e o purgatório, a reencarnação e o karma de alguns, e a vida eterna da maioria. Talvez não interesse que todos os detalhes da vida aqui sejam conhecidos aí, mas a VERDADE essencial do Nirvana não deveria ser conhecida?
A resposta só pode ser “SIM”! De que outra forma as pessoas da Terra poderão saber da necessidade vital do equilíbrio emocional e do não julgamento dos outros, ou ter consciência das suas capacidades de influenciar negativa ou positivamente, a uma escala universal? De que outra forma podem crescer em consciência e glória espiritual, durante a duração das suas vidas aí, e prepararem-se com conhecimento e com alegria, para as próximas vidas aqui?
GLOSSÁRIO
Acordo de pré-nascimento. Acordo a nível da alma, feito antes de encarnar por todas as almas principais que participam numa vida partilhada.
Alma. Energia de vida espiritual; essência inviolável de cada relação individual inextricável com Deus e com todas as outras formas de vida, em todo o universo.
Alma acumulativa. Compósito alguma vez expandido de todas as experiências, em todas as vidas, das suas personagens individuais.
Almas perdidas. Almas, cujas escolhas de livre arbítrio, as levaram a permanecer nos lugares de densidade mais baixa.
Androginia. Estado de equilíbrio da energia masculina e da energia feminina.
Anjo da guarda. Auxiliar celeste primordial designado para cada pessoa, para guia espiritual e protecção física.
Arcanjos. Os primeiros seres criados pelo Criador.
Aspecto. Parte individual de uma alma acumulativa; também chamado de personagem, fragmento da alma, centelha de Deus.
Co-criação. Processo ou produto das almas manifestando-se conjuntamente com o Criador.
Corpo etéreo. Corpo usado nos reinos espirituais.
Cosmos. Compósito de todos os universos criados pelo Criador, às vezes usado alternadamente com “universo”em referência ao nosso universo.
Criador. Ser supremo do cosmos; também referido como a Totalidade, a Unidade, Tudo o que é, EU SOU, etc.; às vezes usado alternadamente com “Deus” para denotar o ser supremo do nosso universo.
Cristo. Estado de ser um com o Criador.
Densidade. Em concordância com as leis universais, as dimensões das experiências da alma e da evolução espiritual, em sentido descendente desde a luz pura e do amor do Criador para a total escuridão espiritual.
Deus. Um nome dado ao ser supremo do nosso universo, e como tal, possuidor de todo o poder, sabedoria e conhecimento do Criador.
Energia. A base de toda a vida por todo o cosmos.
Equilíbrio. Objectivo e síntese de toda a experiência.
Espíritos guias. Seres desencarnados que além dos anjos, são os nossos auxiliadores invisíveis.
Extraterritorial. Qualquer lugar para além do planeta Terra; outras civilizações que não da Terra.
Forças das trevas. Poderes originários da antiguidade mais profunda, cujas escolhas das experiências eventualmente eliminaram toda a luz, excepto uma faísca a nível das suas almas; adversário dos seres de luz e da própria luz; o mal.
Formas de pensamento. Substâncias de energia indeléveis produzidas por processos mentais de todas as almas desde o Início; a substância do conhecimento universal.
Impressão da vida. Uma pasta da alma nos Registos Akáshicos; relatório completo dos pensamentos, sentimentos, acções e das suas consequências na vida de uma alma.
Karma. Causa e efeito do usufruto do livre arbítrio de uma alma; base para seleccionar as experiências subsequentes da alma.
Leis universais. Parâmetros dentro dos quais todas as experiências da alma e às quais todos estamos sujeitos; também chamadas de leis de Deus, leis da natureza.
Ligações de energia. Interpretações, positivas ou negativas, dada aos efeitos de qualquer movimento de energia.
Livre arbítrio. A capacidade de cada alma escolher e manifestar as experiências de vida.
Localização. Reino composto de várias áreas relacionadas, para experiências especificas.
Luz. Sabedoria, amor, e o poder do amor manifestado em forma de energia do Criador.
Luz Crística. Manifestação de amor do Criador, constantemente disponível para todos os seres, para a evolução da alma e para a protecção das forças das trevas.
Manifestação. Processo ou produto de co-criação com o Criador; a capacidade inerente e o aspecto indivisível do livre arbítrio.
Mente Universal. Todo o conhecimento do Universo; a totalidade de todas as formas de pensamento, de acesso disponível para qualquer alma.
Missão. Propósito primordial de cada vida, seleccionada para crescimento espiritual pela alma antes do nascimento da sua personagem.
Negatividade. Em concordância com as leis universais, as forças destrutivas iniciadas e expandidas pelas formas de pensamentos das trevas.
Nirvana. Nome próprio do reino a que nós chamamos de Céu.
Oração. Comunhão directa com Deus através de pensamentos e sentimentos.
Personagem. Essência independente e inviolável das experiências de uma alma numa vida encarnada.
Registos Akáshicos. Sistema de armazenamento e registo universal de todas as experiências das almas em todas as vidas.
Reincarnação. Regresso à vida física após uma vida desencarnada.
Reinos angélicos. Lugares de puro amor e da luz mais próxima do Criador.
Reintegração. Através de evolução espiritual, o regresso ao Criador de todas as almas.
Transição. O depois da morte de um corpo físico, a passagem relâmpago em corpo etéreo para o Nirvana.
Universo. Uma das várias localizações de tamanho incalculável, manifestado pelo Criador e os reinos angélicos.
OS LIVROS DE MATTHEW
Os livros de Matthew continuam com Revelações para uma Nova Era.
As séries de Conversas com Deus responderam a todas as questões mais importantes da minha vida, mas isso levou a milhões de novas questões. Revelações para uma Nova Era respondeu-me a essas tais questões; é o “como funciona” da nova cosmologia.
- Zurina Susan Abdullah, Malásia
Revelações para uma Nova Era fornece – numa linguagem simples – uma visão geral, concisa, espiritual, compreensível, multi dimensional, altamente conscienciosa das transformações radicais que estão a ocorrer no planeta Terra.
A área, impressionante e lúcida, das informações transmitidas por Matthew Ward, desincorporado, à sua mãe Suzanne, que é a ligação dele na Terra, inclui e confirma quase todas as áreas das questões metafísicas. Em vista dos recentes eventos, dos exemplos de agitação, este livro é de leitura ESSENCIAL para quem precise urgentemente, de compreender as nossas opções na conjuntura critica da nossa evolução.
Estou animada e aliviada por saber que a autorização deste conhecimento esotérico, está acessível aos leitores, de um modo simplificado.
- Antares, Malásia
Os livros de Mathhew podem ser encomendados através de:
www.matthewbooks.com ou na sua livraria preferida, ou numa loja on-line.
( VERSO DA CAPA)
Um olhar compreensivo do Céu que vai mudar a sua vida.
Através de uma série de conversas emocionantes por telepatia entre Matthew Ward ( que morreu aos 17 anos ) e a sua mãe, ficamos a conhecer a actividade impressionante e a diversidade da vida, no reino a que chamamos Céu.
Matthew clarifica conceitos errados sobre o mundo onde vive (diz que a designação apropriada é Nirvana) e explica porque, nesta época sem precedentes da história da Terra, é essencial que saibamos a verdade do nosso início e das nossas relações com toda a criação. Sem essa verdade, não podemos compreender nem o propósito das nossas vidas nem como nos preparar, confiante e alegremente, para o que está para vir.
TÓPICOS: A Localização do Céu e o seu Propósito. Os Residentes e os Visitantes. Recepção das Almas. Reuniões com entes Amados. Relacionamentos. Crianças. Animais. Anjos e Espíritos Guias. Experiências de Quase Morte. Suicídio. Alimentação. Viagens. Emprego e Tempos Livres. Fontes culturais. Educação. Música. Edifícios. Corpos etéreos. Revisão da Impressão da Vida. Emoções. Comunicação entre o Céu e a Terra. Os Efeitos da Oração.
“ Matthew, fala-me sobre o Céu, não só nos ajuda a perceber a beleza do outro lado, como também a aprender a levar essa beleza para o nosso próprio mundo!”
- Bobbie Sandoz, Havai, autor de Listening To Wild Dolphins
“ O diálogo entre Matthew e a sua mãe não é menos do que um manual de instruções que pode salvar a raça humana – mesmo a tempo. Deveria ser impresso em todas as línguas, e lido por – ou para – todos a partir dos sete anos. É provavelmente o quadro mais completo que o mundo alguma vez teve, do Universo de onde todos viemos – e para onde todos regressaremos quando as nossas vidas aqui terminarem o seu curso”.
- Michael Joseph, Londres, escritor e editor
Suzanne Ward:
A profissão de jornalista preparou Suzanne Ward para fazer as crónicas do andamento das mensagens, por meio das suas ligações telepáticas. Vive no campo, no estado de Washington com o marido e família de cães adoptados.
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