Followers

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

MATTHEW, FALA-ME SOBRE O CÉU - PARTE 1

MATTHEW, FALA-ME SOBRE O CÉU


Uma Descrição, em primeira mão, de O Depois da Vida




Um Livro de Matthew com Suzanne Ward




Comentários dos Leitores


Fiquei bastante espantado com os detalhes que o seu filho descreveu sobre o depois da vida. Sempre imaginei o depois da vida como a ausência de emoções, de tempo, de nada... Percebo agora, que estava enganado!
- Brian Lohman, Illinois

Penso que não faço justiça com meras palavras, aos sentimentos que esta mensagem inspirou. Depois de começar a ler, foi difícil pôr o livro de parte, para fazer as coisas necessárias. Foi a refeição mais gloriosa para o espírito.
- Eve Howard, Indiana

Matthew, Fala-me Sobre o Céu trouxe-me lágrimas de alegria, momentos de júbilo e, um novo e profundo, “entendimento interior” de como é a vida na Terra e do que nos acontece depois de morrermos. Esta abertura do Véu e esta revelação do que tem sido, durante tanto tempo, ocultado à humanidade, tem o poder de mudar o mundo para além das nossas mais arrojadas fantasias.
Não é sobre religião nem sobre outro capricho da nova era. É sobre o conhecimento mais vital que emerge, apenas, quando permitimos ao nosso Eu superior brilhar, aprendendo que há muito mais vida do que o nosso transe colectivo cultural nos autorizou a conceber até agora.
- Jean Hudon, autor de A Criança Imortal, Quebec

Achei o livro Matthew, Fala-me Sobre o Céu inspirador, iluminador e calmante. Dá-me ainda mais esperança e compreensão do que vai ser de nós e do papel importante das nossa vidas, da nossa evolução espiritual.
- Nahla Rifa, Amman, Jordânia

Quero, realmente, uma vez mais, AGRADECER-LHE MUITO, estes livros. Que Alegria! Confirmam e reconfirmam outras informações canalizadas sobre os vários assuntos abordados nos livros de Matthew. Verdadeiramente, são grandes informações e revelações. A verdade, quando conhecida, dá tanta alegria.
- Vivien R., Califórnia

Para a grande maioria das pessoas inundadas de incertezas e confusão, sentindo os reboliços inequívocos dos seus próprios Deuses adormecidos animarem-se de um longo torpor, o livro que poderia abrir As Portas do Céu, metafórica e literalmente, poderá ser, justamente, Matthew, Fala-me Sobre o Céu. É uma “visita guiada” inestimável, para todos aqueles que ainda têm o terror da morte e daquilo que possam esperar para lá deste implacável vale. Dos livros que tenho lido, poucos desmistificam o processo, de uma forma tão confortável e acessível.
- Randy Mitchell, Carolina do Norte

Não é frequente ler algo tão comovente, tão poderoso e tão provocador, a ponto de não o conseguir largar. Quando comecei a encarar o propósito da minha própria vida, achei-o muito útil por ter histórias e material acessível, todas as vezes em que me senti frustrada ou, simplesmente, não sabia o que fazer. Os seus livros põem-me a pensar sobre essas alturas e ajudam-me suavemente, na minha perspectiva anterior, em relação ao espiritual e ao positivo.
- Shane Magee, Califórnia

Matthew, Fala-me Sobre o Céu é a ligação que falta para muitas das nossas questões sobre a vida, antes, agora e depois. Lemos, aprendemos e ouvimos algumas coisas, aqui e ali, mas nunca as conseguimos encaixar todas. Este livro revela a informação que as transforma num todo, encaixando as peças que faltam no quebra-cabeças dum grande quadro, com intenção de ser compreendido. Os investigadores da Verdade e do Conhecimento da Luz vão ecoar com a profunda informação que dispara as memórias localizadas num recanto profundo da nossa mente subconsciente. Este livro vai certamente reconfortar milhões.
- Chooi-Chin Goh, Reino Unido

Muito obrigado por compartilhar estes dois livros maravilhosos. Com entusiasmo crescente li os dois durante os últimos 10 dias, e creio que me ajudou a transpor um grande número de degraus. na minha ponte para o despertar espiritual.
- Bernd Nurnberger, Yokohama, Japão


Matthew, Fala-me Sobre o Céu

ÍNDICE


Prefácio
Nota do Editor Americano


PARTE I

MATTHEW

Laços Entre Almas
A Nossa Família
Enfrentando As Nossas Perdas
Comunhão Com Matthew


PARTE II

O NIRVANA

A Primeira Impressão
Corpos Etéreos
Ambiente
Alimentação
O Céu na Terra
A Origem
Os Residentes
Reuniões
Relacionamentos
O Amor Divino, As Crianças
Animais
Anjos, Guias Espirituais
Oração
Tempo
Comunicação Entre Reinos
Comunicação Com a Terra
Localização
Viagens
Divertimentos
Edifícios
Recursos Culturais
Jesus
Educação
Música
Emoções
Emprego
Almas em Transição
Suicídio
Ajustamento Ao Reino
Experiência de Quase Morte
Acordos Pré-Nascimento, Karma
Registos Akáshicos, Retrospectiva da Impressão da Vida
O Conselho do Nirvana
Lembranças

Glossário
Os Livros de Matthew




PREFÁCIO


Todos nós, que já passámos pela morte de alguém muito precioso e de importância primordial nas nossas vidas, sabemos que a perda muda para sempre quem fomos. Aqui, a nossa dor é semelhante, mas por cada coração dorido, também existe uma história de amor única.

Esta é mais do que a minha história. É sobre o Amor - pessoal e divino – mas mais ainda, torna evidente que, quando os nossos entes queridos deixam este mundo, vivem com outro corpo num reino espantoso, com uma actividade e diversidade surpreendentes. A nossa religião afirma que existe uma “vida depois” num “próximo mundo”, de acordo com a forma como a vida foi vivida neste mundo. Assim é, mas as impressões sobre esse mundo têm conceitos errados porque se chegou à conclusão, de que uma vez lá, ninguém nos pode informar sobre esse assunto. E isso não é assim!

Podemos conhecer – estamos destinados a conhecer – alguma coisa sobre o reino a que chamamos Céu e cujo nome próprio, segundo o que o meu filho Matthew me contou, é Nirvana. Lá, podemos ver os nossos entes amados, que, em muitos aspectos são surpreendentemente semelhantes à vida aqui. Mas no Céu existe muito mais amor e luz, justiça e bondade, e saúde na mente, no corpo e no espírito, do que na Terra. A partir destas revelações sobre a vida no
Céu, vamos entender o propósito das nossas vidas aqui e aprender como nos devemos preparar daqui em diante. E podemos rejubilar ao saber que os laços de amor são mais do que memórias e a vida eterna é mais do que imaginações nebulosas!





NOTA DO EDITOR AMERICANO

Quase sempre Matthew usa pronomes masculinos para referir homem e mulher. Fez-me este pedido “Por favor, aceita isto como um acto intencional, apenas para facilitar a nossa comunicação e NUNCA, sob qualquer aspecto, como sugestão de dar maior importância ao homem. “

Embora quase toda a fraseologia atribuída a Matthew seja textual, eliminei a redundância e a verbosidade. Além disso, também reestruturei algumas das suas afirmações para facilitar o fluxo da informação, corrigi a linguagem para fazer a transição, ao integrar material relacionado de diferentes transmissões, e imaginei algumas questões ou comentários, de forma a transmitir uma ordem mais lógica para os capítulos.

Alguma informação da PARTE II será mais facilmente percebida ao ser integrada no contexto da PARTE I, e recomenda-se começar a leitura desde o início. Tanto quanto possível, os capítulos da PARTE II estão estruturados para introduzir a vida no Céu como teriam sido revelados a si ou a mim. Mesmo supondo que façam sentido individualmente, algumas passagens requerem um conhecimento da informação dada nos capítulos anteriores e, por isso, recomenda-se a leitura pela sua ordem. A leitura do glossário poderá também ser útil, antes de continuar.





PARTE I


MATTHEW


LAÇOS ENTRE ALMAS


Ao fim da tarde de 17 de Abril de 1980, Matthew, de 17 anos, guiava de regresso a casa depois de um dia cheio de trabalho na quinta do pai, no Panamá. Os que o viram projectado do Jeep, depois de ter virado de direcção e embatido num campo rochoso, disseram que não tinha havido razão aparente para acontecer o acidente. O condutor não ia depressa. Não havia trânsito, o tempo e a visibilidade eram óptimos, a estrada estava em boas condições. No entanto, deu-se o acidente e o meu filho morreu nos braços dos que acorreram para o ajudar.

Quase catorze anos mais tarde:

SUZANNE: Matthew, o que é que causou o acidente?

MATTHEW: Foi o que a família concluiu por fim, que simplesmente, adormeci. Pelo menos foi por essa a razão que o Jeep saiu da estrada. Sei que alguns de vós pensaram que, se ao menos fosse a ouvir o rádio, isso ter-me-ia mantido acordado. Não, Mãe, isso não teria mudado coisa alguma. Foi o contrato da minha alma. O meu tempo tinha chegado, e se não tivesse ficado fatalmente ferido quando embati com o Jeep, teria deixado esta vida de uma outra forma, à mesma hora.

SUZANNE: O médico disse que os teus ferimentos eram tão profundos que não poderias ter sobrevivido mesmo com assistência médica imediata. Mas todos os médiuns que consultei, disseram-me que não sentiste dor alguma, pois o teu espírito deixou o corpo antes do embate e que testemunhaste tudo de cima. Como é que isto poderia ser verdade?

MATTHEW: Os médiuns contaram-te o que lhes contei, e ouvir isso confortou-te, não foi? Foi essa a minha intenção. Mas não fui totalmente exacto, pois o meu corpo sentiu o impacto.

É verdade que a minha alma soltou-se do corpo no momento anterior ao impacto, para que não houvesse trauma para o meu ser. Se a minha alma tivesse ficado com o meu corpo nessa altura, a minha psique ficaria gravemente traumatizada antes da minha chegada aqui. Evitar esse trauma é uma das formas da graça divina. Permite a cura e o ajustamento aqui, mais depressa e mais facilmente, sem necessidade de um tratamento prolongado e complicado para restaurar os danos psíquicos, para ter capacidade de funcionar plenamente. Portanto, cheguei fisicamente em boas condições.

S: Se a tua intenção era confortar-me, porque esperaste nove meses para me contactar através do meu primeiro sonho contigo, depois da tua morte? A médium com quem falei, logo após o acidente, disse que não estavas pronto para comunicar comigo. As suas palavras exactas foram, “Ele está em profundo descanso e reavaliação da sua decisão de morte,” e disse-me que me darias um sinal inconfundível quando estivesses pronto. Interpretei o meu sonho como esse sinal.

MATTHEW: Tinhas razão em achar que o sonho era o meu sinal para ti, mas a médium poderia também ter dito que eu estava “de-primido.” Mãe, encontrei dificuldades que não esperava, e os meus primeiros meses aqui foram totalmente improdutivos, um verdadeiro tempo de stress.

Quero que saibas que o ajustamento aqui NÃO tem de ser dessa maneira! Como qualquer outra alma quando chega, fui saudado com amor e ofereceram-me toda a assistência e consolo possíveis, durante esses meses. Mas nessa altura nada aliviava a minha preocupação, devido à reacção da minha família com a minha partida da Terra. Não contava com o arrependimento, nem que seria posta em causa a sabedoria do nosso acordo de pré-nascimento, que me deixava partir com essa idade tão jovem. Mas quando fizemos esse acordo, não tínhamos calculado a verdadeira intensidade e duração da dor da família.

Neste reino sentimos o que as nossas almas amadas sentem na Terra. Nunca desejei voltar, mas, durante esses primeiros meses, a vossa dor deixou-me estreitamente ligado a todos vós. Estava tão entorpecido com o facto, como vocês estavam, até conseguir aceitar a minha partida como a minha libertação da dor da perda da família, conforme o nosso acordo.

S: Não sei nada sobre esses “acordos familiares” de que falas, e lamento que te tenhamos afectado dessa forma. Mas é CLARO que sentimos dor, Matthew! Como esperavas que fosse a nossa reacção ao facto de te perder?!

MATTHEW: Mãe querida, não estou a criticar os vossos sentimentos. Estou apenas a explicar o meu começo aqui. Não foi o caso de ser o que esperava, foi sim, o facto da dor que vós sentistes ser muito maior do que esperávamos, quando fizemos esse acordo.

S: Como pode algum um acordo ser tão impensadamente cruel, que não tem isso conta?

MATTHEW: Um acordo de pré-nascimento nunca é uma punição ou uma cobrança impessoal. O nosso acordo foi feito por todos nós a nível de alma. Já tínhamos partilhado vidas antes, e tínhamos ganho força emocional durante essas experiências. Escolhemo-nos uns aos outros para sermos uma família, porque cada um de nós traria situações e condições que precisávamos para avançar no nosso desenvolvimento espiritual. A vida na Terra consiste, justamente, no desenvolvimento espiritual.

Quando fizemos o acordo a nível da alma, todos sentimos que a minha partida antecipada seria um facto com o qual lidaríamos de uma forma saudável e que contribuiria para as missões de vida de cada um de nós. No entanto, não foi isso que aconteceu. O sofrimento não foi saudável.

S: O que é um sofrimento saudável?

MATTHEW: É deixar que a força espiritual liberte a pessoa amada, para que possa começar a sua nova vida. Quando continuais a agonizar sobre o que chamais de morte, ou perda dessa pessoa, a sua alma fica ligada a vós. Os nossos laços de dor são tão poderosos como os nossos laços de amor, e ambos têm efeitos poderosos sobre nós. A carga negativa de energia de uma dor prolongada, impede o avanço no desenvolvimento da nossa alma, visto que a energia positiva do amor ilumina o nosso caminho espiritual e acelera o seu crescimento.

É claro que sentis falta da presença física! Quando há amor, não há maneira de evitar essa tristeza natural da despedida. Mas se aceitarem isso, será concedida força espiritual no amor partilhado, em vez dos efeitos mutiladores da partilha da dor. E ficarão a saber que um sofrimento saudável também nos ajuda a nós.

S: Se os teus laços connosco se tornaram tão fortes, Matthew, como podes conseguir ter alguma vez aí, uma vida normal e independente?

MATTHEW: Mãe, não é diferente de amar as pessoas como na vida na Terra, e ainda aproveitar os outros aspectos da vida. Quando, finalmente, comecei a levar a minha vida aqui, foi porque me libertei da dor. NÃO porque deixei de vos amar a todos! Os nossos laços de amor ficaram mais fortes do que nunca!

Em relação à minha vida aqui – a partir do momento em que a deixei correr – tem sido MARAVILHOSA! Tenho bons amigos e, especialmente, tenho almas amadas. O meu trabalho é imensamente gratificante. Gosto de desporto e de outras actividades recreativas, tanto quanto gostava. Estudo e viajo. Agora mantenho esta comunicação contigo, tal como os médiuns te disseram que iríamos ter. Consequentemente, não dirias que esta vida é “ normal e independente ?” Eu diria que sim!

S: Sim, querido, soa-me a uma vida plena e boa e, naturalmente, fico contente com isso. Mas continuo a sentir a tua falta, Matthew. Porque é que a tua morte, numa idade tão jovem, teve que fazer parte do nosso acordo familiar? Não consigo acreditar que alguma vez tenha concordado com isso.

MATHEW: Tu concordaste, Mãe, e nada que não fosse necessário para a experiência de cada um de nós, faria parte do acordo familiar. Por agora, vamos deixar isto assim.


A NOSSA FAMÍLIA


Desde o início, a vida de Matthew foi uma celebração de independência. Fez-mo saber no momento em que o tentei deter, e respeitei isso durante a sua vida na Terra. Sendo o terceiro dos meus quatro filhos, nasceu quando Eric tinha quatro e Betsy quase três anos. As crianças mais velhas estavam tão absorvidas uma com a outra, que só, muito ocasionalmente, mostravam algum interesse no irmão mais novo. Então, durante quase dois anos, Matthew e eu estávamos sempre os dois sozinhos, excepto com Freckles, o nosso manso old spaniel, com quem teve a mesma ligação chegada, como com outros cães que apareceram entretanto.
Até começar a falar, pouco antes do seu segundo aniversário e dois meses antes de Michael nascer, Matthew era invulgarmente sério e observador. Falava imenso com ele, mas ele escutava apenas em silêncio. O pai pensava que ele era atrasado, mas eu sabia que não era verdade. Quando lhe dizia que devíamos tratar bondosamente todos os animais e todas as pessoas, ou que poderíamos ver Deus em tudo o que nos rodeava, parecia absorver as minhas palavras como se a sua vida dependesse da repetição que fazia das mesmas. Quando as minhas palavras e o tom com que as dizia era alegre, o seu sorriso desarmante inclinava-se para cima e os seus olhos cinzentos faiscavam, como se guardasse um segredo traquina. Não fiquei surpreendida quando, a partir do momento em que começou a falar, dizia frases completas e cedo começou a dar opiniões – às vezes, surpreendentemente maduras e sábias – sobre qualquer assunto que alguém quisesse ouvir.
Quando Matthew tinha três anos, mudamo-nos de Miami para a República do Panamá. Foi uma mudança colectiva que levou o pai das crianças de regresso ao seu local de nascimento e providenciou um alargamento familiar e um ambiente multicultural que influenciou as escolhas consequentes nas nossas vidas. Nas novas redondezas, Matthew desenvolveu-se tornando-se bilingue e tendo uma actividade, uma introspecção e uma imaginação brilhantes. A professora primária dele chamou-me, aborrecida, porque ele transformava os números dos testes em flores. Esses pequenos embelezamentos tornaram-se em perspectivas surrealistas, em naves espaciais e seres de estranhas aparições, em blocos de arte e espalharam-se aos blocos de notas durante os seus estudos secundários.
Até à sua última hora na Terra, Matthew extravasou a sua vida. Ele e Eric inventavam e descobriam aventuras. Ensinavam, magistralmente, manobras para andar de skate, surf e motas de motocross e Matthew jogava basketball, ténis e futebol. O mais novo, Michael, não era um irmão tão bom em desportos como ele, mas, apesar de tudo, era o terceiro rapaz Ward. Quando eram todos adolescentes, o trio tinha-se tornado imprescindível e leal, em qualquer festa, ou em qualquer competição temerária.
Também por essa altura e durante muitos anos, as crianças tinham viajado de um lado para o outro entre a casa do pai, no Panamá, e onde eu estivesse, nos Estados Unidos. O divórcio tinha acabado com a família e a estabilidade geográfica das suas vidas. Dois anos depois do divórcio, durante o mês em que Matthew fez dez anos, as crianças e eu mudámo-nos do Panamá para a Virgínia, perto de Washington DC, sendo a primeira das minhas mudanças relacionadas com trabalho.
As crianças tiveram que crescer rapidamente. Eric tirou a carta de condução para dar apoio à familia, Betsy era a assistente da mãe e a conselheira dos irmãos, Matthew tornou-se num comprador sensato e num cozinheiro inovador, Michael escrevia os menus de cozinha e as listas da mercearia. Todos tinham orgulho na nossa casa, fosse ela onde fosse. De uma forma entusiasta, participavam em renovar e decorar a casa e, talvez menos avidamente, em lidar com as tarefas domésticas.
Dadas as suas raízes, uma vez que tinham nascido em Miami, tornaram-se fãs ávidos dos Golfinhos.
Mesmo sem a presença do pai, as crianças e eu formávamos uma família saudável e espiritualmente sólida. No entanto, esses anos de migrações nas nossas vidas, apresentaram-se como desafios difíceis para todos nós, e eventualmente eu ficava sozinha. Eric mudou-se para o Panamá, para acabar o secundário e mais tarde, para combinar os estudos universitários com o trabalho. No ano seguinte, Betsy inscreveu-se na Escola Técnica da Virgínia. Para evitar mais desmembramento devido às minhas mudanças, Matthew e Michael foram para uma escola interna na Florida, perto da minha mãe e do resto da família, e mais tarde, voltaram para o Panamá, para completar a escola secundária.
Para a minha consciência de mãe foi vital ser capaz de visionar as crianças no seu ambiente, durante as nossas separações geográficas. Tinha vivido ou visitado os lugares onde cada um estava e, por isso, estava familiarizada com os ambientes e com os seus companheiros. Conseguia imaginá-los a estudar e a conviver; a fazer surf, a andar de bicicleta e a cantar rap; a trabalhar nos mais variados empregos; sentados à mesa de jantar do pai e da madrasta. Por muito longe que os meus filhos estivessem, com as inumeráveis imagens mentais fornecidas por eles, eu era uma espectadora, ou melhor, uma participante nas suas actividades diárias. Inextrincavelmente ligados por laços de amor, essa perspectiva permitia-me sentir próxima deles, durante os inúmeros períodos em que estávamos separados,
No dia 16 de Abril de 1980, Matthew estava no Panamá. Tinha terminado a escola um semestre mais cedo e estava a trabalhar na quinta de especiarias do pai até vir viver comigo para Filadélfia, para onde me tinha mudado há menos de quatro meses. As cartas de Matthew eram, sobretudo, relatos entusiásticos sobre as responsabilidades que o pai lhe tinha confiado, e que lhe estavam a atrasar a partida várias semanas para lá do que tinha previsto. Mais tarde, viria a saber que Betsy e ele tinham planeado fazer-me uma surpresa no fim-de-semana do Dia da Mãe, mas nessa noite em que Matthew me ligou para dar felicitações tardias, estava a censurá-lo por ter esquecido a sua pobre mãe.
Ele disse, “ Penso em ti todos os dias e adoro-te todos os dias, e sempre adorarei. Não te esqueças disso “.
Na noite seguinte, o pai de Matthew ligou-me para dizer que o nosso filho estava morto.



ENFRENTANDO AS NOSSAS PERDAS



Durante as horas que anteciparam o meu voo não conseguia assimilar aquelas notícias sobre Matthew. Não parecia real que de repente, pudesse ter partido, e as imagens familiares que tinha dele quando estávamos separados, já não serviam. Simplesmente, conseguia não ter nenhuma imagem ou referência dele! Pensei nas palavras, “ Matthew está com Deus “, mas isso não me confortava. – não estava preparada para o meu filho estar com Deus! O mundo de Matthew e o meu estariam despedaçados se aceitasse isso! Precisava de me sentir ligada a ele da mesma forma como quando estávamos separados anteriormente, através do meu armazém de imagens. Mas elas tinham-se tornado num frenético caleidoscópio e já não o conseguia ver mais assim, claramente na minha mente.
Quando Betsy e eu, nos encontrámos em Miami para viajar juntas para o Panamá, ela disse-me: “ Tu perdeste um filho. Eu perdi um filho e um irmão.” Os anos dela como assistente da mãe estavam tão profundamente gravados na sua mente e no coração, que conseguia acreditar, ou melhor dizendo, sentir a perda dupla. O meu coração doía pela minha filha, que tivera de se tornar uma mulher tão cedo e, no entanto, não conseguia fazer nada para encher aquele súbito espaço de desolação na sua vida, nem naquela altura, nem nunca mais.
Nessa noite, quando toda a família estava a ver umas fotografias da classe avançada de Matthew, que um primo tinha trazido do fotógrafo, reparámos que os olhos de Matthew eram quase místicos, como se estivesse a ver algo profundamente, para lá do nosso conhecimento. Betsy era a única que sabia que ele queria ser cremado quando morresse. Tinha-lhe dito no verão anterior, depois de falar sobre o livro que tinha acabado de ler, “A Vida Depois Da Vida”. Ela lembrou-se do que ele tinha dito então: “ O que acontece depois da vida na Terra deve ser a maior de todas as aventuras!” Teria sabido que a sua aventura estaria prestes a começar, sete meses mais tarde?
Eric contou-nos que se recusou a creditar no que tinha ouvido sobre Matthew. Em vez de ir para a morgue, de acordo com a mensagem que tinha recebido, conduziu durante uma hora até chegar ao sítio isolado, no campo, onde viu o Jeep, ainda, sinistramente, no campo rochoso. Disse-nos que correu para o veículo amolgado, deu-lhe um pontapé uma e outra vez e gritou-lhe como um louco, até que finalmente foi obrigado a pensar no impensável. O meu filho mais velho parecia, nesse momento, não o homem de negócios diligente em que se tinha tornado, mas sim num menino pequeno com o coração partido, impossibilitado de mudar o que não conseguia aceitar.
Michael e eu estávamos no quarto que ele e o Matthew tinham compartilhado. Enquanto Michael tinha visto a família a ter reacções que iam da a histeria até a lágrimas silenciosas, parecia fechado, em silêncio. Pensei que falando sobre Matthew o poderia ajudar a abrir-se, e falei-lhe sobre os dois naquele quarto, nas muitas conversas que teriam tido aí. Michael deixou escapar: “ Deveria ser eu a morrer e não Matthew, assim ninguém se sentiria tão mal.” Como poderia ficar ainda mais magoada, ao ouvir o meu filho mais novo a dizer que pensava que a sua vida, para todos nós, não valia tanto como a do irmão? “Michael, meu querido, não sabes que se tivesses morrido, Matthew e eu estaríamos aqui a falar de ti, a sentir a tua falta, e a sentirmo-nos da mesma forma que tu te estás a sentir?”
Podia ver a mágoa dos meus filhos e sofri terrivelmente por eles, mas nalgum nível da minha mente estava a proteger-me da realidade da morte de Matthew, como se no fundo soubesse que a sua ausência era apenas temporária. Mesmo na manhã seguinte, enquanto estava ao lado do corpo dele na morgue, senti um estranho sentimento de alívio – o meu Matthew não está naquele corpo. Mais tarde, alguns de nós estavam a ensaiar hinos e “ Bless The Beasts and the Children “(1) para o serviço fúnebre do dia seguinte, quando Eric apareceu e gritou: “ Como conseguem cantar quando ele está a ser cremado?” Porque a cremação não era real para mim, mas era real haver boa música no serviço fúnebre de Matthew. Como estava a ajudar o resto da família na igreja, a arranjar toda a quantidade de plantas floridas e arbustos, sentia-me satisfeita por todas aquelas ofertas para o meu menino, que haveria de as manter cuidadas como ele fazia com as nossas plantas de casa, e mais recentemente, com as especiarias semeadas na quinta do pai.
Aquelas e outras distorções da minha psique, que suavizaram os primeiros dias, continuaram até à noite após o serviço fúnebre. O resto da família estava a dormir quando isto me atingiu: Matthew partiu para sempre.
Atingiu-me com tanta força que me precipitei para a varanda, e solucei tão profundamente, que o meu corpo tornou-se fraco e a minha mente ficou clara. Tinha sentido desde a desilusão até à agonia completa, passando para a aceitação singularmente pacífica, no espaço de meia hora ou mais, e para minha surpresa, estava com fome. Só nessa altura me dei conta de que não tinha comido nada, durante os meus três dias no Panamá.
Levei um prato com um lanche frio para a sala e sentei-me em frente à linha de luzes da baía, onde os navios esperavam a sua vez para entrar no canal. Estava a observar esse panorama das luzes da cidade e a pensar em momentos felizes com o Matthew. No encantador condomínio de encosta, do meu anterior marido e da esposa dele, onde Matthew tinha estado tão recentemente, estava a sentir-me invulgarmente serena.
Sorria, lembrando-me do meu filho destemido a escalar umas quedas de água, à chuva na floresta, quando na porta larga de entrada da varanda surgiu, de repente, uma imagem translúcida da cabeça de Matthew. Os seus olhos cinzentos faiscavam, o seu sorriso aberto e traquinas estava ali mesmo, e o seu tom de pele, apesar da imagem evanescente, era o seu bronzeado saudável. A alegria que senti foi incomparável a qualquer outro momento. Conseguia sentir o amor a emanar da imagem de Matthew para mim, e o movimento do meu amor a fluir para ele. O nosso círculo amoroso envolvente continuou por, talvez, um minuto perante a visão que apareceu tão abruptamente e começou lentamente a afastar-se, como se estivesse relutante em partir. Depois que a última visão, já vaga, se desvaneceu por completo, o elo de amor permaneceu tão forte como apareceu, através daquele encontro espiritual mágico e cheio de alegria.

------------------

Nós, a família de Matthew, reatamos as nossas vidas sem ele. Talvez tenhamos retomado o mesmo caminho, mas a um nível e com uma pulsação diferente. Ou talvez tenhamos começado, inconscientemente, um caminho completamente diferente. Quem poderá saber o quanto as nossas vidas, desde então, foram influenciadas pela perda do envolvimento de Matthew?
Não imagino como teria lidado com a sua morte ao longo dos anos, se tivesse permanecido no Panamá, um país pelo qual tenho muito carinho, que está cercado de família e amigos. Talvez não me tivesse arranjado melhor lá, do que em qualquer outro lugar, pois os factos não se poderiam mudar. Nunca mais poderia abraçar o meu filho ou rir com ele. Nunca o veria transformar-se num homem, num marido, num pai.
E então regressei a uma cidade de estranhos e a um emprego onde deveria ser responsável, tomar decisões acertadas, ajudar o meu pessoal e os meus colegas a sentirem-se confortáveis à minha volta. Estranhamente para a administração do colégio, ao mesmo tempo que o Matthew morreu, três outros pais perderam também os filhos. O filho do presidente, da mesma idade de Matthew, morreu num acidente de carro. Uma mulher que ficou grávida pela primeira vez, após vinte anos de tentativas para ter um filho, teve uma menina que nasceu morta. Outra mulher estava de luto pela morte da filha de trinta e três anos, também mãe, que estava a recuperar bem de uma cirurgia simples e que morreu, de repente.
Falamos, apenas uma vez, sobre as nossas perdas respectivas. A mãe da bebé contou-me que a maioria das pessoas lhe disse ter sido uma bênção, a menina não ter vivido nem um momento, pois assim ela não sentiria nunca a falta dela. A mim, disse-me que ninguém imaginava a dor que sentia pela sua falta, pois, para ela, tinha significado tudo no mundo. Disse: “ Quem me dera tê-la tido durante 17 anos, assim como tiveste o teu filho.”
Depois do presidente e eu termos falado sobre a semelhança da vida e da morte dos nossos filhos, pegou na minha mão, e por um momento, choramos juntos, antes de ter deixado, silenciosamente, o meu gabinete.
A avó disse-me que, para ela, não alterava nada o facto da filha ter vivido o dobro da idade do meu filho. Era uma angústia para ela ver o desnorteamento da neta e o sofrimento do genro. Disse que, quando os nossos filhos morrem antes dos pais, é contra a ordem da vida. “Porque deixa Deus que aconteçam estas coisas?” perguntou-me.
Nenhum desses três pais me procurou, ou eu a eles, por causa de algum momento especial de empatia. Talvez eles estivessem a aprender, assim como eu, que esta dor é uma longa e intensa jornada íntima.
Um primo que me é especialmente querido e da Betsy, vinha passar connosco o fim-de-semana do Dia da Mãe. Uns dias antes, morreu de ataque cardíaco e, a minha filha e eu, encontramo-nos em Cleveland, para assistir ao segundo funeral da família no espaço de três semanas. Chorámos não pelo Richard, mas sim por Matthew, porque não tínhamos mais espaço para mais sofrimento.
A minha vida estilhaçada foi fortalecida pelo trabalho. Tinha sorte em ter como meus funcionários, jovens sensíveis que eram também bons escritores e editores meticulosos. Na nossa primeira reunião após o meu regresso, um deles contou-me um incidente durante a minha ausência, em que usou a expressão “morrer de rir.” Quebrei o silêncio repentino, assegurando-lhes que a expressão era natural, e que não me tinha magoado. E era verdade, porque não a tinha associado a Matthew. Mas associei ao meu filho os cartazes dos anúncios da Pepsi, as caras sorridentes, as linhas de navegação aéreas e as estações de rádio “pop,” e era durante as meias horas de condução de ida e de vinda do colégio, que me permitia chorar.
Ficava até às dez horas da noite no meu gabinete, muitas vezes, ainda até mais tarde, e aos fins-de-semana tinha uma pasta cheia de manuscritos para ler e editar, relatórios para acabar e correspondência a tratar. Estes afazeres eram uma muleta segura para quando estava só, já que era necessário uma certa concentração que me afastava dos sentimentos, e só parava quando adormecia sobre o trabalho que tivesse em mãos. As minhas primeiras semanas foram passadas neste âmbito mecanizado, apenas com breves e raros momentos a permitir que Toda a Verdade se abatesse sobre mim.
Por duas vezes, quando a agonia me consumia e sentia que me comia viva, fiz telefonemas a meio da noite, não para a família nem para bons amigos, mas para escolhas muito improváveis. Uma das pessoas, depois de me ter identificado, disse-me que nada podia ser tão importante que não pudesse esperar pela manhã seguinte. Outra, recentemente conhecida e cuja filha tinha morrido no ano anterior, ficou indiferente à empatia que pudesse ter ou não ter com a sua dor. Um amigo de Matthew que o conhecia bem, telefonou e depois de lhe ter contado, disse-me: “Não quero ouvir mais, isso não pode ter acontecido.”
Em Junho, com aspecto magro e sóbrio, e com uma perna engessada, Michael veio com o pai para a cerimónia de formatura do curso da Betsy, e regressou comigo a Filadélfia para passar o verão, conforme planeado. Coxeou à volta do colégio, enchendo envelopes até poder começar a jardinagem para a qual tinha sido contratado, sem saber que o seu salário era retirado do meu. Ocasionalmente, aceitávamos convites de pessoas que pensavam estar a ser atenciosas, mas não faziam a mínima ideia do quão difícil era para mim tentar agir de forma alegre. Michael sentia-se mais à vontade do que eu nessas ocasiões, e foi desfrutando do seu trabalho e recebendo felicitações de como o jardim nunca estivera tão bonito.
Betsy fez uma pausa no trabalho de pós-graduação durante a semana em que a minha cunhada passou comigo, porquanto o seu filho adolescente estava a fazer uma operação ortopédica. Vi-o deitado, imobilizado ainda sob o efeito da anestesia, naqueles lençóis antigos e brancos, e pensei em Matthew dentro da morgue, enquanto confortava a Marlene da ansiedade que aquela operação complicada lhe causava. Quando o meu senhorio me despejou, por ter mais pessoas em casa do que os três residentes que tinha estipulado no contrato, o juiz deitou fora o caso e disse-lhe que não tinha coração, mas de qualquer forma, eu disse que me mudaria logo que pudesse.
Assim, em muitos aspectos, o meu resumido percurso de vida continuou publicamente, como é normal na vida, mas intimamente, havia formas graves de pensar comprometedoras. Já que não conseguia desfazer o que tinha a acontecido a Matthew, acreditei que a única forma de voltar a sentir-me viva novamente, era juntar-me a ele, e rezava para que isso acontecesse. Essas orações davam-me esperança, ou talvez, apenas, a motivação para fazer alguma coisa além de andar em espiral numa bola, até me juntar ao meu filho. Se trabalhasse muito, as minhas preces seriam ouvidas. Se não tentasse de uma maneira aplicada, então não era digna de ficar com Matthew. Nunca me ocorreu que trabalhar muito e conscientemente, não era nada de novo. Era, sim, a espinha dorsal do “ trabalho com ética” do qual a vida do meu pai tinha sido um exemplo para mim, desde o meu primeiro emprego. Estava, simplesmente, a associar-lhe outra recompensa.
Este não era o único exemplo da minha forma de pensar comprometida, mas devida à base da sensibilidade aliada a um funcionamento produtivo, pode ter sido o meu maior aliado. Se existe uma maneira de lidar com a morte de um filho que envolva um discernimento saudável, nunca estive em seu poder e tomei decisões muito insensatas que me causaram sérios problemas e muita angústia durante alguns dos anos que se seguiram. Por exemplo, ter quase a certeza de que o fundo do jornal que editava iria ser aplicado em programas de educação, e ficar sem emprego, e ainda assim resolver comprar uma casa, em vez de lidar novamente com um senhorio. As consequências deste ímpeto, simplesmente, não eram reais para mim.
O que era real era o silêncio das noites sombrias, quando as conversas em pensamento com Matthew, mantinham a nossa relação mãe/filho:

Querido, onde é, exactamente, o Céu? É claro que é onde estás, não é, apesar do que costumavas dizer sobre preferires a ressurreição do inferno!
Tens um corpo real ou apenas flutuas invisível à volta, sabe Deus a fazer o quê? Adorado, agora és um anjo?
Imagino que estejas feliz, querido. Quero que estejas! A ideia do Céu é que é um lugar feliz, não é?
Espero que haja flores para ti. Sentirias a sua falta se não houvesse nenhuma. Mas deve haver, porque supõe-se que o Céu seja lindo e não vejo como o poderia ser sem flores.
Viste o Avô? Quem mais está aí? Quantas almas estão aí ao todo? Já descobriste como é decidido quem vai para aí e quem não vai?
Olha, já que tens tanta experiência em ser mandão, talvez possas ser assistente de S. Pedro, ou de quem manda. Talvez até já o sejas!
Quem toma conta dos bebés que morrem? Lembras-te quando pediste para segurar no bebé da Sandy? Fizeste-o de uma forma tão segura que nos surpreendeste a todos. É tão injusto que nunca tenhas tido a oportunidade de ter a tua própria família. Talvez tenha sido para que haja menos pessoas a sentir a tua falta para o resto das suas vidas.
O Céu tem cores como na Terra, como os nossos céus azuis e colinas verdes, o nosso pôr-do-sol vermelho e flores amarelas e cor-de-rosa nos arbustos? Ou tudo é branco? Há aí alguma coisa que reconheceríamos – a paisagem, os animais – ou só as pessoas?
Falais uns com os outros ou tudo é silencioso, como nos sonhos? Não me digas que tens aquela música horrível das tuas, aí em cima! A minha música existe aí? Se não, não quero ir. Bem, irei, mas espero que fales com o Pedro ou outro qualquer e vejas o que podes fazer para arranjar algumas sinfonias, antes de aí chegar.
Como é que Deus conhece o nosso rasto? O que faz exactamente Deus? Alguma vez falas com Ele? E Ele, alguma vez fala contigo? Ele consegue mesmo ouvir todas as nossas preces?
As nossas almas vivem mesmo para sempre? O que é mesmo a “vida eterna?” A única forma de me referir ao que é eterno, é sentir a tua falta como sendo eterna.
Querido, podes ver-nos? Ouves-nos? Filhinho, sentes a nossa falta? O amor é igual aí como aqui?
Terás sempre dezassete anos? Há realmente reincarnação? Se houver e regressares aqui, como é que saberei? Como é que te poderei ver outra vez? Matthew, é melhor ficares onde estás até eu chegar aí!
Meu Deus, POR FAVOR, deixa-me ficar com Matthew!

Os fundos do Jornal acabaram-se em Novembro e empacotamos o último número. De facto, recusei o emprego de editora do pequeno jornal que o ia substituir, deitando fora a minha super estrutura de trabalho, e a vida tornou-se numa procura de emprego, numa hipoteca e nas minhas preces.
Pouco antes do Natal tive o meu primeiro sonho com Matthew, desde a sua morte. Vi-me de pé num lado de uma rua e, Matthew e Michael, a aproximarem-se, do outro lado. Estava rejubilante! Quando corri para eles, reparei que o corpo de Michael era sólido, normal mas o de Matthew era translúcido. Abracei-o e disse: “ Matthew, ESTÁS VIVO!” Ele disse, “ Mãe, é claro que estou!” Acordei, sentindo uma mistura de felicidade e tristeza e um sentimento forte de que deveria regressar a Washington.
Foi o que fiz logo que pude, depois de regressar da Florida, onde Eric, Betsy, Michael e eu, passámos as férias com a minha mãe. Através de uma série de coincidências rápidas e pouco prováveis, sendo uma delas estar numa extensa área de tempestade de neve que imobilizou os transportes, um amigo e eu conhecemos Fred, o primeiro médium que foi “visitado” por Matthew. Durante o mês seguinte, através de mais coincidências, vim a conhecer mais outros dois médiuns, a Olga em Maryland e a Laura em Nova Jersey, e eles, assim como Fred, apenas me perguntaram o nome do meu filho, antes de me dizer que o seu espírito tinha deixado o corpo antes do embate da viatura e que ele tinha assistido de cima, sem sentir dores. Todos o descreveram – a idade, a estatura, o tom de pele, até o seu cativante sorriso inclinado – era absolutamente Matthew o que eles estavam a ver!
De acordo com estas três pessoas, que falaram por ele e a quem eu apenas mencionei “Matthew Ward”, porque não perguntaram mais nada, disseram que ele era muito ligado a toda a família e queria que parássemos de sofrer por causa dele, pois isso não estava a ajudar nenhum de nós. Estava aflito porque o pai se sentia culpado e não havia razão para isso, e queria que eu dissesse isso ao pai. Tinha lido um livro que o ajudou a preparar-se para o que tinha acontecido. Queria que soubéssemos que tinha agora uma vida plena e maravilhosa. Através dos seus tradutores, relatou novidades sobre ele próprio, como também comentários específicos que mostravam, sem sombra de dúvida, que sabia das minhas actividades e dos meus sentimentos. E todos os médiuns me disseram que quando fosse a altura certa, Matthew e eu comunicaríamos directamente. Sentir ainda a falta dele era agonizante, mas começava a saber o que o meu menino estava a fazer!
Está a interrogar-se se não me andava a iludir, exagerando generalidades e palpites de sorte, transportando-me em imaginações um pouco tontas sobre a nova vida do meu filho? Faça o seu próprio julgamento, mas antes disso, quero declarar que este livro não é para contar o que eu ouvi sobre Matthew há alguns anos. É sim, para partilhar consigo o que ouvi dele, durante estes últimos anos. O facto de estarem aqui incluídas algumas mensagens que recebi através desses médiuns, tem um propósito tão significativo como sendo a ligação que eram, entre a minha vida e a de Matthew. Primeiro, os cépticos poderiam concluir que tinha inventado as minhas longas conversas com Matthew, que talvez um sofrimento tão invulgarmente prolongado, finalmente se tinha revelado num contacto imaginário com ele, que pensasse ser real. As mensagens desses médiuns provam que essa comunicação telepática não é fruto de imaginação alguma. Segundo, aquelas mensagens revelam as ligações mais íntimas e contínuas, entre nós na Terra e as nossas pessoas queridas que já partiram. A minha experiência pessoal é um profundo exemplo disto.


Quando um primo e eu estávamos ao lado do corpo de Matthew na morgue, estava a sentir um estranho sentimento de paz dado que Matthew não estava lá. Senti-me triste porque, no fim de contas, não podia fazer o que mais queria, que era apertar o meu filho nos meus braços, uma última vez.
Apenas olhava para ele e não me conseguia mexer para lhe tocar. Escutava um diálogo. Uma voz insistia: “Vá lá, abraça-o! Foi para isso que vieste, para o abraçar uma vez mais. Tu és a sua mãe – como é que podes NÃO o querer abraçar?” A outra voz argumentava: “Isto é diferente do que pensavas que ia ser. É o seu corpo, mas não é Matthew. Não precisa mais dele e é compreensível que não o queiras abraçar”. Consegui, apesar de tudo, estender a mão para o tocar, e uma força poderosa puxou a minha mão de volta. Saí com calma e disse à família que me esperava: “ Não faz mal, aquele não é o Matthew.”

Matthew contou ao Fred essa ocorrência na morgue. Descreveu a sala e disse que me tinha observado donde estava, perto do tecto. Disse que a energia da sua alma me tinha puxado a mão antes de eu tocar o seu corpo frio. Estava a envolver-me com energia de amor para me proteger do trauma de ver o seu corpo.

-------------

Quando Betsy e eu, estávamos a limpar o quarto de Matthew e a separar os papéis da escola na secretária, encontrámos um relatório de um livro que tinha escrito. Era bom e tinha sido bem classificado, mas duvidamos que ele próprio o tivesse escrito. Era brilhante e era um escritor talentoso, mas as palavras invulgares de uma parte “simplesmente, não eram, o género de Matthe.” Concordámos e então concluímos que tinha sido ajudado por alguém – provavelmente alguma menina que estava apaixonada. Guardei os seus blocos de notas e o seu relatório.
Fred contou-me que Matthew estava incomodado, porque tinha duvidado que tivesse feito um certo trabalho escolar. Queria que fosse ver ao bloco de notas, onde encontraria provas de que tinha sido ele próprio a fazer esse trabalho, e queria que a irmã também o soubesse. Fred disse que fosse lá o que fosse a que Matthew se estava a referir, estava indignado porque, tanto eu como a irmã, não tivéssemos acreditado que o trabalho tivesse sido feito por ele.
Quando regressei a casa fui ver ao bloco de notas e encontrei um primeiro rascunho do seu trabalho sobre “Sybil”. Estavam aí as mesmas palavras que eu e Betsy tínhamos questionado. Li também o seu trabalho final, e desta vez reparei em algo que nos tinha escapado às duas: o pequeno parágrafo contendo as palavras de “não eram o género de Matthew,” que estava devidamente pontuado e atribuído ao autor do livro.


Matthew disse a Fred que eu adorava música clássica, e ele estava a ter lições de piano para aprender, também, a sentir música clássica. Disse que o facto de eu saber disso, poderia responder às minhas “ grandes questões”.
Tinha estado a pensar porque não conseguia ouvir as minhas sinfonias favoritas sem pensar em Matthew, ainda mais intensamente do que o normal. Tinha-me apaixonado há muito tempo por aquelas músicas, mas não conseguia perceber porque as associava a Matthew, que nem sequer tinha aprendido a tolerá-las.

Fred disse-me que Matthew estava a estudar medicina. Referiu-se a isso como “ uma medicina de cadeira de braços”, porque tinha acabado de começar e ainda não estava a aplicar o que tinha apreendido. Sem mencionar este facto à Olga e à Laura, ambas disseram que Matthew estava a progredir bem nos seus estudos de medicina. Um ano mais tarde, quando encontrei o médium que se tornou a minha ligação com Matthew durante vários anos – de novo, sem eu ter dado nenhuma informação – recebi um relatório sobre os seus estudos avançados em medicina e psicologia e sobre as promoções no seu trabalho, por ajudar almas em transição.
Depois que Matthew e eu estabelecemos a nossa comunicação, falou-me do o seu trabalho, com grandes detalhes.



Quando viajei para Nova Iorque, onde vivia a Laura, o marido dela cumprimentou-me e pendurou o meu casaco verde de ski, e depois disse-me para entrar na sala onde ela estava à minha espera. Quando estávamos a tomar chá, depois da “leitura”, Laura disse que Matthew estava a insistir com ela, para me dizer para eu parar de usar o seu velho casaco verde de ski e começar a usar o meu casaco branco novo, que tinha ficado pendurado no armário; e ela perguntou-me se isto fazia algum sentido para mim.
Tinha comprado o casaco branco de lã, pouco antes de Matthew morrer e não tinha tido ainda nenhuma ocasião para o usar, durante as poucas semanas antes de ter partido, tão repentinamente, para o Panamá. Durante os meses frios, tinha usado o seu casaco para me aquecer, e quando chegou o Inverno, usei-o simplesmente porque era dele. (Apesar da sua mensagem, não consegui usar o casaco branco ou abdicar do casaco dele, o qual continuei a usar até ao fim da Primavera).


Estas revelações eram incomparavelmente animadoras porque, mesmo sem uma imagem exacta do seu paradeiro, sentia-me mais ligada a ele. A maior prova reveladora da nossa proximidade, ainda que confirmada durante a reunião com o primeiro médium, Matthew disse que quando eu estava no seu quarto, vi algo no seu bloco de notas que me mostrou que ele sabia que o seu tempo na Terra acabaria em breve. Disse que eu estava certa no que estava a pensar, que ele sabia que não permaneceria neste mundo por muito mais tempo, e apercebi-me de tal, porque tanto a minha alma como a dele se tinham atravessado na minha consciência.
Logo antes da cerimónia em sua memória, estava a folhear um dos seus blocos de notas que ainda não tinha visto. Não consegui absorver nada do que tinha escrito, mas precisava da proximidade dele. De repente, surgiu uma página com grandes letras: EU NÃO PERTENÇO A NINGUÉM. Murmurei: “ Matthew, tu sabias, não era?” e ouvi: “ Sim, Mãe, eu sabia.”


(Notas:)

(1) Cânticos com orações e poemas de crianças sobre os animais.



COMUNHÃO COM MATTHEW


Durante os anos que decorreram entre a morte de Matthew e o nosso primeiro contacto, continuei a pensar em tudo o que os médiuns me tinham dito: “Quando chegar a altura certa”, ele e eu comunicaríamos directamente. Apesar da certeza aparente deles de que isso iria acontecer, não conseguia deixar de duvidar.
Como poderia eu ser capaz de fazer algo, que me parecia tão “divino”, como falar com o meu filho no Céu? Não sou excepcional de modo algum, nem nas minhas crenças, nem em inteligência, nem em treino em alguma área de pensamento ou práticas da Nova era. Apesar de me terem dito que qualquer pessoa tem capacidade para comunicar por telepatia – é um direito nosso de nascença, inerente às nossas almas – não me sentia preparada como se isso fosse inato, talvez até sentisse que não era merecedora daquilo que ainda considerava uma dádiva rara. Nunca tinha tido premonições, nem sonhos proféticos nem nenhuma sensação de déjá vu. Quando o telefone tocava, nunca “sabia” quem era, antes de atender. Até mesmo o telefonema de Matthew, na noite anterior à sua morte, não me levantou qualquer suspeita por trás das suas palavras, e por isso, e com boas razões, não tinha nenhuma convicção de que um dia pudéssemos realmente comunicar, estando eu ainda na Terra.
O que tinha era a esperança e o desejo de que isso fosse possível. E imaginava que se isso acontecesse, poderia, ocasionalmente, eu própria perguntar-lhe sobre a sua vida, e receberia respostas curtas como os comentários dele com os médiuns.
Quase catorze anos se passaram e estava longe da querida senhora que tinha sido a minha única ligação com Matthew, desde 1982 até 1990, quando me mudei para mais longe da casa dela, em São Diego. Depois disso, e até à sua saúde falhar, telefonei-lhe ocasionalmente, para obter notícias dele. Finalmente, comecei a pedir a Deus para me dar um sinal luminoso com indicações para chegar ao meu filho, e talvez seja por isso que o nosso contacto apareceu da forma como apareceu. Numa noite fui acordada por um ligeiro martelar, soando através da minha mente: “ Mãe, sou Matthew. Sim, sou realmente Matthew.” Pensei que deveria ser uma criação feita pelos anos em que tanto queria contactar com ele, e acolhi, pensativa, o que era na realidade a sua primeira mensagem.
Durante um momento calmo do dia seguinte, quando a minha mente estava serena, a flutuar algures, ouvi a mesma mensagem. Não consegui deixar de pensar: “ Estarei a falar sozinha, acreditando que é Matthew?” apesar de sentir que algo de esquisito se estava a passar.
Alguém sugeriu que tentasse a escrita automática e explicou-me como era simples o processo. De caneta e bloco amarelo na mão, concentrei-me na carta que estava a escrever para Matthew. Não ouvi nada e nenhuma força nunca vista, me moveu a caneta. Tentei não me sentir desencorajada quando também nada de especial aconteceu no dia seguinte. A minha terceira tentativa trouxe-me alguns pensamentos claramente expressos, que senti que não eram meus. Ou seja, vinham paralelos aos meus, como se fossem os carris dos caminhos-de-ferro, com ideias diferentes ao mesmo tempo. Simultaneamente com os meus pensamentos, “Finalmente, pode ser Matthew, pode muito bem ser ele!” Estava a ouvir: “Por favor, presta atenção ao que tenho para te dizer”. A minha excitação impeliu-me a começar a escrever o que estava a ouvir e a não esperar que fosse a caneta a mover-se sozinha. Matthew contou-me que tinha esperado durante muito tempo para me contactar, que os meus anos de stress tinham impedido o meu fluxo de energia de poder fluir, o que era essencial para a nossa ligação, mas que agora tínhamos essa ligação.Foi o nosso começo.
As nossas conversas depressa se tornaram longas e progressivamente espantosas, e após alguns dias, troquei a escrita à mão pelo computador. Todas as manhãs durante cerca de uma hora, Matthew e eu tínhamos uma “sessão” – é o que chamo às nossas conversas – em que falávamos sobre a sua vida no Céu. Mais uma vez podia visualizar o meu filho no seu ambiente tão longe do meu!
Jubilante como andava, ainda me questionava se este fenómeno estava a permitir à minha mente formar a parte dele nas nossas conversas, até que considerei que havia muitas diferenças entre os meus pensamentos e o que ele me estava a contar. A entrada de informação fluí na minha cabeça perto do topo, ao passo que o meu pensamento parece estar num nível mais abaixo. Matthew (e todas as outras fontes que apareceram mais tarde) fala a um ritmo normal. Não hesita, como se procurasse uma palavra específica ou tentasse expressar mais claramente o seu sentido. Isso não é igual ao meu processo de pensamento, que muitas vezes tem só palavras-chave ou a sensação de “Sim!” de toda uma ideia. E também, ao contrário do fluxo de Matthew, digno de confiança e sem interrupções, às vezes falo de um modo hesitante como se estivesse a procurar palavras que sejam mais precisas ou diplomáticas.
Algumas das palavras de Matthew mais usadas, conheço mas nunca as uso, e numa ocasião, as suas palavras eram inteiramente novas para mim. Mas a prova mais significativa de que não estava, de forma alguma, a fabricar as transmissões, apareceu quando a informação totalmente estranha até para a minha imaginação, deixou a minha compreensão sem saber o que dizer, e começou a chegar. Foi então que soube que a fonte de informações estava anos-luz para lá da minha compreensão.
Fiquei perplexa quando soube que estava a falar não só com o meu Matthew, mas também com a sua alma acumulativa. Agora e sempre, com o seu Eu único e inviolável, Matthew também é uma parte inseparável de um ser maior, que está mais evoluído e inteligente do que cada vida passada individualmente na Terra. Para que pudesse compreender estas revelações tão chocantes, pedi-lhe uma explicação simples sobre o seu relacionamento como meu filho para a sua alma acumulativa, e ele contou-me o seguinte:

Tinha que pensar em toda a criação como um oceano, na sua alma acumulativa como uma chávena de água do oceano, e na sua alma de Matthew como uma gota de água que retirasse da chávena. A gota de água era agora a sua própria identidade, separada das outras gotas de água que reunidas, eram a chávena cheia, e vinham originalmente do oceano. Tanto a simples gota como a chávena cheia de gotas, retinham os mesmos elementos do oceano, e durante algum tempo, tinham uma vida independente da sua origem e de cada uma delas, mas eventualmente, ambas iriam regressar ao oceano. Talvez a gota se evaporasse no ar, como inúmeras gotas antes dela, e ajudasse a formar uma nuvem que libertaria o seu vapor em chuva, que iria cair no oceano. Talvez a chávena se entornasse, permitindo que todas as suas gotas se misturassem na areia, onde rapidamente a maré as arremessaria para cobrir essa parte da costa. Uma vez e outra: a simples gota, a chávena cheia de gotas, o oceano que as lançou e que as recolheria de volta. No entanto, a identidade individual e as experiências, quer da gota quer da chávena, nunca se iriam perder. Este eterno sem fim, esta interligação indestrutível testemunha a singularidade e o valor de cada minúscula gota (cada alma) e de cada chávena cheia de gotas (alma acumulativa), como partes do oceano (toda a criação).

Matthew disse que esta interligação é genuína em cada alma, não apenas quando alcançamos o seu mundo, mas constantemente, e eternamente, somos inseparáveis de todas as outras almas e do nosso Criador. A nível da alma, temos conhecimento disto; no entanto, a maioria de nós não tem consciência disso durante as vidas na Terra. Dado que Matthew é a mais recente parte da sua alma acumulativa em relação a mim, ele é a personagem predominante na nossa comunhão. Refere-se à sua última vida como meu filho, como a sua personagem de Matthew. No início era-me difícil pensar em dois Matthews, o meu filho e a grande alma que inclui o meu filho. Mas com o tempo, a associação anormal tornou-se natural. Chamo a ambos Matthew, e ambos me chamam Mãe. E está correcto, porque é só com um Matthew que comunico, seja a sua personagem, seja a alma acumulativa a falar.
A minha perspectiva da sua dualidade é a aquisição de tão grandioso conhecimento, durante a longa ausência, que no seu regresso, às vezes até a mim me parece um estranho, porque perdi todos os estágios do seu enorme crescimento. Outras vezes ele é o jovem que recordo tão bem, apesar de conhecer apenas uma parte, porque uma mãe não consegue nunca conhecer completamente a mente e o coração de um filho, mesmo daquele que nunca tenha saído de casa.
No início só a personagem era aparente porque os tópicos eram pessoais de Matthew, portanto esse aspecto da alma acumulativa era naturalmente predominante, e pude facilmente imaginar o meu filho adolescente falando com o seu entusiasmo natural. No entanto, na nossa comunicação, assim como nas outras facetas da sua vida de espírito, ele retira as experiências e o conhecimento das suas múltiplas vidas, que formam a essência total da sua alma acumulativa; e como a sua informação avançou em complexidade, a sua apresentação tornou-se num estilo didáctico aprendido.
Várias vezes dentro da mesma conversa, os estilos são oscilantes. Matthew contou-me que o meu interesse e reacção ao que ouço, são registados como vibrações de energia. Quando me sinto perto dele em espírito, a minha vibração evoca a sua personagem, e quando o meu interesse na informação é mais académico do que pessoal, essa vibração chama para um lugar de realce a sua alma acumulativa.
Quando a personagem é dominante, a voz de Matthew é expressiva, e o seu discurso é animado e desconexo, por vezes irreverente. A sua exuberância, as expressões sobre os animais e o sentido de humor que me divertiam tanto, continuam a aromatizar os seus comentários. Tirando o facto de que Matthew fala muito mais do que eu – dá respostas longas às minhas perguntas breves – temos uma conversa perfeitamente natural, com todo o carinho e prazer, como qualquer mãe e filho a tagarelar na Terra.
A voz da alma acumulativa é determinada e segura, e o falar articulado é como o de um professor a apresentar a aula. Enquanto que a personagem de Matthew fala um pouco e depois faz uma pausa para me dar a vez, e sem eu perguntar, dirige-se às minhas questões mentais ou reacções ao que me está a dizer, a sua alma acumulativa continua a falar até a dissertação estar completa ou a minha vibração mudar.
Durante as primeiras sessões com a alma acumulativa, essencialmente, a falar, sentia mais espanto do que proximidade, conforme ficou registado nas transmissões. Não parecia de modo algum o meu Matthew e sentia-me como se estivesse de novo na escola a tirar apontamentos das aulas. Isto incomodava-me, mas nunca o mencionei. Numa manhã, ele (a sua alma acumulativa ) disse:

Sei que tens estado preocupada sobre os teus sentimentos em relação a mim por serem, às vezes, menos pessoais do que costumavam ser. Não estejas, Mãe: É um véu a cobrir os sentimentos que providencia o distanciamento emocional necessário, para que respeites as minhas palavras vindas de uma fonte mais alta, do que do teu filho da Terra, de 17 anos.

Fiquei aliviada ao saber disto, mas não fiquei surpreendida por ele saber o meu desconforto. Tinha aprendido quase de imediato, que conhecia muitos dos meus pensamentos e sentimentos, se bem que me tenha assegurado completa privacidade de pensamento, sentimento e acção sempre que eu o desejasse, quando estou aberta à comunicação por telepatia, quer nas sessões, quer nos meus pensamentos intensos acerca dele, a qualquer momento, não existe lugar algum na minha mente ou no meu coração que ele não possa tocar. É isto que o impede de se dirigir aos meus pensamentos e sentimentos, à medida que vai falando, sem nenhuma interrupção minha.
Consigo ver Matthew, com imagens que ele forma para mim, sozinho ou com as almas que lhe são queridas, na sua casa espiritual. Quando os seus comentários me fazem rir, ouço-o, e às vezes, também o vejo a rir-se comigo. Sinto o calor do seu abraço tanto quanto sinto os abraços aqui na Terra. Nas nossas sessões, não há distância entre nós.
Outra surpresa maravilhosa sobre a minha ligação é que não está limitada a Matthew. Os meus pais e amigos juntaram-se, ocasionalmente, às nossas sessões, e recebi mensagens de pessoas que nunca conheci, solicitadas pelos seus entes amados, a quem conheço. Matthew apresentou-me a muitas outras almas. Algumas vivem neste mundo, outras são energias colectivas, cuja vastidão e poder e distância da Terra, são para mim, incompreensíveis.
Não muito depois da nossa comunicação ter começado, Matthew anunciou-me que eu tinha de preparar um manuscrito com a informação que recebesse dele e que, brevemente, iria receber de outras fontes. Isso representava um enorme empreendimento para o qual não tinha tempo nem interesse, e ignorei-o. Mais tarde, conforme ele tinha dito, essas fontes apareceram – a convite do Conselho do Nirvana, com uma apresentação formal especialmente para publicação, conforme me foi dito. No entanto, mesmo com estas mensagens surpreendentes e o frequente apelo de Matthew: “ Começa um livro,” eu não tinha intenção de o fazer.
Matthew e eu estávamos num impasse de várias espécies. Eu resistia em não fazer o que ele me pedia constantemente, e ele estava a evitar também um certo assunto. Nunca me tinha dado uma resposta directa sobre a razão de ter morrido tão jovem. Quando me contou do acordo de pré-nascimento da nossa família, tinha dito que todos tínhamos concordado com a sua partida naquela altura, mas sobre as perguntas seguintes, era sempre evasivo sobre o porquê de termos concordado. As suas respostas eram variações de “ Um dia saberás e compreenderás”. Parei de o incitar a dar uma explicação quando me contou que, alguns aspectos do acordo, ainda lhe causavam tristeza.
Numa manhã, cerca de seis meses depois das nossas sessões terem começado, e quando Matthew estava novamente a insistir para eu trabalhar no “livro,” ocorreu-me perguntar-lhe se eu tinha alguma responsabilidade kármica para o fazer. Após uma pausa nada usual, ele disse:

Se considerares que toda a vivência é kármica, então sim, está correcto. Mas mais correcto ainda é que preparar esta informação para um livro é a primeira missão da tua vida. Agora podes perceber porque estava tão relutante, em te explicar a razão da minha partida da Terra naquela altura, Sem a minha partida, não terias cumprido a tua missão. Também foi para o crescimento da minha alma, mas foi sobretudo para facilitar o caminho deste grande serviço que estás a realizar. Mãe, por favor atenta na importância deste serviço sob a perspectiva do mundo. Vês a beleza da Terra, e está nas tuas mãos a capacidade para ajudar na sua preservação.

O meu filho morreu por um livro.

A dor e a raiva tomaram conta de mim. Era impensável que tivesse concordado em sacrificar o meu filho por alguma coisa! Muito menos por um livro. Apenas um livro. Não conseguia ver através das lágrimas. Então, a voz foi tão gentil que não tinha a certeza que realmente a estava a ouvir, mas quando consegui ver novamente, li isto, a mesma mensagem, no meu ecrã do computador:

Agora deixa-me dizer o que não é só Matthew, mas sim a Luz mais alta e nobre, que está simplesmente a mover os botões do teclado na sua delicadeza. EU SOU o que EU SOU, o Caminho, a Verdade, e a Luz. O Deus Pai de toda a criação na Terra e deste universo, dando lugar de realce ao amor e à radiância brilhante para este trabalho que presta um serviço pleno ao futuro. Assim seja. Amen.

O nosso acordo familiar a nível de alma tornou-se a minha fonte de energia e inspiração e aceitei o compromisso que não me lembro de o fazer, num determinado tempo que não conseguiria relatar, numa dimensão da minha alma que, conscientemente, não conheço. Com assombro e humildade, comecei o trabalho que numa outra vida, num outro mundo, Matthew e eu, concordamos fazer.




PARTE II


NIRVANA




A PRIMEIRA IMPRESSÃO


S: Matthew, fala-me sobre o Céu.


MATTHEW: A vida é cheia de significado, Mãe! Existe um êxtase, um fervor entre as pessoas aqui. Temos trabalhos importantes, estudos quase ilimitados, visitas às famílias na Terra, música gloriosa, viagens espantosas e beleza incomparável. Passa-se muito mais aqui do que na vida feliz do espírito, que está associado ao Céu!
Nirvana é o nome próprio deste reino. Frequentemente é referido como um abrigo (2), e talvez a palavra Céu (3) tenha aparecido com esse costume. Aqui é um lugar sobretudo para pessoas que deixaram os seus corpos da Terra e estão no nível seguinte do desenvolvimento espiritual; no entanto, muitas almas em transição vivem também aqui. Apesar da grande diferença entre o conceito usual de Céu e a verdadeira vida aqui, isto é a “vida eterna” das religiões da Terra.


(Notas):

(2), (3) Jogo de palavras entre haven (abrigo) e heaven (céu).




CORPOS ETÉREOS


S: Tens algum tipo de corpo ou apenas uma essência efémera?

MATTHEW: Tenho um corpo, sem dúvida, Mãe! Temos corpos etéreos. Podes pensar nos corpos da Terra como estando apertados num entrelaçado de um tecido, comparados com os nossos corpos como estando soltos num entrelaçado de renda. Cada material tem a sua forma definida, o seu peso e a sua estrutura de fio, mas a renda tem maior flexibilidade, movimento e versatilidade, porque é menos densa do que a firmeza do tecido.
Podemos andar de pé ou sentarmo-nos, exactamente como vós podeis, mas os nossos corpos também podem flutuar num estado consciente, como num estado de descanso, como o vosso sono. Além disso, podemo-nos mexer dentro ou fora dos nossos corpos, e podemo-nos ver uns aos outros das duas formas.
Os nossos corpos são menos densos do que os vossos, porque vibram numa frequência mais elevada do que os corpos na Terra. O nosso nível vibratório é consideravelmente mais alto do que a vossa visão de terceira dimensão pode registar e, é por isso, que a maioria das pessoas na Terra não consegue ver-nos, mesmo quando estamos ao lado delas.

S: Então como podem alguns espíritos ser vistos em sessões espíritas?

MATTHEW: São criados corpos densos para os espíritos visitantes, cujos corpos etéreos por estarem mais iluminados não podem ser vistos. Esses corpos temporários são criados de plasma gerado pelo transe do médium e por fragmentos de energia que estão misturados por voluntários neste reino.

S: É interessante. Por favor, fala-me mais sobre corpos etéreos.

MATTHEW: São perfeitos na sua forma e na sua função de acordo com a evolução da alma. As almas que tiveram corpos físicos imperfeitos devido a deformidades genéticas ou doenças como a invalidez ou ferimentos, não ficam sujeitos a isso, nos seus corpos etéreos. Com o desenvolvimento da alma, tanto os homens como as mulheres tornam-se mais altos e esguios do que a maioria dos humanos, e os nossos bebés e as nossas crianças pequenas, crescem, automaticamente, dessa forma. E nem os nossos corpos nem as nossas capacidades mentais se cansam, de tal forma que não é necessário fazer uma pausa do trabalho ou dos estudos para descansar, mas sim, e apenas, para ter outros interesses e divertimentos.
Mantemos aspectos da nossa aparência anterior que nos são tão ligados como desejamos. As pessoas que não se achavam atraentes na vida da Terra podem pedir para aperfeiçoar as suas feições, mas essas mudanças não são uma opção acessível a todos. Se o pedido está alinhado com o desenvolvimento espiritual, é concedido, mas se é motivado pelo ego, não o é. O esclarecimento sobre o desenvolvimento completo da beleza – beleza mental, emocional, física e espiritual – é oferecido como um estudo regular, que é comparável aos vossos cursos de auto-aperfeiçoamento.
Quando as vidas na Terra foram distinguidas com realizações notáveis, isso é evidente na nossa aparência. As nossas auras são mais brilhantes e mais distintas em certas séries de tons de cores, que identificam as áreas da excelência. Presentemente, é menos uma variação de cor e mais uma capacidade diferente de brilho – irradiamos a nossa saúde e o nosso desenvolvimento espiritual. É comparável aos vossos olhos cintilantes que reflectem contentamento, entusiasmo, inocência e amor – todas as qualidades e as características associadas com o carácter e o comportamento devoto.

S: Como és agora?

MATTHEW: Vou mostrar-te, Mãe... Bem! Estás a receber claramente a imagem que te estou a mandar, por isso podes ver que pareço tal e qual, como te lembras de mim – alto e magro, com a mesma pele cor de azeitona, olhos cinzentos e cabelo castanho claro. Sim, um pouco mais velho, como estás a pensar, mas sabes que isso seria um facto, se tivesse permanecido todo este tempo aí contigo.

S: Continuas bonito como sempre! Querido, estás exactamente como estarias se tivesses crescido aqui.

MATTHEW: Simplesmente, pareço mais velho mais rapidamente aqui, Mãe. A nossa idade é diferente da vossa. As pessoas jovens aqui crescem mais depressa do que na Terra, em corpo, mente e espírito, até atingirem a maturidade corporal que corresponderia a pessoas na Terra, robustas e saudáveis, entre os 30 e os 35 anos. Ao chegar a essa ponto, mantêm esse corpo e continuam a desenvolver-se mental e espiritualmente.
Acontece o contrário às pessoas que chegam aqui já em idade avançada. As pessoas mais idosas tornam-se jovens em todos os aspectos, no mesmo ritmo acelerado, até alcançarem esse período de tempo do seu apogeu. Estou a referir-me a...

S: Mas quando eu chegar aí como é que vou reconhecer os meus pais? Vão parecer mais novos do que consigo lembrar-me deles, e ambos eram baixos e rechonchudos.

MATTHEW: Reconhecê-los-ás instantaneamente, através da ligação de energia, o laço do amor – será inconfundível, Mãe! Se eles quiserem aparecer como te recordas, podem fazê-lo, mas asseguro-te que isso não será necessário porque os reconhecerás de imediato.

S: Obrigada e, por favor, desculpa-me pela interrupção.

MATTHEW: A tua pergunta dactilografada no computador não me interrompeu, tive conhecimento dela assim que a pensaste. Os teus pensamentos são interrupções no meu próprio processo de pensamento, e chego à conclusão que são inevitáveis.
Ia esclarecer que não estava a falar de desenvolvimento da alma para trás e para a frente, mas apenas do corpo etéreo e do corpo psíquico rejuvenescido, do novo recém-chegado. Assim que está ajustado a este reino, o grau de vibração de qualquer um permanece num estado óptimo, porque a nível de alma ninguém está doente, ferido ou incapacitado, quer por debilidades mentais, quer por debilidades físicas.
As almas de todas as idades estão presentes, é claro, uma vez que chegam continuamente novas pessoas e com uma série de idades de transição, desde recém-nascidos até mais de 100 anos. Apenas o mais velho e o mais novo podem ser completamente reconhecidos como recém-chegados. Provavelmente, pelo menos metade dos que aparentam ter cerce de 30 a 35 anos e de boa saúde, estão cá há muito tempo. Essas almas podem estar cá desde há 20 anos, contudo, às vezes menos. Muitas almas fazem a sua transição durante essa série de épocas primordiais da Terra, e então após receberem todo o cuidado e o ajustamento necessários a este reino, aqueles que tiveram corpos saudáveis, naturalmente que aparentam bastante a pessoa que eram, quando deixaram a Terra. Bem, talvez bastante mais saudáveis e mais felizes!


AMBIENTE


S: Como se parece o Nirvana?

MATTHEW: É LINDO! Imagina um céu sem nuvens de um azul que quase cega com a sua pureza cristalina. Períodos comparáveis à dimensão da aurora e do anoitecer na Terra são as únicas mudanças do esplendor do seu azul brilhante, para nessa altura ficar com uma intensa neblina dourada. Juntamente com o verde da mesma intensidade, estas são as nossas cores primárias.

S: Aí há chão sólido?


MATTHEW: Sim, mas tal como as outras facetas do nosso mundo, o chão não tem a mesma composição que o vosso. A cobertura do solo, a que nós chamamos de virna, é comestível, tal como a vossa erva o é para os vossos animais de pastoreio, e é felpudo como uma cadeira acolchoada.
Apesar do nosso cenário ter, também, uma densidade diferente da vossa, temos áreas incrivelmente bonitas, semelhantes às da Terra. Aprecio especialmente, estar num lago onde a água é clara como cristal e reflecte as árvores que sobressaem nela. Estas árvores são mais altas do que as vossas sequóias e com troncos mais delicados, e têm flores perfumadas cor-de-rosa. A areia branca do solo da margem parece pó de talco.

S: Obrigada pela imagem, querido. Que lugar paradisíaco que isso é!

MATTHEW: Bem, isto é o Céu, Mãe! Esse lago e os nossos oceanos, montanhas e florestas podem ser chamados de cenário estático ou estável, porque aqui o são sempre. Podemos criar o nosso ambiente circundante privado, incluindo o tempo meteorológico, para nos deliciar por um instante, e nós podemos mudá-lo as vezes que quisermos. As estações mudam aqui de alguma forma como na Terra, porque bastantes de nós desejam essas diferenças. Geralmente temos o que chamamos de “mais um dia perfeito no paraíso” porque é o que a maioria quer e, como uma colecção de indivíduos, e criam-no. Por exemplo, as pessoas num concerto ou numa fiesta ao ar livre não desejam uma tempestade para interromper o seu divertimento, e por isso não a criam. Mas noutro local, alguém que deseje o drama de um trovão e de um relâmpago, pode pedi-lo, esteja ou não confinado, à sua presença. Seja qual for o ambiente que alguém queira, esse alguém pode manifestar (1) o ambiente que o circunda, sem afectar ninguém que esteja fora da sua zona privada.

S: Matthew, isso é fascinante, podeis fazer o tempo e o cenário que quereis!

MATTHEW: É, sem dúvida alguma, uma vantagem, mas não é o limite da nossa capacidade de manifestar. Tudo aquilo que pode ser claramente visualizado e intensamente desejado, pode ser manifestado aqui, onde as capacidades sensoriais e criativas da alma, são mais optimamente desenvolvidas e usadas do que na Terra.


(Notas):

(1) Consultar glossário para uma melhor compreensão do termo manifestar.




ALIMENTAÇÃO


S: A tua comida é como a nossa?

MATTHEW: Os nossos corpos não precisam de uma alimentação densa, e quanto mais tempo as pessoas estão cá, menos desejo têm de comida sólida. No entanto, uma vez que comer faz parte do tempo de diversão na Terra, quando a maioria das almas chega cá, ainda querem a familiaridade dos rituais da comida e do conforto e, por isso, temos numerosos tipos de comida deliciosa, para os acomodar. Muitos de nós apreciamos comer ao estilo piquenique.
Alguma da nossa comida é como a vossa fruta, pronta a comer directamente da árvore ou do arbusto. Outros alimentos, mais parecidos com os vossos vegetais, são usualmente cozinhados e condimentados. Mas nenhum animal se torna no nosso jantar!
Já não como há muito tempo porque comer já não me atrai. No entanto, tomo líquidos. Nós temos muitos tipos de bebidas deliciosas e revigorantes. Algumas parecem sumos ligeiros de frutas com uma efervescência, que consiste realmente em leves cintilações misturadas no líquido. Outras, são líquidos mais densos e sabem como as vossas sopas de vegetais com vários temperos.
Aqui a água é mais pura do que qualquer uma na Terra e também tem bolhas de luz. E há líquido no ar, como a neblina, que apenas com o contacto é refrescante e alimentícia para os nossos corpos.

S: Esse contacto pode ser equivalente ao nosso banho?

MATTHEW: Não. Tomar banho aqui, não tem nada a ver com corpos sujos – simplesmente “não nos sujamos” – é uma experiência refrescante, envolvendo um cuidado mental, não água e sabão. É igual para os nossos animais. Não seria maravilhoso para ti, com os teus seis cães?

S: Para mim, isso seria realmente o Céu na Terra!



O CÉU NA TERRA


MATTHEW: Mãe, deixa-me ficar sério por um momento. Sim, para ti isso seria realmente o “Céu na Terra” porque é isso que pensas sobre o assunto. Não existe um “Céu” nem um “inferno” como sendo um lugar. As pessoas na Terra referem-se ao Céu e ao inferno da forma como abordam as situações, sejam elas quais forem, e como cada indivíduo se manifesta, de acordo com as circunstâncias da sua vida.
Cada alma simples cria aí os seus ambientes em redor, e são diferentes mesmo da série de “um catálogo de propriedades” como parecem, de alguma forma, àqueles que compartilham essa vida de perto. É uma questão de percepção individual que cria cada mundo individual, e cada um pode escolher como quer entender todos os aspectos da sua vida. É tão fácil criar as glórias que vós atribuis ao Céu, como é fácil criar os horrores que vós associais ao inferno, e ambas as condições estão a ser criadas aí mesmo!
Já ouviste falar de pessoas que dizem que cada um “está a criar o seu próprio inferno,” ou que “ o Céu e o inferno estão mesmo aqui na Terra.” SIM! E nada como é percebido aí, existe neste reino espiritual.


A ORIGEM


S: Bom, se os nossos conceitos de Céu e inferno são tão diferentes da sua realidade, qual é o propósito do Nirvana?

MATTHEW: O propósito original era diferente do actual, que é essencialmente, um lugar de vivência e aprendizagem. Neste contexto, é a casa das almas entre encarnações na Terra, mas também serve outros propósitos muito importantes.
Quando as formas de vida com inteligência e consciência, foram inicialmente criadas, não havia necessidade de um reino como este. Nesse nível da antiguidade, o envelhecer como nós o conhecemos, não existia, e então a morte física dos “idosos” não era considerada. Foi a batalha cósmica iniciada entre as forças das trevas e as forças da luz, que criou a necessidade de um Nirvana e outros lugares semelhantes. Os seres de luz chegaram à conclusão de que eram necessários abrigos seguros para as almas feridas ou exaustas, que seriam facilmente aprisionadas pelas forças das trevas, e então criaram muitos reinos como este, para proteger e preservar os espíritos frágeis e para recuperar os espíritos da mesma natureza.
Deveria mencionar que a luz está equiparada à sabedoria, ao amor e ao poder do amor, e as trevas são a ausência de tudo isso. Num outro sentido, poderiam ser considerados, respectivamente, lados opostos do uso positivo e do uso negativo da energia, a força vital que alguma vez foi criada. As duas forças opostas têm estado em guerra desde que, os primeiros seres com inclinação para as trevas, usaram o seu livre arbítrio para criar e proliferar a negatividade no nosso universo.

S: Matthew, não tenho a certeza de ter ouvido correctamente. Disseste que havia mais do que um Nirvana e que esses lugares foram criados por outros poderes que não Deus?

MATTHEW: Tanto quanto sei, só existe um lugar chamado Nirvana, mas existem muitos abrigos para o mesmo fim. Isto é, essencialmente, para almas em transição vindas da Terra, e outros mundos têm os seus próprios reinos de desincorporação para os seus habitantes. Em todos os casos, estou a referir-me à transição de uma vida física passada imediata para a desincorporação da vida. Aqui e agora, muitas almas originalmente muito antigas, passaram muitas vidas em outros lugares sem ser na Terra, e até mesmo em outras galáxias.
Mãe, a vida humana inteligente não teve origem na Terra. Foi introduzida aí, pelo realojamento físico de humanos vindos de outros sistemas planetários e pelos programas de povoamento, num momento crucial da evolução do abastecimento da origem humana na Terra. Portanto, na compreensão da nossa ascendência, TODOS somos extraterrestres para a Terra, mesmo durante a nossa vida no planeta!
Em relação à criação de todos estes reinos de abrigos, os poderes criadores foram certamente de Deus. Do Criador, ou de Deus, dotados de livre arbítrio, também nos foi dado o aspecto inseparável da manifestação da capacidade em conjunto com Ele. A capacidade de criar a individualidade nunca está separada de Deus. As almas nunca estão separadas de Deus!
O Nirvana e os reinos similares são manifestações dos anjos e dos seres superiores, seus descendentes, que também foram co-criados com Deus. Como vês, foi do nível mais baixo da capacidade de tomar decisões e da capacidade de co-criar que começaram a existir lugares restauradores e protectores como o Nirvana.

S :O que queres dizer com “o Nirvana ser uma manifestação”?

MATTHEW: Manifestação, ou criação, se quiseres, é, apenas, o processo como o produto de um esforço conjunto de criar, entre o Criador ou Deus e qualquer alma, usando elementos universais, como materiais de construção. No processo, primeiro vem a ideia, ou a visão, depois o desejo intenso de pôr essa ideia em substância, depois vem o resto do esforço necessário para o fazer. Esse processo de manifestação resulta no produto, numa manifestação. Tal como este reino é uma manifestação, também a Terra o é. E tu também és! Tudo no universo, desde uma galáxia a uma bolota ou a um avião a jacto, é uma manifestação. A capacidade de criar todos os seres, estando a viver física ou espiritualmente, tem origem no Criador. Por isso, não existe nenhuma separação entre Criador, ou Deus, e outro qualquer co-criador, tal como não existe nenhuma separação entre Deus, ou o Criador, e qualquer coisa que alguma vez tenha sido criada.
Mãe, sei que tenho andado para a frente e para trás com “Deus” e “Criador” como se fossem um só e o mesmo. Não são. Só te confundi ao tentar explicar coisas que tens capacidade para relatar, e tu só conheces apenas um “ser superior”, a quem chamas Deus. Mas o poder fundamental do cosmos – a essência omnipotente, a essência omnisciente, A Totalidade, o EU SOU, ou qualquer uma das outras designações que tens para Deus – é, na realidade, o Criador.
Na altura do “Big Bang” (5), uma referência por vezes dada ao primeiro acto de divisão do Criador, foi criado o reino superior dos anjos – os arcanjos. É onde residem as energias Crísticas (6). Essa divisão não foi uma diminuição da essência do Criador, mas sim de um partilhar proporcional de poderes, mesmo que o todo permanecesse. Os arcanjos não vieram da substância, vieram, apenas, do amor puro expresso em luz.
Muitas eras depois, em conjunto com o Criador, os arcanjos criaram o nível seguinte dos anjos, que também eram, apenas, luz e também partilharam proporcionalmente os poderes do Criador. No terceiro nível da criação, os seres angelicais em conjunto com o Criador, tornaram possíveis as formas da vida, significando que agora as manifestações podiam ser desincorporadas ou feitas de substância. Esses seres angelicais criaram os universos – que combinados formam o cosmos – com todos os corpos celestiais e os deuses que avançaram com este império, e co-criaram toda a vida existente nos universos. Um desses deuses tornou-se o soberano do nosso universo, e muitas das religiões da Terra chamam-lhe Deus. Deus tem todos os poderes do Criador, e neste universo, Ele governa com aquelas qualidades que tão bem Lhe atribuís. E apesar de ser referido pelo “Pai” e com pronomes masculinos, Deus é totalmente amor e luz, não têm género.

S: Matthew, sei que estás a tentar explicar isto da maneira mais simples que podes, mas vou precisar de ler algumas vezes este assunto, antes de o conseguir compreender o suficiente para te fazer perguntas sensatas.

MATTHEW: Eu compreendo isso, Mãe. Houve um tempo em que as pessoas da Terra sabiam tudo sobre a ligação e a manifestação do seu Criador/Deus e sobre a vida deste reino. Havia passagens contínuas para a frente e para trás, entre cá e lá, e uma ligação telepática constante. Tudo isso foi esquecido – o conhecimento foi substituído pelas forças das trevas. Elas não conseguem mudar a verdade, apenas tentam mantê-la escondida de vós. Mas assim como os vossos físicos provaram matematicamente, o tempo e o espaço contínuo, isso poderia provar a nossa ligação inseparável dentro das mesmas leis universais.


(Notas):
(5) A teoria do “Big Bang” é a teoria científica dominante sobre a origem do universo.
(6) Consultar Glossário para uma melhor compreensão do sentido da palavra “Crística”.



OS RESIDENTES


S: Quantas almas vivem no Nirvana?

MATTHEW: Entre 10 e 12 biliões. Estamos continuamente a ir e a vir, por isso a população é flutuante. Estás a ter dificuldade com esse número, Mãe. Porquê?

S: Parecem-me muitas almas entre vidas na Terra.

MATTHEW: Preciso de clarificar que a nossa população é consideravelmente mais variada do que expliquei. Apesar deste reino ser essencialmente, para as pessoas que transitam das vidas na Terra, as quais poderiam ser chamadas de residentes “regulares”, muitas outras vivem também aqui, e vou-te falar de todas elas.
Embora a maior parte dos nossos residentes regulares se estejam a preparar para as suas próximas vidas na Terra, dependendo do grau de evolução da alma deles, alguns estão a preparar-se para encarnar ou desencarnar da vida em qualquer outro lugar, mesmo fora da nossa galáxia, ou podem escolher a experiência de serem espíritos livres. Provavelmente, 20 anos é a média para um “residente de longo tempo”, mas não me sinto à vontade em dar-te estes números, porque há muitas variáveis que influenciam a duração do tempo da residência. Algumas almas sentem uma grande sensibilidade em todos os aspectos, uma capacidade adquirida apenas com vibrações de elevada densidade, e não permanecem muito tempo. Outras estão tão elevadas no seu desenvolvimento que praticamente correm para o seu próximo lugar de crescimento.
Outras com esse grau de desenvolvimento espiritual podem escolher permanecer aqui por um período considerável. Essas merecem isso como se fosse uma recompensa por serviços distintos, e ficam durante um longo período, de acordo os vossos cálculos. Outros residentes de longa duração, estão aqui para uma cura intensiva de um número de vidas difíceis. Ficam num ambiente tranquilo o tempo que precisam para recuperar, antes de escolherem as experiências para o próximo grau de desenvolvimento espiritual. Todas essas almas constituem o que chamo a nossa população “regular”.
Outra grande parte é passageira. Algumas são espíritos livres, que vêm e vão, consoante o seu desenvolvimento requer.

S: Matthew, desculpa-me, por favor. Lembra-te que aqui, espíritos livres são pessoas que parecem andar alegremente através da vida fazendo as suas próprias coisas longe da “corrente”. É o mesmo aí?

MATTHEW: Oh, não, Mãe. Espírito livre significa apenas que nenhum corpo, nem mesmo o corpo etéreo, é necessário para a residência da alma. Mas num sentido mais lato, refere-se à atitude mental ou à abordagem psíquica à comunhão com Deus, e ao aperfeiçoamento inteligente da missão escolhida antes do nascimento. Cada uma destas condições, ou ambas, constituem uma vida de espírito livre. É um processo diferente de aprendizagem e é tão necessário como qualquer outra lição, devido à causa e efeito kármicos.

S: Estou a perceber. Obrigada.

MATTHEW: Sempre ás ordens! Vejamos, outros dos nossos transeuntes são professores ou alunos, em campos especializados, que vêm para ter uma educação especializada, e partem quando tiverem realizado os seus propósitos. Os visitantes vêm de outros reinos de desincorporação para adiantar a sua evolução espiritual e permanecem o tempo que acham necessário. E existem muitos a passar um tempo de férias curto, alguns vindos de civilizações supra-humanas. O Nirvana é muito mais bonito do que muitos dos outros reinos de desincorporação, e tal como as estâncias de férias na Terra, atrai “turistas”.
Há ainda um outro tipo de residentes aqui, almas que aceitam novos corpos na Terra, mas residem tanto aqui como lá. Mãe, isto não é nada “estranho,” e existe uma boa razão para estas vidas de “dualidade.” Quando alguém está motivado a prosseguir os estudos, a aprendizagem pode ser conseguida mais rapidamente aqui do que na Terra. Temos recursos soberbos quase ilimitados, professores e mestres, e o ambiente em geral conduz a um crescimento espiritual. Que melhor lugar pode haver para ganhar conhecimento e iluminação espiritual para assegurar uma nova personagem?

S: Bem, está certo. Essa vida de dualidade muda as duas pessoas, como se criasse “múltiplas personalidades”?

MATTHEW: Não as muda em nada no sentido de criar, em alguma delas, uma situação de “múltipla personalidade”. Isso aparece devido a traumas com que a psique humana lida, ao admitir experiências intoleráveis que são atribuídas a personalidades que se desenvolvem e se escondem da “personalidade primária”, a qual não consegue aceitar mais a realidade dessas experiências.
No caso de vidas de “dualidade”, somente a nível da alma acumulativa está a alma reencarnada a viver tanto aqui como na sua “nova” personagem na Terra. A alma acumulativa envolve a personagem “nova” como a personagem “velha,” bem como as suas vidas de encarnação e desencarnação. A alma de cada uma destas personagens de vida de dualidade, tal como qualquer outra alma, é um ser único e inviolável.
Esta vida de dualidade afecta a personagem neste reino, cuja alma reencarnou, mas a mudança não é diferente da mudança de qualquer personagem, em qualquer lugar, que esteja a desenvolver rapidamente o conhecimento através do estudo e da sabedoria e através da experimentação. Este desenvolvimento é assimilado pela alma acumulativa e isto também se torna no “deambular” da nova personagem na Terra.

S: As pessoas que estão aqui a viver dualidade de vidas sabem disso?

MATTHEW: Só muito raramente. A densidade da Terra impede muita da sabedoria básica e do conhecimento que é normal aqui. No entanto, devido ao desenvolvimento elevado da alma de algumas pessoas, a proximidade entre os seus corpos da Terra e os corpos etéreos, permite facilmente a transmutação da sua energia do plano físico para o plano espiritual, e há pouca noção de “dualidade”.
Sei que isto te vai surpreender, Mãe – o Avô é um dos que tem uma “vida de dualidade.” Encarnou há cinco anos, como o filho de uma família com meios financeiros e de inteligência superior. O Avô tinha uma mente óptima, mas como sabes, as circunstâncias da família impediram-no de ter uma educação formal, para além do oitavo ano. O que talvez não saibas é que, durante toda a vida, isso foi uma fonte de desapontamento e frustração para ele.
No entanto, isso era parte do seu acordo de pré-nascimento, e da nova vida que escolheu – devo dizer, que a sua alma acumulativa escolheu – ter a educação que lhe foi negada na vida como teu pai. A história da sua nova família indica que o menino terá uma educação elevada, do tipo, ou médico ou advogado. Para preparar melhor a nova personagem da sua alma acumulativa, o Avô está a estudar essas disciplinas aqui, durante as horas de sono enquanto menino, para dar um impulso à aplicação bem sucedida, desses estudos avançados e dessas capacidades inatas.


REUNIÕES


S: Matthew, não sei como me sinto acerca da nova vida do meu pai. Sei que deveria estar contente por ele, por todas as vantagens que não teve antes, mas quando é que o vou voltar a ver? Disseste que o reconheceria quando aí chegasse, mas com certeza que não pode ficar aí indefinidamente, já que tem toda uma nova vida na Terra. Como é que vai haver alguma reunião de família, quando o primeiro que morreu já reencarnou antes dos outros chegarem aí?

MATTHEW: As reuniões são de almas, Mãe. A alma que incorporou na Terra não está ligada pelas mesmas limitações da terceira dimensão, como o corpo físico e psíquico e, portanto, é livre de viajar para onde quer durante o sono, ou durante os estados profundos de meditação. Quando há proximidade de almas, os seus laços de energia de amor, alertam as outras – incluindo todas aquelas que já incorporaram novamente – para a transição iminente de cada uma. É por isso que podem estar à mão para a cumprimentar. Normalmente cada uma delas ou mais, podem ser vistas pela pessoa antes da morte física, e assim compreender duma forma feliz, que muito brevemente irá ter com elas.
Em relação às reuniões seguintes, é sempre possível que elas se possam reunir neste reino, e a maior parte das visitas pode ter lugar aqui. No entanto, as almas podem-se encontrar em qualquer lugar do universo, para onde as suas frequências energéticas as permitam levar. A alma que reencarnou tem total liberdade para viajar, e o laço de energia dessa alma com as outras, permite-lhe, em qualquer lugar, reunir-se, sempre que todas as partes o desejarem, dentro das limitações da sua energia.
Mãe, aqui está um exemplo perfeito da simplicidade de como podem acontecer as visitas de almas queridas em várias vidas – e isto pode te também surpreender – visitaste este reino muitas vezes, durante o teu estado de sono. Recordar-te-ás, raramente e de um modo consciente, de estar aqui comigo ou das nossas visitas ao Avô e, mais recentemente, também à Avó. Às vezes atribuis as tuas lembranças recentes a sonhos, o que é normal para todas as pessoas na Terra. Às vezes pensas em nós e não te dás conta de que é a recordação de uma visita recente e verdadeira, que está a disparar no teu pensamento. Isso, também acontece com todas as pessoas aí.

S: Como gostava de me poder lembrar das minhas visitas! É só a parte subconsciente de mim que vai?

MATTHEW: Não, Mãe. O que vem é a tua alma, o composto de todas as tuas vidas, de todas as tuas experiências, de toda a tua memória celular. É essa totalidade da alma iluminada que nesta encarnação és TU, que vem aqui. As tuas visitas não são diferentes das visitas das almas incorporadas, que se reúnem aqui para cumprimentar alguém querido, que está a fazer a transição.
Quando estás aqui, comunicamos sem quaisquer barreiras de compreensão. Até já comentaste isso, mas não te lembras nem disso, nem de todo o resto que está mergulhado na tua consciência. Esse esquecimento é uma realidade para quase todos aí, mas para quem está mais avançado em claridade espiritual, pode lembrar-se, de alguma forma, das suas visitas aqui.

S: Tens razão, as minhas visitas são uma surpresa, a segunda grande surpresa de hoje. Obrigada por ambas, querido! Sinto-me muito melhor agora, acerca do meu pai.

MATTHEW: Eu sei e peço desculpa, Mãe. Senti a tua angústia mal a sentiste, e deveria ter-te pedido desculpa imediatamente. Obrigado por esta oportunidade de expandir o meu conhecimento de que preciso ter mais sensibilidade.

S: Claro que sim,, é raro poder contribuir com algo para ti, Matthew!

MATTHEW: Pelo contrário! Estamos a acrescentar mais conhecimento para sempre, com a ajuda dos nossos contactos da Terra.

S: Nunca me lembraria de pensar nisso. Sobre as reuniões familiares, o que aconteceria se um casal não tivesse um bom casamento aqui e realmente não desejasse ir junto para aí. Há alguma possibilidade de os satisfazer a ambos?

MATTHEW: Os membros de uma família não estão, automaticamente, destinados a ficar reunidos. Quando há uma reunião, só poderá acontecer se houver alegria. As pessoas que nunca tiveram grandes discórdias nem conflitos familiares, podem encontrar-se afectuosamente, em qualquer base que escolham. Não há restrições para as famílias se juntarem e interagir, dentro das características e das intenções da energia positiva elevada.
Mas lembra-te, Mãe, quando vens a este reino não és apenas a tua personagem do momento, és o composto de todas as tuas vidas. Irás reconhecer pessoas que foram significativas noutras vidas e não apenas nesta, e também terás amor e admiração por elas. Claro que isto é verdadeiro para todas as almas, e é por esta razão que as unidades familiares não precisam de permanecer como eram durante as vidas na Terra. As leis conjugais da Terra não têm qualquer autoridade neste reino. Apenas o amor pode ligar duas almas aqui. Quando a energia de amor de uma alma é mais forte com outra alma do que com o cônjuge anterior, a junção destas duas energias mais fortes tem prioridade.
Nada pode impedir uniões desejadas aqui. Simplesmente não há ninguém contrariado à volta. Os que fossem contra, seriam assim uma base de características negativas e o registo de energia automaticamente colocá-las-iam numa outra área do reino. Ao compreender que cada tarefa de uma alma é designada para o crescimento e para ultrapassar os aspectos negativos, todas as almas aceitam, voluntariamente, os seus lugares apropriados. E não há possibilidade nesta parte do reino, para acções e sentimentos negativos que as pessoas experimentam umas com as outras na Terra, sejam ou não membros de uma família.

S: Então existem compartimentos ou categorias de vida aí que não são as mesmas para todas as pessoas?

MATTHEW: O Nirvana é um reino com estratos múltiplos, com lugares em áreas de luz num extremo e áreas de trevas, noutro. O estrato onde estou a viver é elevado em luz, e tudo o que te descrevi como sendo bondade, beleza e desenvolvimento, caracteriza o que é oferecido neste estrato aos residentes. As pessoas com inclinações para o medo, para a vingança, para o ódio, para a crueldade, para a cobiça e para outras emoções intensamente negativas, não conseguem viver neste lado do reino porque a sua densidade e a baixa frequência não conseguem penetrar nesta luz. Pelas leis do universo, elas não conseguem entrar e sobreviver aqui. E isso é por causa da escolha delas! Voltamos ao livre arbítrio. Todas as almas aí têm livre arbítrio para viver de acordo com a sua consciência ou carecer dela. As suas tarefas, nos vários estratos deste mundo, separados energeticamente, são baseadas segundo as escolhas de livre arbítrio, durante as suas vidas físicas.

S: Sim, percebo. O que é que acontece quando alguém com essa negatividade tenha sido, mesmo assim, amado na Terra por alguém na tua parte do reino?

MATTHEW: Haverá uma separação amigável dos indivíduos nesses níveis de energia incompatíveis. Por exemplo, dois indivíduos podem ter gostado muito um do outro na sua encarnação como irmãos, mas um deles perdeu-se com actividades negativas e o outro não. Os dois podem-se encontrar e apreciar juntos quaisquer que sejam as suas actividades, no nível de frequência ou de densidade permitido. A chave para os registos de energia é a harmonia e o equilíbrio, e é sempre nessa base de compatibilidade que se podem encontrar. Em áreas de inclinações diferentes das vidas na Terra, não se podem encontrar. Cada um deles segue o seu caminho até ao nível seguinte, que seja necessário para a sua aprendizagem. Se o irmão que tenha inclinação para a negatividade, se desenvolve espiritualmente, o suficiente para viver a tempo inteiro no mesmo estrato do reino do seu irmão, então os dois podem estar juntos sempre que quiserem.

S: Estou a entender. Se uma mulher se casa novamente após a morte do seu marido e se ela amou os dois homens, como é que isso é resolvido quando todos os três estão aí?

MATTHEW: Há imensas possibilidades satisfatórias. Quando há sentimentos de iluminação, respeito e amor entre os três, podem escolher viver juntos. Não haverá sentimentos negativos se mais tarde algum deles escolher outra alma para companheira, que esteja de acordo com o desenvolvimento da alma. Cada um deles encontrar-se-á, também, com almas amadas de outras vidas, e a mulher e os dois homens podem eleger, separadamente ou em conjunto, viver dentro de um aglomerada de almas reunidas. Ou, mesmo com grande afeição por cada um, podem preferir viver separadamente e encontrar-se numa base de desfrute mútuo com outras almas, ou partilhar actividades ou objectivos educacionais. As relações de amor e de respeito não têm complicações, seja qual for a configuração que seja mais gratificante para as almas e para benefício do desenvolvimento espiritual.


RELACIONAMENTOS


S: Há encontros amorosos entre os jovens ou alguma ligação romântica, que possa levar a uma parceria de exclusividade?

MATTHEW: Não há nada parecido com os namoricos ou as paixões de adolescentes da Terra. As almas que chegam aqui como crianças, podem crescer e tornar-se jovens adultos que ficam atraídos apenas por uma pessoa especial, mas os seus sentimentos ou relações são bastante diferentes dos sentimentos dos jovens casais na Terra. O romance aí implica desejo sexual, que não tem lugar na nossa atracção por alguém. Os nossos corpos não estão designados para as mesmas funções sexuais que os vossos, porque aqui não existe reprodução e, por isso, também não existe actividade sexual.
Mas há muitas uniões peculiares de festa a dois. Além dessas almas que aqui cresceram e ficaram adultas e se tornaram parceiras, os adultos que aqui chegam, frequentemente, reconhecem-se de encarnações passadas e escolhem passar tempo juntos. Não existe casamento como o conheces, com grandes cerimónias e documentos legais. As uniões são sempre feitas com o entendimento de que, quando um parceiro decide encarnar numa próxima vida, o outro não interfere. Sabemos que o desenvolvimento da alma é o propósito de todas as experiências escolhidas. É a nível da alma que duas pessoas são atraídas pela primeira vez, e esse mesmo laço de energia permanecerá nas suas vidas seguintes. Isso permite a estes relacionamentos de levar a cabo a sua missão e sem ressentimentos, na eventual separação para as experiências seguintes.
Aqui nada diminui a felicidade sentida por qualquer casal que escolha ficar junto em exclusividade. Têm inteira liberdade segundo as leis do universo. Existe um compromisso na sua energia de amor que é respeitado por todos, como uma confiança sagrada, e nesse sentido, podes dizer que é um casamento ainda mais completo, do que os daí, onde frequentemente, apenas as formalidades legais mantém o status de casados.

S: Qual é aí, o sentimento acerca do divórcio aqui?

MATTHEW: Um divórcio oficial de um casal de casados aí na Terra, é uma questão apenas de aceitação ou rejeição. A dissolução de qualquer parceria na Terra é reconhecida aqui apenas em termos de cada um, individualmente, levar ou não a cabo, as providências dos seus acordos de pré-nascimento. Os acordos têm em consideração que os companheiros podem desejar ou mesmo precisar de se separar para atingir as experiências escolhidas pelas suas almas.

S: Podem os parceiros homossexuais aqui, continuar as suas uniões no Nirvana se assim o desejarem?

MATTHEW: Sim, Mãe. A homossexualidade não é entendida na Terra, e aqui está um bom contexto para o explicar. A homossexualidade é um estado evolutivo do espírito, ainda mais do que um aspecto da constituição física, e não é mais condenável ou mais venerável do que qualquer outro estado de desenvolvimento espiritual ou físico.
Lembra-te, estamos aqui a lidar com almas acumulativas, não com personagens simples. Dentro de cada alma acumulativa, existem talvez milhares de vidas com experiências como seres masculinos, femininos ou andróginos, em ambos os corpos encarnados e desincorporados. Contudo, é a vida imediatamente anterior, que afecta aqui, mais enfaticamente, o estado do início de crescimento. Se essa vida na Terra foi de orientação homossexual, vai entrar aqui da mesma maneira. Como os nossos corpos não estão designados para terem actividade sexual, apenas o aspecto mental da orientação acompanha a alma que chega.
A vida na Terra de um passado recente, tem outro impacto sobre este aspecto. As pessoas aí, que denunciam, com mais veemência, a homossexualidade, são aquelas cujas almas experimentaram uma vida de um passado recente, como personagens com essa orientação.

S: Matthew, Isso não me faz sentido. Pensava que a compreensão e a aceitação estariam lado a lado.

MATTHEW: É uma situação psíquica confusa e complexa, Mãe. A energia das personagens ainda está fracturada devido às experiências da vida imediatamente anterior. Levado ao extremo, os homossexuais foram torturados fisicamente e até mesmo mortos, e no mínimo foram caluniados, muitas vezes pelas suas famílias, de tal maneira que as suas psiques ficaram seriamente destruídas. Talvez tenham vivido com a dor do desmentido, ou da vergonha, ou da decepção, ou da culpa. Sejam qual forem as suas experiências, a sua energia não ficou suficientemente curada para eles perceberam o mesmo tipo de situações traumáticas que eles próprios experienciaram e, desse modo, sentir empatia. Em vez disso, vêm oportunidades de vingança.
O ciclo de experienciar acontece tão rapidamente, que a dor das memórias conhecidas como mais recentes, mas escondidas na consciência psicológica, está demasiado próximo para haver cura, que virá nas vidas seguintes. A dor prolongada nas memórias reprimidas daquelas almas, que nesta vida escolheram uma natureza heterossexual, causa-lhes atitudes extremamente antagónicas para com os homossexuais. Estes sentimentos dolorosos não virão à superfície na forma de memórias e experiências de vidas como homossexuais, mas sim em atitudes para reprimir essas memórias.
Este é o principio universal de que o semelhante-atrai-o-semelhante. Quando os sentimentos resultam de tratamentos cruéis e injustos em qualquer situação que seja recente e intensa, os sentimentos similares são atraídos para essa alma. As memórias reprimidas subconscientemente, conhecem a fonte e evocam-na, e desse modo atraem o “semelhante”. No entanto, a psique da vida corrente não consegue aperceber-se conscientemente, que a atracção é de sentimentos partilhados, e as sensações de dor das memórias reprimidas, tomam conta dela.
Passando à frente desse ponto do labirinto da psique, chega o processo de passar em revista a vida como uma tela, a identificação das lições kármicas ainda por aprender, e escolher a próxima vida e o avanço no conhecimento espiritual.

S: As pessoas que foram homossexuais na sua vida imediatamente anterior, avançam sempre como descreveste, que parece ser apenas para perpetuar as coisas, ou existe algum ponto de equilíbrio em que todos nós iremos aceitar os outros conforme eles são?

MATTHEW: O “equilíbrio” faz parte seguramente, do plano divino, porque os sentimentos de preconceito, de ódio e de aplicação da crueldade emocional ou psíquica, são impedimentos para o crescimento espiritual. No entanto, mesmo com a aceleração da luz a ser emitida para o vosso planeta, para dissipar a negatividade que abunda na humanidade, por favor não esperes que esta mudança esteja completa na próxima geração.

S: A homossexualidade está mais prevalecente agora do que anteriormente na história da Terra?

MATTHEW: Não, mas há mais pessoas agora do que anteriormente na vossa história registada, e então a mesma percentagem dá origem a um número mais elevado. Através da vossa história registada, personalidades muito conhecidas e altamente respeitadas como sábias numa ou outra área de conhecimento, foram homossexuais, e muitas produziram criações brilhantes e inspiradoras, por causa das suas mentes atormentadas em relação a este aspecto da sua natureza. Poderias dizer que sem esse elemento das suas personalidades, talvez não tivessem sido conduzidas a criar a magnitude e o esplendor que criaram.

S: Porque é que a homossexualidade é uma experiência necessária?

MATTHEW: Qual é a melhor maneira de aprender o equilíbrio da energia nos dois extremos de masculino e feminino senão numa base integrada? O ideal é a androginia, que não tem nada a ver com a natureza sexual humana, mas antes com os atributos da energia sexual dos dois opostos. As almas andróginas são de longe, espiritualmente mais avançadas, por causa do equilíbrio da energia sexual masculina e feminina que alcançaram.
Tal como a energia masculina não é domínio dos humanos machos, a energia feminina não está confinada aos humanos fêmeas. A energia masculina é rígida, frequentemente geradora de processos impiedosos, sempre precisando de provar um ponto de vista ou alcançar sucesso num empreendimento. A energia feminina é gentil, mas no entanto tem uma força enorme e suave na sua base. A interligação, que é a proeza consciente mais recente, é uma energia feminina.
Nos relacionamentos em que um parceiro apenas tem traços de energia masculina e o outro apenas tem traços de energia feminina, o parceiro da energia feminina não consegue opor-se à desigualdade de toda uma vida, ou a vida não será longa. No meu conhecimento de uma relação como essa, os que permaneceram nessa desigualdade, acabaram numa transição prematura da alma da energia feminina. O sobrevivente geralmente não tem nenhum sistema de referência do seu envolvimento na morte do parceiro. Dizeis: “Essa pessoa – ou “tu”- será a minha morte” . Como muitas das expressões vulgares que usais, essa pode ser uma expressão exacta, mas poucos entendem a verdade das suas palavras. Num relacionamento assim, não se atribui culpas a nenhum dos parceiros, pois em muitos casos, isto não é mais do que o karma a ser cumprido, segundo os acordos de pré-nascimento. A dissolução desta parceria através do divórcio também pode estar em conformidade com as lições escolhidas dos seus acordos. Qualquer equilíbrio numa vida é desejável. Contudo, já que a energia sexual é um dos aspectos mais essenciais da psique humana, o equilíbrio das energias masculina e feminina é provavelmente, o mais desejado. Neste reino existe a fusão das energias masculina e feminina enquanto tendências, sensibilidades e sensitividades. Esse estado ideal de realidade equilibrada, existiu uma vez na Terra, mas tornou-se corrupto.
Comportamentos derivados da distorção da corrente da energia sexual, proliferam negativamente na Terra, em proporções incalculáveis. De modo algum a energia sexual está confinada ao que vulgarmente chamais de “querer sexo” ou “ter sexo”. Apesar de alargar a intenção original da actividade sexual, que era a procriação, uma relação sexual satisfatória traz harmonia para as vidas dos parceiros amantes, e eu NÃO estou, definitivamente, a falar contra uma união sexual agradável e benéfica. Além do mais, é possível transformar a energia sexual noutros campos produtivos, e muitos dos que perderam ou nunca tiveram um parceiro amoroso, conseguem-no. Mas não me estou a dirigir ao uso positivo desta energia, apenas à extrema negatividade criada pela perversão de toda a corrente da energia sexual.
Esta tem sido a causa principal de tudo o que pensas dos atributos perversos na natureza humana. Pelos vossos padrões civis, religiosos ou filosóficos, não existe crime que não seja cometido devido a uma causa primeira de energia sexual prevertida. Por exemplo, o trabalho de Satanás envolvendo a tortura e o sacrifício humano e vidas animais e actividades brutais sexuais, prevalece numa escala que poderias supor ser inconcebível, mas que é real. Isto está mascarado sob a aparência de “religião,” e o vosso governo reconhece oficialmente isso como tal! Não relacionais nenhuma destas práticas terríveis da vossa religião, com o uso pervertido da energia sexual que realmente existe.
Não deveria surpreender que, frequentemente, o assassínio seja energia sexual dirigida para um desvio de comportamento grosseiro, ou que, quer a violação quer o incesto sejam outros exemplos disso. A promiscuidade sexual defronta-se quer na obsessão em ter sexo quer em refreá-lo rigidamente dos anseios naturais, o que é mais benigno, mas continua a ser destrutivo para a psique.
As forças das trevas estão por trás de todos estes comportamentos resultantes de energia sexual pervertida. Não é raro acontecer que a maior parte das actividades corruptas esteja na base de energias densas, e que nenhum outro aspecto da natureza humana, tenha sido tão essencial para alienar uma pessoa de Deus. A nível da alma, existe a a não separação, mas na vida física, quanto mais corrupção e mais desvios de energia sexual, mais as pessoas, ao se comprometerem com essas actividades, se distanciam de Deus. Infelizmente para vós e para a Terra, estas escolhas de livre arbítrio são predominantes na vossa civilização, e estão longe das missões escolhidas, na maior parte dos acordos de pré-nascimento da alma.
Mãe, apesar de ser encarado por muitos na Terra, uma união de amor homossexual NÃO é uma perversão da energia sexual, e isso leva-nos de volta à tua questão sobre as uniões homossexuais neste reino. Como não existe condenação aqui para as pessoas com uma orientação sexual anterior, é claro que não há julgamento em relação às atracções que as almas sentem umas pelas outras, para serem parceiras. Experienciar aqui a todos os níveis, faz parte da intenção para o desenvolvimento espiritual da alma, e isso inclui todas as uniões. Sejam de natureza heterossexual ou homossexual, a energia a nível da alma e o elo de obrigação de todos os casais é totalmente respeitado.

Sem comentários:

cometa ison

PRG







Instructions HERE




esoteric



SUBTITLES IN ENGLISH, ESPAÑOL, PORTUGUÊS

Click upon the circle after the small square for captions

ESOTERIC



Pf., clique no símbolo do YouTube e depois no quadrado pequeno, em baixo, ao lado direito para obter as legendas CC, e escolha PORTUGUÊS

埋め込み画像 4埋め込み画像 5

cc

inv



AN INVOCATION

14:02:2014 – 09:00 H Brisbane Hour, Australia

13:02:2014 – 23:00 H Lisboa, Portugal

13:02:2014 . 21:00H Brasília, Brasil

http://24timezones.com/

Petition

A Divulgação da presença ET na Terra, a ser feita pelo Governo

Full government disclosure of ET presence on Earth

https://secure.avaaz.org/en/petition/Full_government_disclosure_of_ET_presence_on_Earth_now/?cHQipcb

Porque é importante

A presença de civilizações extraterrestres sobre a Terra e à volta dela tem sido atestada publicamente por centenas de testemunhas em primeira mão, incluindo autoridades militares, astronautas e pilotos da aviação civil.

Tem sido sujeita a um encobrimento durnte mais de 60 anos, de acordo com o testemunho ddo por essas pessoas, tornado public pelo Projecto Divulgação do Dr. Steven Greer e do documentário recente, SIRIUS, como também através do Citizen’s Hearing on Disclosure = Audiências do Cidadão sobre a Divulgação, que teve lugar no National Press Club, em Washington DC, em Abril/Maio de 2013.

Este encobrimento, usando desinformação mediática e embustes, impediu a Humanidade de um contacto aberto com cidadãos galácticos benevolentes e altamente avançados, capazes de fazer viagens interestelares mais rápidas do que a velocidade da luz. Ao fazê-lo, os líderes mundiais privaram este planeta de tecnologias de propulsão e energia avançadas, que podiam ter transformado completamente a civilização humana, erguerndo-a a um nível elevado de bem-estar global, interrelacionamento e saúde ambiente com que muito poucos podem mesmo sonhar.

O nosso planeta pode, apenas, encaminhar-se para uma crise mais profunda sob o controlo do complexo militar-industrial e das corporações de combustíves fósseis, que puxam os fios do governo, para alternativas demoradas que iriam ver o seu poder a esfarelar-se, jutnamente com a cabala de interesses investidos.

O reconhecimento aberto pelos governos da Terra, dos povos extraterrestres avançados, é o passo necessário para começar o próximo capítulo da Humanidade e do nosso planeta. A clareza é vital se a Humanidade está a ligar-se de maneira bem sucedida com os ET’s a aproximarem-se em boa vontade, actualmente não diferenciado na representação da comunicação mediática pelas entidades negativas ou possíveis agências humanas a usar naves de engenharia reversa com objectivos desconhecidos. A falta de transparência cria confusão e o potencial para acções destrutivas.

Vamos tomar uma atitude de compaixão e liberdade AGORA, e chamar as Nações Unidas e todos os governos do mundo para dar um passo em frente, reconhecer a verdade de contacto ET benevolente com a Terra, e começar a envolver-nos abertamente com nossos vizinhos galácticos para curar o nosso mundo.


https://secure.avaaz.org/en/petition/Full_government_disclosure_of_ET_presence_on_Earth_now/?cHQipcb


Mensagem do Criador

O CRIADOR ENVIA UM ANÚNCIO


DEUS MÃE/PAI
Canal: Kathryn E May, PsyD 02 de Agosto de 2013

http://disclosure-2012.com/page/482254554

O Criador Original Fala:

Meus Queridos, não falo muitas vezes directamente convosco, mas é uma época tão extraordinária que estou a aproveitar esta oportunidade para falar-vos mais sobre o vosso mundo, e como é importante que se concentrem completamente, agora, em erguer as vossas vibrações, especialmente aqueles que estiveram tão ocupados a trabalhar, a ganhar dinheiro para pagar as contas e cuidar da família.

Esse tempo terminou. Não haverá mais contas para pagar, mais problemas sobre como ireis alimentar as vossas famílias, educá-las ou sobreviver durante a vossa reforma. A vossa reforma será gloriosa, muito para além dos vossos sonhos mais ousados, não irá custar-vos nada e começa agora, seja qual for a vossa idade cronológica na Terra. Não será uma reforma/retirada da Vida, nem será a morte. Estais agora no limiar de uma viagem magnífica em direcção às estrelas.

Os vossos Irmãos e Irmãs estão precisamente à vossa espera. Olhem para o céu numa noite clara. Enviem-lhes saudações e eles irão fazer cintilar as luzes coloridas das suas naves para mostrar a sua felicidade, para vocês os verem, e em breve estarão aqui convosco, a caminhar entre vós, a abraçar-vos, a cantar hinos de celebrações convosco. Agora há milhares deles ao longo das linhas da rede que traz a energia do Cosmos, para erguer-vos e ensinar-vos o Amor e a Luz Sem Fim.

READ MORE





TRANSCRIÇÃO DESTE VIDEO EM PORTUGUÊS AQUI

RICHARD DOLAN



TRANSCRIÇÃO DESTE VIDEO EM PORTUGUÊS AQUI